Capítulo 31

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Quando sai na rua vi que várias casas em volta estavam com luzes apenas e piscando, muitas pessoas nas ruas, tentando entender o que tinha acontecido, eu não tive outra ação, entrei floresta a dentro, comecei a correr tentando chegar no trailer. A tortura estava cada vez mais forte, me sentia mole, como se estivesse drogada, e realmente estava, eu não sabia se aquele sedativo era bom, mas estava me derrubando aos poucos, eu comecei a chorar, não sabia o que fazer e agora estava sozinha, não tinha mais mãe nem casa, não tinha mais nada, eu estava completamente só, e na minha mente só aparecia a mesma frase, se meu pai me buscar, não posso ficar com meus amigos, isso pode coloca-los em risco, eu não queria que eles se ferissem, muito menos por conta do meu pai.

-Que merda de vida em Elizabeth. -Falei comigo mesma. -Será que meu nome é mesmo Elizabeth? -Tropecei.

Percebi que estava perto dos trailers, minhas pernas não estavam mais me obedecendo, tudo estava rodando, eu não sabia mais o que fazer, só queria dormir, eu estava cedendo ao sedativo. Percebi uma sobra vindo em minha direção, estava correndo, meus olhos não ficavam mais, eu estava com medo.

-Elizabeth, que merda você foi fazer? -Era ele, Eddie.

-Eddie? –Meu corpo acabou perdendo as forças e eu comecei a cair.

-Elizabeth? O que aconteceu? –Pude finalmente ver o rosto do Eddie ao me segurar impedindo que eu me chocasse contra o chão.

-Eu fui ver a minha mãe. -Senti as lágrimas vindo. -Ela não é minha mãe de verdade Eddie, eu nunca fui filha dela, ela me pegou quando meu pai foi mandado para o mundo invertido. –Não conseguia conter as lágrimas

-Não amor. –Ele me mantinha apoiada em seus braços.

-Ela me deu sedativo. -Senti meus olhos pesarem.

-Elizabeth? Merda. –Eddie me levantou no colo. -Sua mãe é uma vaca, desculpa. -Ele correu comigo no colo até o trailer. -Pessoal abram aqui. -Ele falou baixo mais com urgência.

-Eddie? –Sussurrei.

-Fala gata -Ele parecia tentar me manter acordada.

-Eu gosto muito de você. -Sorri ainda derramando lágrimas. -Não quero que nada aconteça com você ou com os meus amigos. -Falei enquanto o pessoal abria a porta, ele deu um sorrisinho bolo.

-O que aconteceu com ela? -Steve deu passagem, ele parecia bem preocupado.

-A mãe dela sedou ela, aquela vaca de merda, ela disse que a mãe contou que não é a mãe de verdade dela, ela não falou mais detalhes e estava tudo meio difícil de entender. -Eddie me colocou na cama com delicadeza para não me machucar, limpou o sangue do meu rosto e me cobriu.

-Bom, temos que dormir, amanhã nos prepararmos para seguir o plano. -Nancy falou indo pra sala.

-Eu vou ficar aqui com a Elizabeth, se ela precisar... -Eddie se sentou na cama ao meu lado.

-Tá, se ela precisar de algo chama. -Steve falou saindo do quarto, não sem antes olhar bem pra mim.

-Eddie... A sensação era de estar muito embriagada.

-Fala gatinha? -Eddie me puxou para seu peito.

-O que eu sou pra você? -Meus olhos se recusavam a me obedecer.

-Tudo que você quiser ser. –Ele falou alisando meu cabelo.

-Para de ser besta. -Ri fraco. -Tô falando sério. -Me aconcheguei.

-Gata, eu já tinha dito antes e vou dizer de novo, eu tô gamado em você, de um jeito que não sei explicar, eu tô maluco por você e se você quiser a gente fica junto. -Eu estava quase perdendo a consciência.

Strange Love -  (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora