Chefe

Capítulo 29- Provocação

Fabrício narrando

 Aline chega sábado no trabalho com uma saia que eu juro que se ela se inclinar um pouco aparece toda sua bunda sem contar no decote que estava vantajoso. Na FHC não temos muita restrição de roupa, mas vir assim também é exagero. 

-Na minha sala - falo quando a vejo chegar no corredor - agora 

Ela dá um sorriso e me acompanha até a minha sala.

-Diga Sr. Fabrício- ela coloca sua bolsa em cima de uma mesinha e começa a beber seu café 

-Bruno mandou uns projetos e pediu que analisássemos - falo pegando um papel da impressora

Eu não vou falar de sua roupa nem nada quero ver primeiro o que ela pretende fazer mostrando isso tudo. 

-Tudo bem - ela sorri 

Estico o projeto e as plantas na mesa e ela começa a riscar algumas coisas e me falar de coisas que precisam melhorar mas puta que pariu só consigo prestar atenção no decote que vem de cara pra mim. Está quase impossível prestar atenção nas porras dos projetos.

-O que está olhando?  - ela coloca a mão em cima do decote 

-Desculpe - falo sem jeito 

De fato achei que ela estivesse irritada com o fato de eu ter olhado mas assim que ela se abaixou pra pegar um lápis eu percebi que sim ela estava querendo me provocar. Talvez como castigo por eu ser um babaca ou talvez como forma de mostrar que sou totalmente caído por ela. 

-Sr. Fabrício- ela se levanta e dá um sorriso safado - é feio olhar para suas funcionárias assim 

-Você não ajuda - falo focando de fato em seu decote 

-Concordo - ela fala suavemente 

-Srta. Bittencourt - falo olhando para as suas pernas - não consigo me concentrar 

-Talvez se concentre em outra coisa - ela dá um sorriso safado e se senta na minha mesa 

-Em que por exemplo? - falo entendendo o recado 

-Nisso - ela tira sua blusa me mostrando seu sutiã preto 

Eu já estava pronto para fazer o que ela quisesse e não entendi porque o ódio de Aline foi embora tão rápido. 

-Achou bonito meu sutiã? - ela fala apertando os seios por cima do sutiã da forma mais sexy possível 

-Achei - sorrio - mas prefiro te ver sem 

-Ótimo - ela sorri e desce da mesa - espero que Arthur goste

-O que? - falo confuso 

-Eu vou almoçar com Arthur - ela se abaixou  pegando sua camisa e mostrando toda sua bunda - e tava na dúvida se ele ia gostar dessa lingerie 

-O que? - falo ainda sem acreditar que ela fez isso

-Obrigada pela opinião - ela pega os projetos na mesa e sua bolsa - se bem que você tem mal gosto né escolheu a Jéssica - ela ri 

-Aline... - tento chamá-la mas ela já saiu 

Agora eu to na minha sala de pau duro e sem entender nada do projeto do Bruno que tenho que aprovar ou não até hoje a noite. 

Elise narrando 

Confesso que só de ver o Fabrício me olhando daquele jeito e falando que queria me ver sem sutiã quase foi o suficiente para ele de fato conseguir me comer. "Aline, por que fez isso?” Eu ainda tô muito puta com ele e com a Jéssica e sei que a única forma de mexer com Fabrício é com meu corpo e com Arthur, então vou fazer isso. Não pensem que to usando Arthur porque não estou, ele apenas está me ajudando, além de ser um ótimo ficante, a me vingar do Fabrício mesmo que ele não saiba de nada que está acontecendo. 

Hoje eu tenho uma rosa vermelha em cima da mesa ao lado do computador escrito “Não desista de mim”. Ao ler isso meu coração aperta e ao mesmo tempo parece que tudo desaba porque parece que ele tem um sentimento enorme por mim que só é demonstrado por flores ou no sexo. Eu queria muito fazer o que o bilhete pede e não desistir dele, mas parece que ele só dificulta as coisas ainda mais tendo a Jéssica que puta que pariu. Talvez eu de fato seja só um lanchinho que ele queira reconquistar.

Vou para o almoço com Arthur e mal encosto na comida, o papo não tava muito legal e, pra ser sincera, nem rolou nada, apenas uns beijinhos já que ele ficou a maior parte do tempo falando no telefone com um empresário de não sei aonde. Para me recompensar" ele me promete levar em um incrível e emocionante restaurante que estou animadíssima para perder minha noite de sábado indo (só que não) como eu disse: com Arthur não tem muitas emoções.

Volto para a empresa e Fabrício logo vem até minha sala desesperado.

-Desisto - ele coloca papéis na minha mesa - não entendi nada desse projeto 

-Vai pedir minha ajuda? - cruzo os braços 

-Sim - ele sorri - por favor 

-Meu expediente já já acaba - falo olhando pro relógio 

-Pelo amor de Deus é pra hoje à noite - ele implora 

-Ok - sorrio 

Nós esticamos os papéis em cima do tapete e sentamos no chão para analisar todos os documentos que Bruno enviou. 

-Então ele quer fazer isso com os vestiários? - ele fala afrouxando a gravata - não imagino o preço 

-Calma aí - me estico para pegar o orçamento que estava em algum lugar no chão e não posso deixar de notar que os olhos de Fabrício em sobre minha bunda 

-Desculpe - ele desvia o olhar - tá bem difícil pra mim 

Reviro os olhos e volto a ficar de joelhos no tapete - aqui está - falo - se usar esse material não ficará não caro 

-Tem certeza? - ele olha o papel 

-Sim - respondo

Continuamos o projeto e quando são quase oito horas terminamos de ver e relatar tudo para Bruno e sim o projeto foi aprovado por Fabrício (menos algumas partes). 

-Está chovendo muito - falo olhando a hora 

A empresa toda está apagada com apenas o nosso andar chamando atenção pela luz. Vejo que tem umas 30 mensagens de Arthur reclamando que dei um bolo nele e dizendo que espera que eu esteja bem já que não atendi nenhuma ligação. 

-Eu te levo - Fabrício fala fechando o notebook 

-Não precisa - tento sorrir 

-É perigoso pegar táxi essa hora - ele tenta me convencer - vem que te levo 

Tento relutar mas ele está convencido que vai me levar em casa e assim foi feito. 

O caminho não teve muito papo e assim que chegamos ficamos um tempo sem dizer nada.

-Toma cuidado - sorrio - tá chovendo muito - falo saindo do carro 

ALINE  O QUE VOCÊ TÁ FALANDO? DEIXA ELE SE FERRAR NA CHUVA IGUAL VOCÊ SE FERROU 

Ele sorri assim que percebe que estou preocupada com ele. 

-Até mais, Anjo - ele fala.