Caminhos do destino

O festival das bruxas pt 2

Harry não se lembra da última vez que gargalhou tanto. Quando se juntaram novamente aos seus amigos foi uma completa bagunça.

Aproveitaram ao máximo, foram em quase todas as atrações, fizeram jogos e competiram. Houve também muita comilança, o pequeno grifo sentia-se totalmente entorpecido, estava saciado e muito feliz.

Se Harry pudesse, pararia o tempo só para ficar aproveitando aquela sensação por mais tempo. Era algo que desejava sentir mais vezes. O calor acolhedor da fogueira o esquentando, as risadas calorosas de seus amigos e até a sua própria eram mil vezes melhores do que a música que estavam tocando.

Os professores deixaram os alunos a vontade, a maioria foi para o castelo descansar depois de certa hora. Afinal quem tinha essa energia toda para acompanhar os jovens?

O ápice da noite do jovem Peverell foi quando os músicos chamaram todos para uma dança cultural em bailes bruxos. Era um ritmo mais lento, os passos eram fáceis de se fazer mas ainda assim Harry achou que passaria vergonha. Todos estavam tomando pares para a dança.

Avery foi puxado por uma Yohana animada para dançar, já Abraxas convidou Rosier para dançar consigo. Bilius tirou Augusta que já começava a brigar com Charlus, ele não estava com ouvidos para aquelas discussões hoje.

Charlus, bom, só Harry viu que o Potter saiu sorrateiramente depois que ficou sem um par.

Claro que Harry estava tentando levar Riddle para dançar. Todos nem cogitaram chamar um dos dois para serem seus pares, era óbvio que ambos iriam juntos.

— Vamos Tommy! Já começou!!! — O mais novo puxava com toda sua força o braço do mais velho, esse estava sentado e permanecia.

— Não quero. Não gosto de dançar.

— Mas eu quero!

— Então vá dançar sozinho!

Peverell olhou para todos que estavam dançando com seus pares, os instrumentos tocavam animados e harmoniosamente. O menor queria tanto...

— Até parece que dá pra dançar sozinho... — resmungou o menor inflando as bochechas.

Tom olhou para seu amigo que tinha parado de lhe puxar e agora apenas admirava com aqueles olhos cintilantes. Era uma cena comovente. Respirou fundo e se levantou pegando a mão do menino e o conduzindo até onde estavam dançando em volta da fogueira.

— Eu não prometo nada. Não sei dançar isso. Vamos. — Tom falou parando na frente de Harry.

— Parece fácil! A gente aprende!

Harry observou os movimentos dos outros e começou a tentar imitar.

O maior não estava errado, eles pareciam tão desajeitados que atraiam atenção. Os pés de Harry pareciam prontos para entortar a qualquer minuto, e o menino ria a cada vez que pisava no pé do outro ou esbarravam. Mas ele estava tão feliz... Os giros que dava estavam tortos, a maioria fora de ritmo. Riddle não sabia como estavam conseguindo ainda dançar daquela forma. Sentia que poderia morrer de vergonha.

Mas foi só o menor dar a primeira gargalhada que todo o vexame e os olhares se tornaram nada.

É... talvez valia mesmo a pena se expor daquele jeito se fosse para ver mais sorrisos genuínos como aquele.

Quando a música finalizou todos bateram palmas, a banda fez uma reverência e pararam de tocar.

— ATENÇÃO A TODOS! VAMOS CHAMAR AQUI NO PALCO TOM RIDDLE DA SONSERINA PARA DAR INICIO AO ÚLTIMO ATO DA NOITE!