Capítulo 31-Por Favor Não Desista de mim

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Passo o feriado sem atender o Arthur para ver se ele se manca da merda que fez. Estou realmente fodida com homem na vida e quando eu acho que vai funcionar, igual eu achei com Arthur, ele fode tudo.

Na terça-feira meu humor estava dos piores já que vejo de madrugada uma foto de Arthur bebado com duas mulheres saindo em um jornal de fofoca e quando vou tirar satisfação ele diz que elas eram apenas uma trepada e nada mais e que eu era a “trepada oficial”. Sinceramente, espero de coração que ele tenha falado isso enquanto estava bebado porque senão nunca mais olho na cara daquele babaca.

-Bom dia, princesa - Alan fala quando eu chego na cafeteria 

-Cala a porra da boca e me dá meu café - falo sem paciência olhando pro celular

Fabrício, Que estava comendo um sanduíche, não conseguiu conter a risada.

-Tá rindo de quê? - falo irritada - sobe logo que a gente tem trabalho

-Isso é falta de foda em Aline - Alan me provoca

-O Que Não falta é o homem pra mim - pego o café da mão dele - agora quem deve tá sem trepar é você né 

-Puta que pariu - Fabrício fala rindo 

-Sobe logo e cala boca - falo irritada 

Ele logo fica sério e me acompanha até o elevador jogando o resto do sanduíche fora.

-O que aconteceu? - ele fala rindo de mim 

-Nada - respondo seria 

-Fica linda assim - ele sorri 

Deixo escapar um sorriso e parece que toda tensão vai embora 

-Qual é - falo rindo 

-Não deveria mandar seu chefe calar a boca - ele fala rindo 

-Foi mal - falo revirando os olhos

-Tudo bem - ele sorri - Fica realmente muito linda brava 

-Para com isso Fabrício- falo saindo do elevador - se quer uma transa acho melhor escolher outra hora pra me iludir 

-Aline - ele me puxa - sério? 

-Que não vou te dar? - reviro os olhos - sério... eu não tive um feriado bom e você... - ele me interrompe

-Não é isso - ele me encosta na parede - eu não aguento mais ficar sem você 

-Como eu vou acreditar? - falo bufando 

-Não sei mas eu não consigo mais ficar sem você, Aline - ele fala passando a mão na cabeça 

-Eu tenho muito medo de você me magoar... não vou me entregar assim - falo desviando o olhar

-Ei - ele puxa meu queixo e olha nos meus olhos - eu não vou te magoar. Você é a pessoa mais linda, simpática, eficiente e gostosa que eu conheci - ele fala sorrindo

-Como eu sei que não tá me enganando? - falo seria 

-Eu não sei como te provar isso - ele passa a mão pelo meu rosto - mas eu me arrependo muito de ter falado aquilo tudo pra você e só de te ver com o Arthur - ele bufa - foi o suficiente pra perceber que te quero comigo pra sempre e que não suporto te ver com outro 

-Quer me provar? - falo seria 

-Sim - ele sorri - faço qualquer coisa pra te mostrar 

-Demita Jéssica - falo olhando em seus olhos 

-Anjo... - ele tenta argumentar

-Ou você a demite ou eu não te dou uma chance - falo me mantendo seria 

-Ela é uma das melhores modelos da empresa não posso fazer isso - ele fala sem saída

-Não imaginei uma resposta diferente de você - empurro ele e saio andando para minha sala

Enquanto passo pelo corredor ouço ele me chamar algumas vezes mas a sua voz logo é abafada quando eu bato a porta da minha sala com toda força que eu tenho. 

-Merda - grito sozinha

Tinha um outro jarro na minha mesa e dessa vez eram tulipas mas sem nenhum bilhete acompanhando. Eu queria jogar todas aquelas flores mal intencionadas na parede mas eram tão lindas que não achei justo com elas serem jogadas fora por causa daquele merda. 

Preferi desligar o telefone. Ignorei o Arthur, o Fabrício, Alan e qualquer outro caralho que pudesse falar comigo. Passo o dia no escritório, com a porta trancada, janelas fechadas e digitando automaticamente sem me dar um segundo para pensar. Peguei arquivos antigos e pendentes, projetos, processos e tudo mais que tinha pra fazer e mesmo assim parece que o relógio andou pra trás. Mudei minha mesa de posição umas três vezes e quando eu ligo o telefone mando Arthur ir tomar no cu e que não queria vê-lo nem pintado de ouro. Eu to magoada. Com dor. Não quero me dar tempo de pensar porque pensar dói. Por que Fabrício  faz isso comigo? Suas palavras parecem tão verdadeiras mas quando é pra provar ele pra trás e tudo parece uma grande mentira para me levar para a cama.

Continuo fazendo todo trabalho que consigo sendo desconcentrada umas duas vezes pelo Fabrício que veio bater na minha sala mas com um “me deixa em paz” choroso ele desiste. 

Não sei que horas aconteceu mas acabei pegando no sono em cima de alguns papéis e cadernos e só acordo quando ouço a sala do Fabrício ser aberta no dia seguinte. Meu estômago ronca e eu vou buscar café já que não me atrevo comer nada. 

Em frete a minha porta, no chão, encontro rosas brancas em um jarro mais bonito que o normal com um bilhete “Por favor, não desiste de mim”

Chefe Onde histórias criam vida. Descubra agora