Capítulo 39- Razão

344 19 0
                                    

-Olha isso - Jéssica entra como um furacão na sala do Fabrício colocando uma revista em cima da mesa dele

-Quem te deixou subir? - Fabrício levanta uma sobrancelha 

-Olha isso - ela grita totalmente histérica -“Fabricio Arantes afirma: o caso com a Jéssica já está com os advogados” - Fabrício lê em voz alta enquanto eu presto atenção em tudo - o que tem? 

-Desmente isso agora - ela cruza os braços - liga pra quem for e desmente isso

-É verdade - ele entrega a revista a ela que puxa da mão dele - o advogado da empresa deve entrar em contato com o seu hoje ou amanhã 

-Você só pode tá brincando com a minha cara - ela revira os olhos - Você tá me denunciando só porque fiz uma brincadeira com você? 

-Brincadeira? - Fabrício se levanta fora de si. - brincadeira que me fez perder muito dinheiro e clientes sem contar o nome da empresa que sujou

-Mas Fabrício... - ela se acalma talvez com medo dele - foi tudo por amor... imagina você e nosso filho que lindo - ela coloca a mão na barriga 

_ Jéssica você é doente - ele se irrita - Sai logo daqui antes que eu chame a polícia

-Só saio daqui quando desmentir tudo - ela cruza os braços - eu não posso passar por estresses assim 

-Você nem grávida está - Ele se irrita - pelo amor de Deus sai 

-É assim que vai me tratar? - ela fala seria - então vou dar motivos de verdade para você chamar o advogado 

-Que? - ele fala mas a Jéssica já tinha saído pela porta 

-Você tá bem? - falo me levantando e indo até ele 

“ALINE  PORQUE VOCÊ NÃO ENFIOU A PORRADA NELA OU PELO MENOS JOGOU ALGUMAS VERDADES NA CARA?” Eu acho que nesse momento eu não devo me meter e nem falar com ela, na verdade por orientação do advogado nem o Fabrício deveria falar.

-Ela é uma desgraçada - ele fala se sentando em sua cadeira - não acredito que tem essa cara de pau 

-Realmente - falo 

-Vou ligar para o advogado e mandar ele ir mais rápido com isso - ele pega o celular 

-Vou pra minha sala - falo deixando-o sozinho 

Sr. Fabrício narrando 

Vou para uma reunião rápida no centro da cidade mas sem a Aline  já que ela ficou resolvendo uns problemas que deu no setor de marketing da empresa. A reunião foi tranquila, consegui um contrato bom que vai retirar o rombo que a palhaçada da Jéssica deixou. 

Assim que volto e vou chamar a Aline para almoçar encontro a pior cena da minha vida: tinha sangue por toda parte, os vasos que dei a ela estavam quebrados, sua mesa toda bagunçada e a Aline no chão descordara.

-Aline - corro até ela - acorda... Aline Anda acorda - falo mexendo nela - puta que pariu 

Com o meu terno todo sujo de sangue e a cabeça quase explodindo eu chamo o ambulância com uma dificuldade enorme. 

-Vai ficar tudo bem, Anjo - falo com a cabeça dela no meu colo 

Talvez eu estivesse falando isso mais para mim do que pra ela mas para todos os efeitos vai ficar tudo bem. 

A ambulância chega em cinco minutos e quando os socorristas entram na sala ficam da mesma forma chocados com o veem. 

-Se afaste senhor - um deles fala 

Assim que pegam na Aline se olham com uma cara nada boa e a colocam na maca para imobiliza-la. 

-O que foi? - falo andando com eles no corredor - ela vai ficar bem?

Eles se entre olham novamente e seguem para o elevador ignorando minha pergunta.

-Ela vai ficar bem? - grito 

-Deixe o médico fazer o trabalho dele - eles entram comigo no elevador - só o médico pode dizer 

Eles entram na ambulância mas não me deixam ir mesmo eu alegando que era namorado dela. Pego meu carro com a minha cabeça indo longe, minha Aline? Minha Aline daquela forma? Eu vou matar a Jéssica se foi ela... Com certeza foi ela. “Vou te dar motivos para ir no advogado” com certeza foi aquela piranha desgraçada que fez isso. Tento me concentrar no trânsito mas meus pensamentos vem e vão ao ponto de eu desviar de pedestres e carros só para chegar mais rápido do hospital.

-Aline Bittencourt - falo na recepção 

-O senhor precisa de atendimento - a menina que parecia ter uns 19 anos se apavora - médico por favor 

-Esse sangue não é meu - falo nervoso 

Isso pareceu um pouco mais psicopata fora da minha cabeça mas mesmo assim era verdade: o sangue NÃO era meu. 

-Aí meu deus - A menina fala nervosa - médico por favor - ela grita de novo e vem um médico correndo

-Sr. Fabrício? - o médico que atendeu Aline da última vez chega 

-Cadê a Aline? - falo nervoso 

-Já está sendo atendida - ele ajeita os óculos - precisa de atendimento?

-Deixa Eu ver a Aline - falo irritado 

-Infelizmente agora não pode - o médico tenta me parar já que fui corredor a dentro 

-Eu vou ver a Aline - falo ignorando o médico visivelmente mais fraco que eu 

-Sr. Fabrício pare - Ele me segura com outros dois enfermeiros 

-Eu preciso ver a Aline - falo passando a mão no cabelo - eu prometi que ia protege-la e essa merda acontece 

-Estamos cuidando dela - o médico me coloca sentado em uma cadeira de rodas que tinha no corredor - Levem ele para tomar um calmante 

-Sim senhor - um enfermeiro sai me levando na cadeiras de rodas 

Eu não discuto, sei que é irracional querer entrar na sala que ela está e ficar do seu lado prometendo novamente o que eu não consegui fazer, ou seja, prometer que ia protege-lá de todo mal do mundo. Eles me levam até uma salinha e colocam algo na minha veia que em menos de 5 minutos me fez apagar completamente.

Chefe Onde histórias criam vida. Descubra agora