— Harry, pare de roer a unha, vai acabar sem dedos até o fim do dia se continuar!
Tom já não suportava o menor com aquele hábito feio, a ansiedade era óbvia mas o acastanhado não sabia se controlar.
Era dia de finalmente irem para a plataforma 9 ¾ , assim que comeram de manhã já ficaram à espera do professor Dumbledore que iria os levar até a estação para a viagem.
— Por que ele não chega logo? — O pequeno disse já começando a roer seu dedo indicador novamente. Sua outra mão segurava seu coelho de pelúcia, ele não largaria por nada.
— Pode ser que ele chegue quando você tirar esse dedo da boca. Vamos, tire isso. Que nojento! — Tom pegou a mão de Harry e retirou da boca do garoto que soltou um chiado frustrado — Olha ali, é ele.
Quando o homem chegou mais perto de ambos puderam ver os oculinhos que o professor começara a usar. Eram finos, meia lua, quase como um acessório discreto. O homem estava trajado com roupas trouxas, um formoso traje formal.
— Bom dia meninos, creio que a Sra. Cole já os liberou...? — A paciência ao falar era de certa forma característica da voz do homem barbudo.
— Já sim! Ficamos esperando no portão para ela não brigar com a gente e...
— Tá certo Harry, ele já entendeu. Vamos? — Riddle cortou o menor.
Dumbledore ergueu uma sobrancelha para o moreno que apenas revirou os olhos, mas decidiu relevar, afinal Harry estava tão empolgado para ir que não se importou com a grosseria do outro.
*
Ao chegarem na estação King Cross, em Londres, Harry saltou para fora do carro já animado. Seu gato miava alto dentro de uma caixinha de transporte ao qual teve que o colocar. Mas nem deu ouvidos, à sua volta estava muito mais barulhento.
Por certo que o moreno já tinha vindo antes à estação, mas estar ali com um menino tão frenético que parecia dar pulinhos a cada passo era uma experiência perturbadora. A maior parte dos trouxas olhavam a cada exclamação que o outro fazia.
— Pequeno Harry, faça menos barulho, por favor, temos de ser discretos. Logo ali é a plataforma, então teremos que passar despercebidos. Combinado? — Dumbledore fora tão gentil ao se comunicar com o garoto que esse só afirmou e guardou sua empolgação para si — Certo. Chegamos.
— Mas... Aqui é 9 e 10.
— 9 ¾ fica entre 9 e 10, Harry, isso é matemática. Não estudou? — Riddle revirou os olhos — Vejo que passou o último ano com os cadernos longe de si...
— Eu não gosto de matemática Tommy...
O moreno lhe olhou feio pelo canto do olho, já sem paciência. Esse pegou o seu carrinho ao qual arrastava e foi logo de encontro com a parede, o que gerou aflição no desavisado Harry.
— TOM VOCÊ VAI BATER----
Dumbledore tapou a boca do menino que já atraiu a atenção de alguns trouxas que passavam. Afinal, a estação estava movimentada.
— Não grite! Tom está bem. Agora vamos esperar que essas pessoas saiam daqui para passarmos...
Esperaram até ter menos gente do que antes, e um certo guarda sair para dar uma volta. Com isso, Dumbledore o guiou até a parede e disse para correr que seria mais fácil. Assim que o acastanhado começou a apressar seus passos achou que seu coração iria disparar, era certeza que iria dar de cara com a parede. Mas não aconteceu.
Transpassou a parede e quando abriu o olho que nem percebeu ter fechado viu o tanto que aquele trem vermelho com preto era bonito. Estava ali, o Expresso Hogwarts. Em sua frente. Soltando algumas fumaças que lhe deixava ainda mais grandioso.
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Caminhos do destino
FanfictionGuardiões do tempo têm apenas um propósito, enviar almas para suas vidas com seu destino já traçado. Linhas do tempo certas requerem ajustes que só eles podem fazer. A alma de Harry James Potter estava na mão de um "novato", uma nova entidade em tre...