Capítulo 22

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Depois que coloquei uma roupa, desci e encontrei Steve sentado no sofá, ele estava olhando para as mãos acho que a situação toda não tinha assustado só a mim.

-Vamos? -perguntei um pouco apreensiva.

-Tá -Ele levantou e foi em direção da porta.

Assim que a abri a porta, Steve saiu mas me parou antes que eu pudesse sair, ele me olhou nos olhos e me abraçou forte, como se estivesse com medo de me perder, então se afastou e pegou meu rosto, senti sua respiração um pouco pesada, mas logo ela foi substituída por um beijo lento.

-Steve. -Falei me afastando um pouco.

-Desculpa. Ele suspirou. -Fiquei com medo de perder você. -Meu coração errou a batida.

-Steve, eu fiquei com muito medo, de verdade, principalmente quando te chamei e você não respondia, eu não sei o que foi aquilo mas me deixou bem assustada. -Ele me olhou com culpa.

-Eu não consegui te ajudar. -Pude ver que ele estava bravo consigo mesmo.

-Não é culpa sua, na verdade acho que foi minha culpa. -Fomos andando para o carro.

-Como assim? -Ele me perguntou surpreso.

-O Vecna falou que era meu pai Steve, falou que eu não sei mais usar meus poderes e que ele vai vir atrás de mim. –Estremeci só de pensar.

-Não vou deixar isso acontecer. -Steve assegurou, entramos no carro e ele fechou a porta com força, dava pra ver que estava irritado.

-Vou contar aos outro tudo que vi, e quem eu sou. -Eu não conseguia pensar em outra coisa, apenas no que o Vecna tinha dito.

Assim que chegamos onde Eddie estava escondido, saí do carro rapidamente, mas parei em frente a porta, respirei fundo, queria sumir, sair dali e voltar pra minha vida normal, senti um aperto no coração, as coisas que o Vecna tinha dito mexeram comigo, quantas pessoas mais ele iria matar, e se ele colocassem meus amigos em risco, uma dor de cabeça forte começou a me atingir.

-Elizabeth, tudo bem? -Steve pousou a mão em meu ombro.

-Tá sim, só... muito estresse. -Respirei fundo novamente.

Assim que encontramos, demos de cara com o pessoal, eles estavam bolando algum tipo de plano pata descobrir mais sobre o Vecna.

-Eli, que bom que voltou. -Nancy me abraçou. -Resolveu as coisas com sua mãe? -Eu apenas neguei com a cabeça.

-Elizabeth. -Eddie na mesma hora em que ouviu meu nome ser mencionado, correu para meu encontro.

-Eddie. -Senti que iria começar a chorar.

-Ei gatinha, o que aconteceu? –Eddie me abraçou e pude sentir o olhar de Steve.

-Ela fez aquele negócio bizarro que a Onze consegue fazer. –Todos ficaram surpresos.

-Que? –Eddie me apertou. -Eu falei pra você não fazer isso. -Ele me mantinha contra si.

-Eli você conseguiu achar algo? -Nancy perguntou preocupada.

-Eu vi uma casa antiga, com uma rosa na porta. -Max na mesma hora pareceu lembrar de algo.

-Pessoal, tenho que contar algo. -Max chegou mais perto. –Tem alguma coisa estranha acontecendo comigo, eu comecei a ouvir um relógio. -Todos começaram a ficar agitados.

-E por que raios você não nos disse antes? -Lucas surtou.

-Eu não sabia que poderia ser um monstro do mundo invertido. -Max falou irritada.

-Bom, temos que verificar mais isso, se tem algo estranho acontecendo com a Max pode ser sinal de que ela seja a próxima. -Nancy tomou a frente.

-Já percebemos que tem algo acontecendo entre os alunos da escola, já que dois deles morreram do mesmo jeito. -Robin mencionou.

-Acho que temos que investigar a escola. -Dustin propôs.

-Sim, pode ser que tenha algo lá pra nos dar uma pista. -Lucas concordou.

-Temos que correr contra o tempo, se realmente a Max for a próxima, não podemos deixar que nada aconteça. -Nancy completou.

-Nancy, você está com seu bloco de notas aí? -Ela verificou em seu bolso e me passou o bloco com um lápis.

-Pra que precisa disso? -Ela questionou.

-Não que eu seja uma grande desenhista mas acho que a casa que eu vi deve significar algo. -Comecei a fazer um esboço.

Não era dos melhores mas dava para entender como a casa estava expliquei a todos o que eu tinha visto e como as coisas aconteceram, contem sobre Vecna falar que era meu pai e sobre eu ter poderes, quando terminei, fechei os olhos com força, não queria que me julgassem ou se afastassem de mim por pensarem que eu era filha de um monstro, mas não, todos chegaram mais perto, me abriram e pareciam compreensivas.

-A Onze é do mesmo jeito que você, a diferença que ela não é filha do Vecna. -Mike falou brincando.

-Aproposito, Nancy, conseguiu falar com eles? -Ela pareceu ficar triste.

-Eles não vão conseguir vir pra cá, mas na semana que vem disseram que virão, nem que seja de carro. -Ela parecia chateada.

Enquanto conversávamos mais sobre o que eu tinha visto percebi que Mike pegou o bloco de notas que desenhei a casa, ele pareceu analisar o desenho, então como se uma lâmpada tivesse acendido em sua cabeça, ele pareceu lembrar de algo.

-Pessoal, eu acabei de lembrar que já vi essa casa, quando andávamos todos juntos de bicicleta, passamos algumas vezes em frente a essa casa, falam que ela é mal assombrada por conta do que aconteceu lá. -Mike falou com urgência.

-Aquela casa sinistra? -Dustin pegou o caderno da mão de Mike e olhou bem o desenho. -puta merda. -Então ele teve a mesma reação do Mike.

-Deixa eu ver. -Lucas puxou o caderno e foi analisando.

-Gente? -Eu estava mais perdida que tudo.

-Se eu me lembro bem, tem uma lenda de um espírito que mora lá, ele fez o antigo dono matar toda sua família. -Mike começou.

-Como assim Mike? –Nancy olhou para o desenho e pareceu entender o que era. -Merda, temos que ir na biblioteca, eu lembro da história dessa casa, um pai de família matou sua mulher e filhos, as características dos corpos encontrados era de olhos perfurados e ossos dos braços e pernas quebrados. -Todos ficaram assustados com o que Nancy estava dizendo.

-Que merda, então o Vecna já atacou antes. -Steve passou a mão nos cabelos.

-Que filho da, não acredito que eu tô levando a culpa por essa merda. -Eddie me abraçou mais forte, como se eu pudesse tirar seu nervosismo.

-Tá, tenho um plano. -Max se pronunciou, fazendo com que todos ficasse quietos. -Metade de nós precisa ir pra escola temos que procurar alguma ligação do Vecna com os alunos. -Pude perceber que a pesar de tudo Max estava sendo forte e lutando contra o medo.

-Eu e mais alguém vamos para a biblioteca. -Nancy falou decidida.

-Que tal a Robin? -Steve falou meio que não dando escolha para a garota que queria tudo menos ir investigar assassinato.

-Eu, preferia ficar aqui, mas como não tenho escolha. -Ela deu de ombros.

-Tá, eu, o Lucas, Dustin, e Mike, vamos pra escola ver se achamos alguma coisa. -Max se prontificou.

-Steve, você deveria ir com eles, assim você fica responsável. -Robin falou como se fosse algum tipo de vingança, o que fez com que Steve a olhasse incrédulo.

-Acho que eles sabem se cuidar sozinhos. -Steve jogou no ar como se não fosse nada.

-Steve, Você tem que ir, como eles vão explicar se alguma coisa acontecer. –Nancy pareceu estar perdendo a paciência.

-Tá, tá, eu sempre sendo a babá de todos. -Steve bufou.

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Strange Love -  (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora