Strange Love - (CONCLUÍDA)

Capítulo 21

-Como você fez da última vez? -Steve veio logo atrás de mim.

-Eu só estava dentro da banheira, eu fechei os olhos e quando abri estava lá. -Lembrar daquela sensação de dava arrepios.

-Tá, então a gente repete o que você fez e se eu notar que tem algo errado, te tiro da banheira na hora. -Steve falou enquanto eu destrancava a porta.

Fiz sinal para que ele não fizesse barulho, corri até o quarto da minha mãe e ela não estava, menos mal, pelo menos eu não ia ter que explicar onde passei a noite e por que o Steve estava ali, desci e fui direto para a cozinha ver se tinha algum recado dela, ela tinha deixado um recado informando que faria um plantão dobrado e que provavelmente não voltaria para casa hoje, o que era ótimo, eu iria poder ficar com o Eddie.

-Tá, tudo certo, ela não está. -Falei para o Steve que estava parado ali olhando para as paredes.

-Beleza. -Comecei a subir as escadas e fui guiando-o até o banheiro. -Você tem certeza disso? -Steve olhou para a banheira.

-Não. -Ri de mim mesma. -Mas tenho que tentar.

-Tá. -Steve passou a mão nos cabelos, ele estava nervoso.

Abri a torneira para que a água começasse a encher, deixei quente do mesmo jeito que da primeira vez, eu estava muito nervosa e com medo, mas não queria passar essa mensagem pro Steve, eu sabia que ele estava preocupado, e não queria que ele tentasse me impedir, queria poder ajudar o Eddie, ainda mais por não saber se ele seria uma vítima. Assim que a banheira encheu, comecei a tirar a blusa, e o shorts do Steve.

-Uau. -Steve falou quando entreguei suas roupas.

-Não começa com gracinha Harrington. -Falei entrando na banheira.

-Queria que estivéssemos assim em outra situação. -Ele falou baixo, mas logo se recompôs. - Aliás bela tatuagem de foguinho. -Corei.

-Besta, deixa eu me concentrar. -Falei me deitando ficando só com o rosto para fora da água.

-Vai falando o que você estiver vendo. -Ouvi ele dizer.

Com os meus olhos fechados tentei me concentrar ao máximo no Vecna, em como eu tinha visto ele, senti que a temperatura do ar tinha esfriado, um arrepio percorreu meu corpo, então quando abri os olhos, eu estava no escuro.

-Elizabeth, tudo bem? -Ouvi o Steve.

-Eu acho que consegui. -Falei olhando tudo em volta.

-ótimo, tá vendo o Vecna? -Senti que Steve estava apreensivo.

-Ainda não .-Falei e comecei a andar.

Não aparecia nada, ninguém, só a completa escuridão, então algo passou atrás de mim, senti meu coração disparar, mas engoli o medo, respirei fundo.

-Tá tudo bem ai? -Senti Stive pegar em minha mão.

-sim, alguma coisa está perto. -Falei olhando em volta mas nada aparecia.

Andando mais um pouco, algo começou a aparecer, uma casa, com uma flor desenhada na porta.

-Steve, eu estou vendo uma casa, com uma porta com desenho de flor. -Falei indo na direção da casa.

-Tem alguém aí? Alguma coisa? -Pude perceber o medo na voz de Steve.

-Não tem ninguém. -Falei entrando na casa. -Acabei de entrar, acho que a casa está vazia. -Falei olhando em volta.

-Tá, toma cuidado. -Steve falou ainda segurando minha mão.

Andando pela casa pude ver tudo empoeirado, com teias de aranha, mas em compensação todos os móveis pareciam estar em seus devidos lugares, então uma luz começou a acender em um abajur, um arrepio tomou meu corpo.

-Steve, tem um abajur piscando aqui, mas não tem mais nenhuma energia aqui. -Senti Steve apertar minha mão.

-Elizabeth, é melhor você sair daí. -Steve não estava seguro.

-Outro abajur acendeu, acho que está me guiando. -Falei tentando me concentrar.

-Cuidado. -Senti sua mão tensa.

Fui seguindo as luzes e cada vez mais eu entrava para dentro daquele lugar escuro e frio, entrei por uma porta que dava para uma escada, lá em cima pude ver algo brilhando, então uma badalada de um relógio alcançou meus ouvidos, comecei a subir as escadas e mais uma badalada, sentia meu coração batendo forte, então quando cheguem no que parecia ser um porão, meu coração acelerou.

-Elizabeth, aqui está tudo piscando, Elizabeth, Elizabeth. -Steve começou a se desesperar.

-Steve, eu estou vendo o Vecna, ele está aqui. -O medo começou a tomar conta de mim, Steve? -Ele não me respondia.

-Elizabeth, fala comigo. -Steve gritava.

-Elizabeth, que bom que você está aqui. -Vecna pareceu perceber minha presença.

-O que você quer de mim, merda, eu não sei o que você é. -Gritei.

-Não sabe? –Talvez eu deva te mostrar.

Vecna começou a vir em minha direção, os tentáculos que estavam grudados em suas costas, começaram a soltar, fui andando para trás e quando cheguei na parede minha cabeça começou a pensar , vou morrer.

-Me deixa em paz. -Falei começando a chorar. -Steve. -Gritei.

-Ele não vai ter ouvir, não desse jeito, você não sabe mais como controlar seus poderes. –Minhas lágrimas saiam se parar.

-Eu não tenho poderes, eu sou uma pessoa normal. -Gritei.

-Você não é normal, você é MINHA FILHA. –Vecna falou alto. -Deve ser a mais poderosa de todos, inclusive daquela que me fez ficar assim, que me mandou pra cá. -Eu não entendia nada.

-Me deixa ir. –Ele com um movimento de mãos me jogou na parede me levantando.

-Você não está aqui não estou te prendendo, mas quando eu completar tudo que tenho para fazer, então irei atrás de você e governaremos juntos mas antes eu matarei aquela mulher que te tirou de mim. -Meu corpo sentia uma pressão grande contra a parede.

-Steve. -Gritei. -Me ajuda. -Eu não queria ouvir mais nada.

-Elizabeth. -Steve me puxou da água me pegando no colo, as luzes pescavam freneticamente.

-Vecna pareceu sentir algo. -Olhou para trás como se estivesse procurando alguma coisa.

-Elizabeth. -Pude ouvir Steve gritando loucamente.

-Me solta. -Juntei toda minha força e concentração.

Como se meu corpo literalmente tivesse saído da água, consegui sair daquele terror, quando abri os olhos estava deitada no colo de Steve, eu comecei a chorar e o abracei forte.

-Eu tentei te tirar de lá, juro que tentei. -Steve retribuiu o abraço.

-Eu não estava conseguindo sair. -Steve acariciava meus cabelos enquanto tentava me acalmar.

-Eu sei, calma, pelo menos você não se machucou. -Steve me apertou forte.

-Steve temos que encontrar o pessoal, eu tenho muita coisa pra contar. -Falei triste.

-Tá, vai se vestir, depois vamos encontra-los. -Fui até meu quarto, ainda com dificuldade, estava extremamente assustada.

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