Caminhos do destino

Imperdoáveis

- MEU PAI VAI SABER SE FIZEREM QUALQUER COISA COMIGO E----

- Já entendemos... - Falou Avery enquanto ainda segurava as cordas do encanto que Rosier tinha lançado no corvino culpado do acidente de Harry. - Você não se cansa de falar? Já dissemos, não adianta.

Iam passando pelo caminho que dava à Hogwarts, não havia ninguém por perto mas aquele barulho irritante do maldito menino dava nos nervos.

Morgon era um jovem um pouco mais alto que Rosier e menor que Avery poucos centímetros, mas o que era mais marcante em seus traços era a quantidade de sardas em seu rosto. Era cheio delas. Tinha uma mania irritante de coçar seu rosto pintado toda vez que ficava desconfortável, mas não podia nesse momento pois estava com suas mãos atrás do corpo amarradas.

- Já chega!!! Me soltem! Acham que o diretor Dippet vai me deixar sem castigo depois disso? Eu já vou sofrer com aqueles malditos caldeirões empoeirados ou qualquer outra vidraria desse lugar empoeirada... - disse parando de andar.

- Acha que você só merece um simples trabalho de elfo? Não meu amigo... Não com o que fez com Harry. - Rosier falou e agarrou o braço de Morgon que o olhou assustado. - Tom vai se certificar que você nunca mais chegue perto de fazer algo assim de novo! E se der mais um chiado eu juro por Merlin que eu mesmo te azaro aqui.

Um engolir em seco e logo os três voltaram a caminhar em silêncio.

...

Abraxas estava correndo rápido com algumas sacolas em mãos. Soube tardiamente do ocorrido, e em questão de segundos soube que Tom não deixaria barato. Ele tinha uma teoria, e por Merlim, que estivesse errado. Não queria que Riddle entrasse em problemas. Não agora que estava indo tudo tão bem...

Correu até não se aguentar mais. Não se lembrava de ter corrido assim em toda sua vida.

Ao passar pela porta da comunal da Sonserina logo se dirigiu até o quarto de Tom, mas a porta estava trancada. Ao bater não recebeu resposta, mas tinha uma sensação de algo estava acontecendo.

Um simples girar de varinha e um simples feitiço de tranca foi desarmado.

- Céus! Tom você demoro---

- É só Abraxas. - Avery cortou a fala do encaracolado.

O loiro entrou ofegante e tratou de fechar a porta voltando com o feitiço um pouco mais forte.

Olhou para os dois e logo em seguida viu o corpo do corvino sentado no chão com a boca coberta e todo amarrado.

- O que fizeram com ele?

- O que Tom pediu. - Foi uma resposta mútua. Ambos se surpreenderam ao sair ao mesmo tempo.

- Vamos entrar em confusão... Tom está com raiva e não está pensando direito.

Os três trocavam olhares como se estivessem conversando em silêncio. O corvino já estava enfadado.

- Mas eu não vou desobedece-lo, ainda mais que ele está com muita raiva. - disse Rosier coçando seu cabelo.

- É... eu não acho que seja o melhor momento para questionar seus métodos.

- Vocês então tratem de cuidar dele até Tom chegar. Não sabemos o plano.

Malfoy se sentia estranho. Pressentia algo ruim vindo, aquilo estava parecendo algo grande.

...

A noite enfim havia chegado. Rosier e Abraxas jogavam xadrez bruxo enquanto Avery comia o que tinha trazido do refeitório. Morgon estava deitado de lado no chão já com muita sede e sua barriga começava a roncar.