Prólogo

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Era uma linda visão. Harry Potter enfim terminava sua missão, depois de todas as lutas, percas, sacrifícios... Ficara tudo bem afinal de contas. Mas, em contraste com toda a sua vitória, havia Tom Marvolo Riddle, o bruxo que foi se corrompendo aos poucos, até virar o terror de todos, Lord Voldemort, morto.

A imagem que era vista numa espécie de água se findou, dali surgiu uma luz branca como um ponto, e saiu voando até chegar a uma caixinha cor de ouro em que certa entidade segurava. Assim que a luzinha entrou a caixa se tornou mais opaca.

— Como se sente? — Perguntou um homem vestido de uma túnica verde musgo, parecia um ancião de idade, mas tinha em seu semblante a juventude de 30.

— Muito bem senhor! É tão pesada...

— Uma vida pesa muito mesmo. Está segurando a vida destinada de Harry James Potter, assim que leva-lo para o portal da vida, ele será mandado para o seu tempo correto e tudo o que vimos estará fadado a acontecer.

— E as pessoas em volta? — Disse a entidade preocupada segurando a caixinha com mais força — O tal de Voldemort, quem está responsável pela vida dele?

— Oras, assim que o destino traça seus caminhos, nós, guardiões do tempo temos que envia-las para a vida, assegurando que cada individuo tenha seu destino cumprido na linha do tempo correta, outro já o mandou para seu tempo correto. Você, iniciante, está aprendendo agora, mas no futuro terá que fazer tudo isso sozinho. Você decorou os passos? — O ancião começou a andar rumo à saída do que parecia um templo, estavam no topo de uma pracinha onde por onde se olha as coisas são completamente brancas ou bem claras.

Enquanto desciam as escadas o jovem iniciante recitou seus aprendizados.

— Acho que sim! Pegar o escrito com o destino da pessoa, trazer para o poço da visão — Deu uma olhada para onde estavam, o segundo passo já havia sido cumprido. — Fazer a calibragem para data e horário certo do nascimento e mandar pelo portal da vida.

— É bem simples, correto?

— Sim! Tenho sorte de ter sido designado para os guardiões do tempo, falaram que os agentes do destino vivem atarefados, não imagino o quão difícil deve ser traçar a vida de uma pessoa inteira...

O guardião ancião deu um suspiro pensativo, já estavam quase chegando ao portal da vida onde ele deixaria o seu aprendiz despachar a alma de Potter pra ela então viver.

— A vida de uma pessoa pode ter vários caminhos, meu jovem. O destino é um só, mas a alma, ou pessoa, como queira chamar, tem o livre arbítrio. Ou seja, ela toma suas decisões de vida, ninguém sabe a vida completa de uma pessoa. Só o destino que sabemos, quando cada um tem sua predestinação não importa o que fizerem, qual caminho seguirem, vão acabar encontrando seu destino. Pelo que sabemos, o destino se manifesta de várias formas.

— O dessa alma é algo grande, nunca tinha visto um destino tão interessante... não é impressionante? O da alma do tal "Lord Voldemort" estar relacionado ao de Potter é fascinante... Eu daria de tudo para ver todos os detalhes desse destino.

— Sim é muito impressionante... Mas somente agentes podem ver de fato tudo — Olhou para frente buscando algo com o olhar — agora deve mandar essa alma para o seu destino.

Pararam de andar ao vislumbrarem o grande portal da vida. Era um arco enorme, feito de algum tipo de pedra cinzenta nunca antes vista. Algumas runas antigas e símbolos rodeavam por todo o cumprimento. A visão de dentro do arco era uma espécie de véu suave que mudava conforme os guardiões aproximavam as almas. O jovem entrou na fila para levar a sua alma, enquanto isso observou nervosamente os outros guardiões ajustando a data correta na caixinha antes de joga-las pelo portal.

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