Capítulo 9 - Não lhe desrespeita

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Nota do Autora

Boa leitura

Cheguei na terça-feira extremamente atrasada mas pra minha sorte do Sr. Fabrício faltou então consegui dar uma tapeada no meu atraso.

Meu dia não foi nada produtivo, meu trabalho se tornou algo impossível e eu só conseguia pensar em como ele foi escroto comigo e mesmo assim continua sendo um gostoso que eu tenho certeza que não resistiria.
Desço pra tomar um café já que é a única coisa que meu estômago aceita após uma noite inteira de bebedeira e a empresa toda esta fofocando algo.

-Você viu? – Alan fala preparando meu café
-O que? – coloco a mão na cabeça para amenizar a dor
-O seu chefe queridinho saiu com a modelo Jessica Evan e foi pego saindo do motel de manhã – ele fala colocando meu café na bancada
-Bom pra eles – reviro os olhos

-Esta com ciúmes? – Alan me provoca

-Estou com dor de cabeça – reviro novamente os olhos

-E ciúmes – provoca novamente

-Vai chupar um pau, Alan  – falo alto o suficiente para cafeteria ficar em silêncio

Saio resmungando “não fode” enquanto aos poucos a fofoca e o falatório volta.

Faço a desgraça do meu trabalho mas minha cabeça dói tanto que me dou ao luxo de sair duas horas mais cedo para fazer incríveis nadas em casa.

Passo no mercado, compro um vinho, algo para comer e vou pra casa maratonar series antigas na Netflix.

Na quarta-feira eu estava mais recomposta. Ainda com ódio daquele babaca porém sem a dor de cabeça tento fazer meu trabalho durante o dia.

Faço meu cabelo em um coque e coloco qualquer roupa que tenho dentro do armário. Não estou preocupada em como vou ser vista porque nessa altura do campeonato já estou pouco me fodendo pra tudo.

Chego na empresa e encontro Jéssica sentada em um sofá em frente à minha sala.

-Que bom que chegou – tenta ser simpática – quero falar com o Dave

Fico olhando com cara de “quem deixou essa piranha alta entrar aqui?”

-Desculpe – ela dá um risinho frouxo – você deve chamá-lo de Sr. Fabrício né? Então o “Sr. Fabrício” – ela tenta imitar minha voz – está ai?

-Você tem horário?- falo abrindo minha sala

-Querida, sou Jéssica Evans – ela fala com deboche – as pessoas que têm horário para falar comigo

Quase que eu mandei ela enfiar os horários no cu mas me mantive plena e respondi com toda classe que tenho.

-Espere ele chegar que posso ver se te atende – falo entrando na minha sala

Ouço ele chegar após meia hora e ela entra direto em sua sala. Tento me manter focada no trabalho e quando bate quase meio dia sou obrigada a encarar ele, então, vou até sua porta e com toda calma do mundo eu bato nela.

-Entre – ouço sua voz

Abro a porta e vejo que ele está fumando um charuto sentado no sofá e aparentemente sozinho. Nem escutei a piranha girafa ir embora ou eles se despedirem talvez seja porque estava concentrada hoje.

-Sr. Augusto mandou um e-mail avisando que a com... – sou interrompida por uma voz feminina que vinha do banheiro

-Fabrício? – Jéssica fala – sabe aonde você jogou minha calcinha? Esqueci de trazer para o banheiro

Nesse momento eu queria me enterrar viva para não ter que presenciar aquela cena ridícula.

-Esta aqui – ele fala pegando a calcinha de cima da sua mesa e dando pra ela que abriu uma brechinha da porta do banheiro para a calcinha passar – não demora temos que almoçar

-Volto outra hora – falo me virando

-Fale agora, Aline– ele quase grita

Respiro fundo e me viro novamente para ele.

-Sr. Augusto mandou um e-mail avisando que deu erro na compra dos tecidos tailandeses e pediu que entrasse em contato com ele.

-Resolva isso – ele fala sério ainda fumando

-Ele disse que era apenas com o senhor  - falo seria

Jéssica sai do banheiro com um sorrisinho que eu aposto que era igual ao meu depois da foda com o Sr. Fabrício.

-Vamos? – ela fala passando o braço pelo dele

-Se vira, Srta. Bittencourt – ele coloca o resto do charuto em cima da mesa – quero os tecidos amanhã aqui

Ele fala me deixando sozinha na sala enquanto Jéssica vai tagarelando “isso aí! Tem que colocar eles no lugar, esses dias minha empregada sentou no meu sofá e eu...” não deu para ouvir o resto mas agradeço a Deus por isso.

Meu desempenho caiu novamente enquanto o Sr. Augusto (um dos responsáveis pela compra) não queria de forma alguma me passar o problema completo.

Na saída encontro Jack que acaba indo pra minha casa e tendo uma incrível (só que não) noite de sexo comigo. Parece que após que eu experimentei o Sr.Escroto eu só consigo pensar nele em cima de mim.

Termino minha noite bebendo mais vinho e arrumando um milhão de desculpas para Alan não dormir na minha casa como rotineiramente faz.



Acordo na quinta-feira decidida a não deixar aquele babaca me humilhar novamente. Coloco o vestido mais apertado que tenho e de toque vou sem calcinha e sutiã. Faço uma maquiagem bem puxada enquanto uso um salto que valoriza minhas pernas.

Assim que chego vou na sala do Sr. Fabrício que está digitando em seu computador mas para assim que me vê.

-O que foi? – ele fala dando uma atenção que não recebi nessa semana

-Temos um almoço na casa do Sr. Arthur– falo calma e sem demonstrar ódio

-Faça meu café e fale desse almoço – ele ordena e se senta no sofá que fica na direção da mesa do café

-Sim senhor – falo calmíssima

-Bem, - começo a preparar o café – ele quer abrir uma filial da FHC no shopping – deixo propositalmente uma colher cair e me abaixo para pegar

Sei que ele está me olhando e sei que está com uma ereção na calça considerando que estou sem calcinha e que ele tem a visão direta da minha bunda.

-Não acha uma ótima ideia? – falo me virando de frente para ele com a colher na mão

-Oi? – ele pisca rápido os olhos

-A loja no shopping – tento me fazer de desentendida – não é uma boa ideia?

-Sim claro – ele fala ainda desnorteado

Termino o café e entrego para ele como se fosse uma cachorrinha adestrada.

-Sabe, Srta. Bittencourt– ele começa a falar

Sei que agora ele vai tentar inverter o jogo, vou parar presa na parede, molhada e com raiva então já to me preparando para o pior dessa conversa.

-Não me lembro de ter feito essa marca no seu peito – ele fala apontando para meu decote

-Desculpe – sorrio – com quem eu trepo não lhe desrespeita

-Você não deveria fala... – ele se levanta e vem na minha direção mas eu o interrompo

-Tem muito mais de onde veio essa – sorrio e coloco meu dedo indicador na sua boca – em lugares que você não verá mais, não se preocupe. Na próxima mando eles fazerem em locais mais escondidos

Eles? Não sei da onde eu tirei “eles” sendo que só foi o Fabrício com uma trepadinha de nada que deixou essa marquinha que daqui a um dia já saiu.

-Eles? – ele levanta uma sobrancelha

-Já disse – falo saindo da sala – com quem eu trepo não lhe desrespeita.

Nota Final

Esse Almoço prometo galera😘


Chefe Onde histórias criam vida. Descubra agora