Caminhos do destino

Quando o brilho se apaga, uma chama se acende

            Rosier e Abraxas estavam conversando em frente à saída do portão principal do castelo que dava para um enorme caminho de pedra.

Era o ponto de encontro do grupo para irem até Hogsmeade.

Não tiveram que esperar muito pois logo Tom e Avery chegaram, mas ainda assim não foram. Ainda faltava.

— Onde eles estão? — Abraxas perguntou um pouco impaciente já.

— Talvez desconfiaram da autorização.

Quando Rosier tinha acabado de falar sua teoria, ouviu sons apressados de sapatos. E lá estava, correndo como se estivessem perdendo o trem de Hogwarts. O pequeno Peverell e ao seu lado sua turminha de amigos grifinórios.

— Por que aceitamos andar com grifinórios mesmo? — Avery perguntou inconformado.

— Porque Tom quer andar com Harry, e Harry não quer andar sem seus amigos. Simples assim. Aceite logo que vai ser menos doloroso. — Falou o loiro disfarçadamente enquanto sorria para o grupo que chegava mais perto a cada segundo. — Eles parecem um bando de desengonçados.

Bilius tentou recuperar o fôlego quando chegaram, era o único que não estava acostumado com atividade física pesada. Já Harry, Augusta e Charlus tinham uma melhor condição física por causa do quadribol.

— Por que demoraram tanto? — Avery perguntou impaciente.

— D-Desculpem, Augusta prendeu o cabelo em uma varinha de uma garota e---

— Não importa. Vamos.

Tom logo começou a andar, não tinha o mínimo de interesse em saber das aflições da garota grifa.

Foram caminhando e conversando durante todo o caminho, se poderia chamar algumas de conversa... Estava mais para troca de farpas. Charlus e Avery não se deram muito bem, o que era uma piada sobre Sonserinos virou uma discursão acalorada entre as duas casas.

Aquele barulho de brigas e conversas foi chamando um pouco mais de atenção do que Riddle gostaria. Estavam parecendo adolescentes bagunceiros, e isso seria péssimo para sua imagem.

Assim que chegaram ao povoado de Hogsmeade o maior olhou para Abraxas e apontou com os olhos para o restante do grupo. O loiro não precisou de nenhuma palavra para entender o que seu amigo queria.

— Avery, Rosier e eu vamos até o Três Vassouras, estamos com fome, venha conosco!

— Vamos? — Rosier perguntou com o cenho franzido, mas recebeu apenas um cutucão no braço do loiro em resposta.

— Hunf... Pode ser. Não aguento mais ficar perto desse projétil de bruxo. — disse se afastando do grupo.

— QUEM ESTÁ CHAMANDO DE---

Charlus começou a andar na direção de Avery mas Bilius o impediu segurando em seu braço junto com Augusta. Ambos foram arrastando Potter para longe assim seguindo em frente, provavelmente para a Dedosdemel.

— Pensei que eles se entenderiam. — Harry falou quando sobrou apenas os dois na entrada da vila. O seu semblante era um pouco desanimado.

— Não me surpreende nem um pouco. Charlus e Avery são parecidos, mas de casas rivais. Ou se gostariam demais ou se odiariam.

— Tem razão...

Harry limpou aqueles pensamentos de sua cabeça e logo olhou a sua volta.

— Aqui é tão bonito... Olha Tom! Todos aqui são bruxos!!!

Os dois iam passeando pela pequena vila admirando cada canto, para Harry aquela era uma visão muito legal. As noticias pregadas em um quadro de anúncio grande tinha retratos de procurados e desaparecidos que se mexiam, e aquelas imagens pareciam vivas assim como os quadros de Hogwarts que o pequeno nunca deixava de se surpreender.