Rubeo

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Tom andava pelos corredores da escola como se não estivesse sendo perseguido em plena madrugada. Os sons que emitia do seu sapato lhe deixavam um pouco nervoso, como se a qualquer momento algum monitor ou até mesmo o zelador fosse o apanhar. Mas mesmo assim continuava sua caminhada silenciosa. Não podia fazer barulhos. Aquilo tinha que ficar em segredo, se mais alguém soubesse, seria um grande passo para o seu fracasso.

Virou o corredor à esquerda e subiu pelas escadas, foi quando passava já o quarto degrau quando sentiu suas vestes sendo puxadas por uma mão. Ele sabia que tinha alguém lhe seguindo, desde que saiu daquele banheiro abandonado.

— Argh! — Exclamou espantado e ao se virar conseguiu visualizar melhor. Era ninguém mais que Rubeo Hagrid, — Sabia que havia algo me seguindo... O que está fazendo acordado esse horário?

— Estou perdido... Quando eu te vi saindo daquele banheiro eu só segui... pensei que você poderia me ajudar, mas começou a andar mais rápido...me d-desculpa.

— Não precisa se desculpar. — Tom sentiu a escada mudando de posição e suspirou segurando no corrimão de pedra. — Ah, ótimo, vamos ter que andar mais um pouco. Escute, Hogwarts não é tão complicada como pensa. Apenas vá seguindo pelo próximo corredor e vire duas escadas à esquerda. Logo vai se achar no corredor próximo ao salão da grifinória.

— Ah, obrigado... — Hagrid suspirou aliviado, mas então virou a cabeça pro lado em confusão — Como sabe que sou da grifinória? E-Eu não te falei quem sou...

— Garoto, não preciso de identificação para saber que o meio-gigante amigo do Peverell é da grifinória.

Aquilo pareceu esclarecer tudo, Rubeo se sentiu satisfeito com a explicação e assim que a escada parou seguiu seu caminho.

Por outro lado, Riddle que não estava indo para a mesma direção. Voltou os degraus e cortou para outro corredor. Dessa vez se certificou que não estava sendo seguido, afinal ele não voltaria à sua comunal naquela noite.

...

— Bom dia Harry! — Charlus acordou seu colega de quarto dando-lhe uma sacudida.

O corpo do menor se encolheu e Pudim que estava dormindo sobre sua barriga chiou irritado por ter de sair do seu conforto. O gato mal-humorado não gostava desses momentos em que acordavam uns aos outros, aqueles meninos pareciam que a cada manhã tomavam uma poção energética.

E quando dizia "meninos" estava se referindo principalmente a Charlus Potter.

— Não quero ir... Me deixe aqui o restante do dia.

— Não há negociação Peverell, o dia já está alto. Vamos levante! Hoje temos poções.

— E o que há de bom nisto?

— Agora vai dizer que não gosta de poções?

— Não. — Harry colocou seu travesseiro cobrindo a cabeça e isso enfureceu Charlus.

— Vamos Harry, pare de ser uma criança mimada e levante. Eu não vou mais te acordar se não colaborar, vai ficar com falta.

— Tá bom, já estou indo.

Harry bufou e se obrigou a sentar. Aquele seria mais um dia cheio de aulas chatas.

...

O fim das aulas deixava Harry animado, afinal ele poderia ir ver Riddle. Desta vez ele queria lhe contar o que conseguiu fazer com um clipe de papel em sua aula de transfiguração. Foi o primeiro a conseguir mudar a sua forma.

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