Harry passava os dias seguintes observando Tom. Esse, por sua vez, ficava a maior parte do tempo lendo livros, tentando achar mais informações sobre o mundo mágico ao qual iria ingressar. Mas era em vão.
Os dias vieram, e quando chegou o dia 25 do oitavo mês Riddle já estava arrumado. Pela manhã o garoto já ficou a espera de algum indivíduo para lhe levar à compra dos materiais.
— Tom, você não comeu direito!! Quer um biscoito? Eu peguei escondido da Mary... — Não obteve resposta, o moreno olhava pela janela fixamente esperando ansiosamente alguma alma viva entrar pelos portões do orfanato — Tommy, come!
— Não me chame de Tommy. Desde quando passou a me dar apelidos estranhos?
— Não são estranhos! Oras. — Harry fez um biquinho e pegou seu coelho de pelúcia de cima da cama, logo o abraçando e indo ver o que tanto Tom olhava pela janela. — Não tem nada aí!
— Ainda não. Mas virá uma pessoa me levar para comprar os materiais. Lembra? O velho disse dia 25, é hoje.
— Você está nervoso?
— Não. Anseio para ver se não fomos enganados novamente.
Era de fato que Riddle desconfiava de tudo e todos, talvez, exceto de Harry.
As horas se passavam e logo o horário do almoço veio. O moreno comia sem vontade aquela gosma que chamavam de refeição quando, em um susto, a voz da Sra. Cole ecoou lhe chamando.
Rapidamente se levantou e foi até ela. Harry sabia que enfim Tom iria comprar os materiais, e que era a vez do outro, mas não se aguentou e saiu correndo atrás de Tom sorrateiramente. Ninguém ligava para sua falta ali na mesa mesmo...
Ao ver que o moreno estava sendo deixado no mesmo escritório de antes, esperou que a mulher saísse de cena para então correr até a porta e a abrir rápido. Entrou tão rápido quanto podia, e logo que fechou a porta atrás de si ouviu a voz irritada de Riddle.
— O que está fazendo aqui, Harry?
— Eu quero ir! Deixa eu ir com você!!!
O adulto que presenciava a cena ficou calado, não estava sabendo de nenhuma outra criança que iria consigo, então presumiu ser trouxa.
— Não pode, sou eu quem vou. Agora volte para o refeitório e quando eu voltar nos falamos.
— Não Tommy, eu quero ir comprar os materiais com você! Por favor! Por favor! Aqui é chato! — Harry implorava já com lágrimas nos olhos, queria muito ir, e sabia que apelar para o lado sentimental lhe traria boas chances. — Eu não quero ficar aqui sozinho...
Tom respirou fundo e olhou para o homem magricela que estava plantado observando os dois.
— Ele pode ir junto? — Perguntou ao mais velho com desgosto.
— Trouxas não podem ir conosco Sr. Riddle.
— Ele não é trouxa. Só não tem idade para frequentar a escola ainda.
— Ah, bem... Se for esse o caso, por que não? Está bem. Já estão prontos?
Os dois acenaram e Harry endireitou Sr. Pompas em seus braços.
— Vai levar esse coelho encardido? — Tom reclamou ao ver o mais novo agarrado com o brinquedo.
— Vou! Ele é meu amigo.
— Que seja. Vamos logo.
Harry estava em uma viajem muito tediosa por Londres. Pensara que iriam de uma forma "mágica", repleta de aventuras... Mas o que teve foi apenas um carro Ford preto alugado.
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Caminhos do destino
FanfictionGuardiões do tempo têm apenas um propósito, enviar almas para suas vidas com seu destino já traçado. Linhas do tempo certas requerem ajustes que só eles podem fazer. A alma de Harry James Potter estava na mão de um "novato", uma nova entidade em tre...