Capítulo 1 - Início

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Era uma noite bem tranquila e eu já estava me preparando para dormir, lembrando de tudo que tinha feito hoje, revivendo os momentos com minhas amigas e um momento que jamais pensei que fosse acontecer, eu beijando o cara mais gato do colégio, estava bobinha, mas fui puxada dos meus pensamentos quando minha mãe deu duas batidas na porta.

-Oi minha filha, como você está? – Ela entrou de fininho no meu quarto e sentou-se na cama.

-Bem mãe, aconteceu algo? – Me arrumei na cama, sentando para encara-la.

-Então meu amor, preciso conversar com você. –Ela arrumou uma mecha do meu cabelo, pondo-a atrás da minha orelha.

-Pode falar. –Falei um pouco preocupada.

-Eu acabei de receber uma informação do meu trabalho e infelizmente precisaremos nos mudar de novo. – Meu queixo caiu.

-Mudar? De novo? Mãe, mas eu to indo agora para o terceiro ano do ensino médio, eu vou perder todos os meus amigos. –O semblante da minha mãe era tristeza pura.

-Eu sei meu amor, e sinto muito, mas não tenho como te deixar aqui e ir sozinha. –Meu coração estava batendo forte, não era possível que depois de 3 anos sem mudar, eu teria que começar minha vida de novo.

-Mas não temo como falar que não dá? Não precisam de você aqui? – Ela deu um leve sorriso.

-Infelizmente não filha, preciso desse emprego e nessa cidade vou ter mais oportunidades, sem contar que o salário é maior. Poderemos ter uma casa enorme só pra nós. – Ela tentou me animar.

-Eu gosto daqui. –Falei desanimada.

-Vamos lá Eli, você vai conseguir fazer novos amigos, eu sei bem disso. –Eu só conseguia pensar no beijo de hoje e como eu perderia o cara que fiquei afim por 3 anos.

-Mãe, se não temos escolha, então ok. –Falei seca.

Ela acariciou meus cabelos e me deu um beijo na têmpora, então levantou e saiu do quarto, apagando a luz e fechando a porta atrás de si. Eu sabia que esse trabalho da minha mãe era importante, ela era uma cientista e vivia enfiada no trabalho, mas também queria que ela pensasse um pouco em mim, para alguém que só se muda constantemente, como acham que é a minha vida social. Isso, péssima.

Depois de alguns dias enfim pegamos a estrada para a tal nova cidade, eu tinha pesquisado um pouco sobre e parecia uma cidade pequena e pacata, o que só me levava a pensar, que merda to indo fazer lá, mas como eu não tinha escolha, era isso ou isso.

Fomos a viagem inteira em silencio, eu com meus fones e minha mãe prestando atenção na estrada, como era um pouco longe da minha antiga cidade, tive que dividir o volante com a minha mãe, sim eu sei dirigir. Enfim faltava pouco tempo para chegarmos a tão esperada Hawkins, eu já não aguentava mais dirigir, precisava esticar as pernas e como a minha mãe não quis parar um segundo, eu estava bem cansada.

-Olha só que cidade maravilhosa. –Minha mãe falou animada, o que me deixou mais chateada ainda.

-Ta tudo escuro, não dá pra ver quase nada, como você consegue dizer que é maravilhosa a cidade? –Ela riu.

-Bom humor minha filha, isso pode trazer muitas coisas boas para nós, você vai ver. –Revirei os olhos.

-Não sei como você consegue manter esse pensamento positivo a todo momento. –Falei seguindo a rua enquanto minha mãe olhava o mapa.

-Alguém tem que segurar a barra da sua negatividade. – Ela piscou para mim e sorriu.

-Já que você está falando que bom humor traz coisas boas, que tal pararmos ali naquela lanchonete e jantar em? – Falei sem nem esperar por uma resposta, e já embicando o carro e indo em direção aquele estabelecimento que seria minha salvação.

-Okay né, não tenho como falar não. – Ri.

Procurei uma vaga boa e estacionei o carro, dei uma olhada em volta e vi que ali parecia ser um tipo de point onde os jovens se reuniam.

-E ai? Não vai descer? – Falei já abrindo a porta do carro.

-Traz o mesmo que você pedir para mim. –Ela falou sem tirar os olhos do mapa. –Ainda não localizei onde fica nossa casa. –Eu sabia que seria assim.

-Não é melhor perguntar para alguém? – Falei um pouco sem paciência.

-Claro, já que você vai comprar comida, pergunta onde fica a Maples street. –Logico que sobraria para mim.

-É né, você sabe que odeio falar com gente que não conheço, mas beleza. – Ela bufou.

-Elizabeth Collins, pode parar de graça, você tem que se soltar, fazer novos amigos lembra, então pode ir. – Minha mãe esbravejou.

-Aff. –Falei fechando a porta e saindo em direção a entrada do restaurante.

Passei por um grupo onde um dos garotos começou a me encarar, fingi que não vi, apesar de ele ser bem bonitinho. Passei pela porta de vidro e fui para a fila já encarando os preços e procurando algo bom.

-Eu te indicaria o combo número 5. – Ouvi alguém falar atrás de mim, bem pertinho.

Olhei para trás e era o garoto que estava me encarando.

-Ah é? Não sei não. Devo confiar em você? – Falei brincando e tirando um risinho do tal garoto.

-Prazer Steve Harrington. –Ele esticou a mão e eu o cumprimentei.

-Elizabeth Collins, muito prazer. –Sorri.

-Você é nova aqui na cidade né? – Ergui a sobrancelha curiosa.

-E como você descobriu isso? – Ele ri e passa a mão nos cabelos.

-Cidade pequena, sempre que alguém novo aparece, já dá para perceber. – Ri.

-Ah entendi, vou tentar não chamar atenção. – Rimos e eu ouvi o atendente chamando.

Acabei pedindo dois n° 5 como o Steve tinha sugerido, depois fui para a parte de espera dos lanches, e vi ele vindo em minha direção.

-Bom espero que a gente se veja novamente. – Sorri.

-Provavelmente vamos nos ver, cidade pequena. – Pisquei, tirando um sorriso dele.

-Elizabeth. – Ouço a atendente chamando.

-Bom, vou indo, foi um prazer te conhecer Steve Harrington. –Sorri e me despedi, peguei meu lanche e fui direto para fora do restaurante.

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Oii pessu, tudo bem?

Sejam bem vindos, espero que gostem dessa fanfic que estou amando escrever.

Desde já peço desculpas pelos erros ortográficos.

Vou postar um capitulo por semana, assim consigo ir escrevendo os próximos tá. <3

Deixem a estrelinha se gostarem. :)

um grande abraço,

-A-

Strange Love -  (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora