O efeito Peverell

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Tom estava arrumando seus pergaminhos de poções enquanto conversava com Avery sobre algum estúpido segredo das antigas famílias. Era o assunto em comum que eles tinham, o estranho fascínio pelas sagradas 28.

Estava calma a noite, quase ninguém vinha o perturbar depois das refeições, e como não estava mais em um quarto coletivo ele podia intervir em quem gostaria ou não que entrasse em seu espaço pessoal. Ou quase.

Alguém bateu levemente na porta pedindo permissão para entrar. Tom logo foi atender, talvez fosse Abraxas pedindo mais tinta para pena.

— Boa noite Tommy. — Era Rosier, fazendo uma estranha imitação de Harry.

Ele ia mesmo bater a porta na cara de seu companheiro de casa, mesmo! Se não fosse pelo Peverell rindo ao fundo. Isso fez com que Riddle abrisse um pouco mais a porta para seu amigo.

— Nunca mais me chame assim. — Falou irritado enquanto observava Rosier entrar rindo sapecamente.

— Eu gosto de viver perigosamente. Ah, achei o Peverell em frente à porta da nossa comunal, acho que esquecemos de avisar a nova senha. De novo mudaram...

— Todo mês muda Rosier. — Avery falou revirando os olhos.

— Apenas não me encontrei com Harry antes. — Tom falou fechando a porta após o pequeno passar.

— Não precisam se preocupar com isso, sempre alguém abre. Vocês parecem ter um sentido quando alguém está na porta implorando por ajuda. — Harry falava enquanto seus olhos percorriam todo o quarto admirado. Parecia que ficaria tonto pois seu corpo girava quase 360 para visualizar tudo. — Uau Tommy, isso é incrível, não acredito que você tem um quarto todinho para si.

Tom ia responder se não fosse pelo miado que escutou vindo do seu lado. Ao olhar para baixo viu Pudim sentado lambendo a patinha.

— Por que trouxe esse gato fedorento para o meu novo quarto? Ficará cheio de pelos.

— Pudim queria esticar as patas, e a caminhada até aqui é boa.

— Que absurdo...

— Harry, olhe pela janela, dá para ver uma velha embarcação que se despedaçou no lago negro. — Disse Avery animado com a presença do menino.

Harry correu até a grande janela e sorriu largo ao ver do que Avery falava. Era linda de uma forma diferente a visão.

Tom logo voltou a fazer o que estava trabalhando enquanto escutava a conversa fiada de seus colegas. Aquele quarto estava estranhamente cheio. Como se não bastasse a quantidade de pessoas ali naquele momento outra batida foi ouvida.

— Que raios...? — Tom falou abrindo novamente a porta e vendo Malfoy entrar sem nem lhe perguntar.

Será que eles não tem mais medo de sofrer azarações?

Tom pensava se seus amigos tinham enlouquecido com o tempo de convivência consigo.

— Meu quarto virou coletivo novamente? De que adianta eu ter saído do outro se todos virão para cá?

Todos voltaram seus olhares para o resmungão.

— Tommy, aqui é nosso novo clube.

— Clube?

— Sim! Onde podemos nos reunir em paz! — Harry falou animado e se jogou deitado na cama. Avery riu da forma desleixada que o outro tinha.

— Harry veio dormir aqui hoje também? — Abraxas perguntou se sentando ao lado do pequeno e lhe acariciando os cabelos despenteados.

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