Capítulo 37- Trabalho

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No almoço de quinta fomos falar com o advogado para resolver a questão da Jéssica. Ele disse, obviamente, que se ela não tem provas que o Fabrício negou registrar a criança ou que se nem tiver criança ela pode ser facilmente processada.

-Eu quero que você faça o que for preciso - Fabrício fala sério .

-Vou fazer - o advogado arruma seus óculos - preciso de alguns documentos 

-Srta. Bittencourt te passará tudo - Fabrício fala assinando alguns papéis 

É estranho ele me chamar de Srta. Bittencourt mas eu entendi já que é uma reunião importante e ele está visivelmente irritado. 

-Eu preciso te fazer uma pergunta - o advogado fala sem jeito - Tem certeza que não é o pai 

-Acho que não tem nem criança - Fabrício olha nos olhos dele - e se tiver eu não sou o pai 

-Ótimo - o advogado reúne alguns papéis que o Fabrício assinou 

-Use quanto dinheiro for necessário para andar com esse processo - FABRÍCIO conclui 

-Sim senhor - O advogado se levanta - qualquer notícia passo a sua secretária 

-Ok - Fabrício fala antes dele ir embora

Fabrício da um gole fundo em sua cerveja acabando com todo conteúdo do copo. Não sei como agir nessas situações mas eu tentei acalma-lo. 

-Vamos conseguir - falo no ouvido dele 

-Eu sei que vamos - ele tenta sorrir

Eu termino de comer e troco poucas com o Fabrício já que ele ficou o almoço todo trabalhando e respondendo e-mails. 

Sábado vamos ter um evento para anunciar a coleção do ano que vem e quero saber se Fabrício vai me mostrar como secretária ou sua namorada de fato. Volto para o escritório dirigindo já que Fabrício bebeu e também não podia parar de digitar e responder e-mails importantes. 

-Srta. Bittencourt - Ele fala digitando - cancele meu almoço amanhã 

Levanto uma sobrancelha para ele e continuo dirigindo. Srta. Bittencourt? Sério? 

-E marque a reunião de segunda para tarde - ele fala ainda sem olhar pra mim - está me ouvindo Srta. Bittencourt? 

-Estou sim, Sr. Fabrício- falo irônica 

Ele para e me olha confuso pelo “Sr. Fabrício" que eu disse. Não falo nada apenas continuo dirigindo até a empresa e assim que chegamos deixo ele no carro até ele perceber que estacionei e sai. 

-Por que não me esperou? - ele fala parando a porta do elevador que, infelizmente, demorou pra fechar 

-Não quis atrapalhar seu trabalho, Sr. Fabrício- falo sorrindo

-Qual é Aline - ele sorri e me abraça por trás - você fica linda assim

-Assim como, Sr. Fabrício? - falo me controlando pra não rir

-De qualquer forma - ele beija meu pescoço - sua voz chamando meu nome é melhor ainda, principalmente na cama 

-Uhum sei - falo saindo do elevador - de qualquer forma não vou atrapalhar seu trabalho

-Vai me negar uma foda só porque te chamei uma vez de Srta. Bittencourt? - ele fala enquanto me distancio para minha sala 

-Me chamou duas vezes - falo mais alto e rindo - e para de olhar pra minha bunda, sei que está olhando 

-Essa noite não vou te deixar dormir só pra compensar isso que está fazendo - ele sai andando até a sala dele - não tem como não olhar pra sua bunda 

-Não posso negar que isso vai acontecer - falo rindo e entrando na minha sala

Me sinto muito forte e arrependida de ter negado fogo ainda mais por um motivo tão besta mas acho que ele precisa passar um pouco de vontade também.

Faço meu trabalho à tarde e no final do expediente Fabrício vai pra minha casa. Enquanto eu faço alguma coisa pra comer ele fica trabalhando e trabalhando. 

-Larga esse notebook pra jantar - falo fechando a tela 

-Vou perder meus documentos - ele tenta abrir mas continuo com a mão em cima 

-Eu não arriscaria abrir esse notebook - falo seria

-Ok - ele se da por vencido 

Parece que longe do trabalho ele fica menos tenso e tudo fica melhor entre nós até a conversa ja que ela não envolve números ou problemas da empresa. 

-Vai com que roupa sábado? - ele fala lavando a louça enquanto eu fico sentada na bancada

-Um vestido... mas não sei qual - falo lembrando do meu armário 

-Seja como for Eu sei que vai maravilhosa - ele se vira com a mão cheia de sabão e me dá um beijo 

-Vai terminar logo isso - falo rindo - molhou o chão todo 

-Ok - ele fala triste 

Assim que ele termina de lavar a louça me leva pra cama no colo e, como prometido, fode comigo a noite toda até o cansaço, por volta de duas ou três da manhã, falar mais alto e nos dois irmos dormir. 

...

Na sexta tomamos rumos diferentes já que sai pra buscar alguns papéis autenticados no cartório enquanto Fabrício foi pra uma reunião do outro lado da cidade. No almoço nem conseguimos nos ver e isso aconteceu durante todo dia. 

-Que tal um barzinho hoje? - falo chegando na sua sala no final do expediente 

-Eu to morto - ele fala digitando - não sei que horas saio daqui 

-Tudo bem - tento sorrir - o que tanto faz nesse computador? Não me lembro de ter tanto trabalho assim

-Mas Tem - ele fala sério - até amanhã, Anjo - Fabrício fala sem olhar pra mim 

-Até - reviro os olhos e saio batendo sua porta.

Eu sei que tenho que entender já que mandar em uma empresa desse tamanho não é fácil mas uma sexta à noite, com tudo adiantado e uma namorada querendo sair acho que da pra abrir uma excessão. 

Volto pra casa e fico assistindo televisão até pegar no sono no chão da minha sala.

Chefe Onde histórias criam vida. Descubra agora