Estou numa mesa com vários frascos, não sei o que são, mas minhas mãos pegam alguns deles e fazem misturas. Pegam outras coisas, mexem em conteúdos de placas com espécies de teias amarelas, laranjas e outras cores perto disso. Uma mulher aparece, usando um jaleco, roupas azuis claras, um rabo de cavalo prendendo seu cabelo preto luminoso.
Ela pega vários cadernos e começa a folear o primeiro. Quando franze a testa, eu a reconheço. É a Verônica, muito mais jovem do que é agora. Ela pega um lápis e começa a sublinhar o que quer que tenha no caderno, nós duas estamos em um laboratório. Parece ser bastante improvisado, os armários parecem os da cozinha da minha antiga casa, a sala não era muito espaçosa.
A luz clara era bem forte, e a porta de madeira por onde Verônica entrou tinha uma placa escrita "circuitos elétricos''. Entrada proibida."
- Você deixou a porta aberta. - Eu aviso, minha voz está diferente e eu não a reconheço.
Verônica responde com um único "aham", mas não faz nada. Eu bufo e vou fechar a porta que levava até escadas que iam para cima. Depois de trancar, me aproximo de Verônica, não entendo nada do que está escrito no caderno.
- O que houve? - Pergunto enquanto vejo Verônica apagar uma anotação.
- O P134 não funcionou. - Verônica resmunga. - Apresentou a mesma falha do N35, mas também deu um resultado parecido com o que a gente queria, mas só durou quatro minutos.
Tem várias fórmulas no caderno, Verônica apaga algumas e refaz outras com uma facilidade absurda. Eu volto para a mesa onde eu estava, pego uma caneta em forma de cauda de sereia e volto para o lado dela. Começo a tentar acrescentar alguma coisa, mas Verônica fecha o caderno e se vira, colocando o caderno na mesa.
- Para, Tabata! - Ela diz, apoiando os cotovelos na mesa, abrindo o caderno de novo e mordendo a ponta do lápis.
Fico ao lado dela observando o caderno e anotando também, coisas que parecem ser de outro idioma para mim.
- Ah. - Verônica comenta quando lê o que eu escrevi.
- Acho que assim vai funcionar. - Digo encolhendo os ombros.
- Talvez sim. - Verônica diz, franzindo ainda mais a testa. - Estamos bem perto, só precisamos fazer com que o efeito seja permanente.
- Sim, mas acho que desse jeito, fará durar mais ou menos dois anos. - "Tabata" murmura.
- Mesmo assim, estamos mais perto do que jamais estivemos do nosso objetivo. A-
Um alarme dispara e a luz do quarto pisca vermelha, me fazendo pensar que acordei em um pesadelo. Geovana pula de susto e corre desenfreada para fora do quarto, gritando como se o mundo estivesse acabando. Levanto também para ver o que houve e vejo as pessoas que trabalham na segurança correndo para fora dos dormitórios, é um alerta, mas não sei do quê. Recebi um manual sobre isso, mas não terminei de ler.
Bárbara passa correndo desesperada, mas para quando me vê, fala que o Lúcio estava no turno da noite. Geovana e eu vamos atrás dela. Os corredores pareciam estar seguros, nenhum sinal de perigo. Quando eu passo pelo quarto da Gisa e da Farley, Lúcio está com elas, impedindo as duas de sair.
- O que tá acontecendo? - Geovana pergunta.
- Invasão no subsolo. - Lúcio responde antes de Gisa tentar passar por baixo do braço dele, mas ele a segura. - Senhorita Jasper, você não pode sair agora.
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A Alvorada Rubra |Fanfic de A Rainha Vermelha| EM REVISÃO
Fiksi Penggemar"Uma nação governada pelo ódio. O desejo por vingança por algo que já passou. Um país guiado pelo medo." Marina é uma garota vermelha que vive no que sobrou do maior país da América do Sul, onde os prateados não são mais um problema, mas não deixara...