Capítulo 34

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-Elizabeth. -Ele falou fraco.

-Eddie, por que você fez isso? –Falei entre soluços.

-Eu estava cansado de sempre fugir, de ser o medroso. –Ele tossiu, pude ver que

estava bem ferido.

-Não Eddie, eu preciso de você, e nossa promessa? –Segurei ele nos braços e o

abracei.

-Acho que não vou conseguir cumprir nossa promessa. –Ele começou a chorar.-Mas

eu sei que esse vai ser meu ano, Elisabeth, eu conheci o amor da minha vida. -Ele

sorria fraco.

-Eddie. -Dustin gritou de trás e eu o deixei entrar em meu escudo, ele correu para

perto de nós e começou a chorar ao ver a situação do Eddie.

-E aí maninho, cuida da minha garota tá? –Ele novamente tossiu e sangue saiu de

seus lábios.

-Eddie não, por favor. -Eu não conseguia conter minhas lágrimas. -Eu te amo Eddie. -

Falei sussurrando para ele, então o beijei.

-Eu te amo Elizabeth. –Ele sorriu e a última gota de suas lágrimas caiu.

-Eddie, eu não vou deixar você morrer, não vou. -A agonia e revolta em mim cresciam.

Eu coloquei a mão em seu peito e fechei os olhos, pude ouvir e sentir o coração do

Eddie, perdendo força, e parando, então como se fosse uma música, ouvi meus

batimentos e comecei a usar meus poderes fazendo com que o coração dele

voltasse a bater usando como base o meu batimento. Lá no escuro foi como se eu

pudesse escutar tudo, fiz o pulmão voltar a fazer seu trabalho, fiz o sangue ir

voltando pouco a pouco, então como se ele estivesse em um pesadelo, seus olhos

se abriram e ele voltou, sua respiração estava acelerada, seus olhos estavam

arregalados, então ele voltou a né olhar, pareceu se tranquilizar um pouco.

-Elizabeth, eu... eu... –Ele respirava mas com dificuldade.

-Eddie não fala nada. –Eu estava usando muita força para manter seu sangue dentro

de si, pata que nada saísse.

-Como? –Ele olhava para si, para a ferida aberta.

-Eu estou dando meu máximo Eddie, não vou deixar você morrer aqui, não vou. –

Sangue começou a sair dos meus olhos.

-Elizabeth, para, para seus olhos. –Ele não sabia como me fazer parar e eu não iria

escuta-lo.

Rasguei minha blusa e fiz trapos para que o sangue não saísse, mesmo comigo

segurando tudo, acho que eu uma hora não aguentaria mais, mas se dependesse da

minha vontade, eu não deixaria ele morrer, não mesmo.

-Temos que ir para a casa antiga. –Ajudei ele a se levantar.

-Elizabeth, você não vai conseguir me manter o tempo todo. –Ele se apoiou no Dustin

que ainda tinha os olhos cheios dágua.

-Eddie, que bom que você está bem. –Dustin tentou segurar o choro e limpou as

lágrimas que insistiam em cair.

Strange Love -  (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora