Pudim

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Harry ficou muito nervoso quando, sem aviso prévio, alguns homens vieram ao orfanato e levaram Tom alegando que ele teria ido para um tal de "julgamento".

O pequeno acastanhado não sabia muito bem se iria dar tudo certo, Tom parecia tranquilo, mas ouvira os homens falando que a quantidade de acusações era grande para um menino de 11 anos.

Ficou roendo as unhas até trazerem de volta o seu amigo, esse costume tinha começado a pouco tempo, roía porque tirava seu estresse quando não suportava mais dentro de si. Isso valia a pena, melhor do que ficar andando pelo quarto.

Riddle chegou tarde, era noite já e para sua surpresa era o mesmo homem que havia trazido a notícia de que eram bruxos. Como era o nome dele? Céus, já faz um ano desde que o acastanhado o viu, como poderia se lembrar?

Tom por outro lado não estava com uma feição muito feliz, parecia não gostar do homem.

Assim que se despediram e Tom ficou a sós com Harry no quarto, o menor começou seu interrogatório.

— Eles te prenderam?

— Não.

— Você vai ter que ser preso?

— Não.

— Eles querem te fritar?

— O que? Harry...? — Tom revirou os olhos e tirou seu casaco o pondo por cima da cadeira da escrivaninha. Logo se sentou e tirou seus sapatos.

— O que aconteceu Tommy? — O pequeno estava agoniado, ansioso por uma resposta boa.

— Eu vou ficar sob orientação do professor Dumbledore. Ele irá me vigiar para que não aconteçam coisas desse tipo, agora tenho uma babá.

O pequeno inclinou sua cabeça em confusão.

— Mas eles não vão te prender?

— Harry, não tire a minha paciência!

O menino começou a rir e logo sentiu-se aliviado. Tom não iria ser preso por sua causa, e pelo que parecia nada demais aconteceria dali para frente. Decidiu comemorar tal coisa pulando na cama enquanto rodopiava com o Sr. Pompas.

— TOMMY NÃO FOI PRESO! TOMMY NÃO FOI PRESO!

Riddle por outro lado já se irritava com a alegria exagerada do outro. Mas quando foi brigar com ele não o conseguiu fazer. Era como se seu corpo tivesse paralisado, Harry sorria tão largamente que a simples ideia de acabar com esse sorriso lhe fizera parar.

Hoje deixaria o baixinho extravasar.

Tom observava Harry pulando e abraçando o Sr. Pompas quando se lembrou de algo.

— Harry, amanhã não é o seu aniversário?

— Hm? — O baixinho parou de pular e foi correndo olhar o calendário fixo na bancada onde estava um círculo bem grande no número 31 de julho, ele realmente ansiava por isso. — É sim! É amanhã! Eu vou fazer 11 anos! Tommy agora eu vou poder ir para Hogwarts né?

— Sim.

Foi outra comemoração. Mas dessa vez Tom o puxou para ficar quieto.

Céus, de onde Harry arrumava tanta energia?

Mas agradecia pelo pequeno não ter mudado tanto quanto pensara que teria, afinal passou por tantas coisas... No começo do mês o acastanhado estava meio retido, ainda se esquivava de algumas pessoas e tentava não ser barulhento. Mas com o tempo, e com algumas ameaças de Tom para algumas pessoas que os olhavam torto, Harry voltou a se soltar.

Era bom ver a criança animada e energética que era o acastanhado.

Harry parecia um tufão.

Seus cabelos eram o próprio movimento desordenado, e sua personalidade energética era o vento avassalador que levava a todos por onde passava. Era impossível conhecer esse tufão e não ser afetado.

Caminhos do destinoOnde histórias criam vida. Descubra agora