Strange Love - (CONCLUÍDA)

Capítulo 12

Arranquei com o carro sem nem olhar para trás, fui direto para casa, deixei meu material escolar e peguei os filmes para devolver, não queria mais papo com ninguém, estava muito irritada, me sentia uma completa trouxa. Assim que cheguei no centro da cidade, logo procurei uma vaga perto para estacionar, então peguei os filmes e respirei fundo, por mais que não quisesse falar com ninguém, não ia descontar minhas frustrações nos outros.

-Quem é vivo sempre aparece. -Robin me recebeu com um sorrisão assim que pus os pés dentro da locadora.

-Oi, Robin. -Falei meio desanimada e o sorriso da garota logo desapareceu.

-Aconteceu alguma coisa? -Apenas neguei com a cabeça e forcei um sorriso.

-Vim devolver os filmes. -Ela tinha percebido que eu estava escondendo algo.

-Tá pode deixar aí que vou atualizar o sistema. -Ela falou mudando de assunto. -Só um minuto. -Assenti e fiquei olhando os filmes que estavam por perto.

-Robin, não custa nada você pedir para as pessoas não colocarem os filmes em lugares diferentes de onde eles acharam né, cara é um saco ter que ficar organizando tudo e... -Robin deu um tapa no Steve.

-Elizabeth. -Ele falou assim que percebeu que eu estava ali.

-Oi Steve. -Falei novamente forçando um sorriso.

-Tá tudo bem? -Ele falou percebendo meu desanimo.

-Sim, só vim devolver os filmes. -Ele pareceu de certa forma preocupado. -E você? Conseguiu se resolver? -Ele olhos para os próprios pés.

-É, eu falei com ela. -Ele passou a mão na nuca.

-Que bom Steve. -Ele novamente voltou a me olhar nos olhos.

-Ah o Steve queria falar algo com você Eli. -Robin falou o empurrando.

-É, é. -Ele deu um sorriso nervoso. -Sábado eu vou dar uma festa na minha casa, se quiser ir. -Ele pegou um papel que estava atrás do balcão.

-Hm, uma festa na casa de Steve Harrington? -Sorri. -Você vai Robin? -Ela me olhou como se tivesse dúvidas se eu estava falando realmente com ela.

-S-sim. -Ela respondeu mas como se estivesse perguntando e parecia não estar entendendo nada.

-Ótimo, então talvez eu passe lá. -Sorri provocando Steve.

-Ah, entendi você vai pela Robin e não por mim? Bom saber disso. -Ele sorriu e revirou os olhos. -Tá desconvidada. -Steve fingiu que iria pegar o convite de volta.

-Ah não, você já me convidou, não tem como desconvidar. -Fugi dele.

-Como não? Eu sou o dono da festa, eu mando aqui. -Ri.

-Arran, sei. -Falei desviando dele enquanto ele tentava recuperar o convite.

-Gente, melhor pararem, vocês vão acabar bagunçando a loja assim. -Robin falou alto, aproveitando que não tinha ninguém na loja.

-Steve pode parar, não vou devolver, já estou convidada. -Falei um pouco ofegante, com o braço esticado para que Steve não chegasse muito perto.

-Sua convencida. -Ele riu e se apoiou nos joelhos para respirar.

-Tá ficando velho né. -Falei passando por ele que mantinha a cabeça baixa.

Então fui surpreendida quando ele puxou meu pulso e me prendeu em seus braços, logo depois tirando o convite dos meus dedos.

-Velho né? Só fui mais esperto que você. -Ele riu, mas parou logo que percebeu nossa proximidade.

-uhumm. -Robin pigarreou e então voltamos do mundo da lua, nos afastamos e ele me devolveu o convite.

-Tá eu vou deixar você ir, está convidada novamente. -Dei um empurrãozinho nele.

-Besta. -Falei voltando para a frente do balcão. -Melhor eu ir, preciso fazer algumas coisas da escola. -Falei entregando o dinheiro para Robin.

-Então a gente se vê na festa. -Robin piscou.

-Claro. -Falei sorrindo e Steve ainda olhando pra mim deu uma leve cotovelada em Robin que o olhou feio.

-Ah, me passa seu telefone, pra gente combinar de ir junto. -Ela falou meio que por obrigação, e tirou de trás do balcão um papel e caneta.

-Tá. -Tive que rir daquela cena toda.

Anotei meu contato no papel e me despedi dos dois, era hora de voltar para casa e ficar remoendo as dores do passado, sozinha e solitária. Entrei no carro e parti seguindo a rua até a estrada que ia para minha casa.

-Eli. -Nancy me abordou assim que estacionei o carro na garagem.

-Oi Nancy, tudo bem? -Ela parecia um pouco ofegante.

-Sim, quer ir comigo mais tarde na Max? -No lugar onde o Eddie mora? Adoraria, só que não.

-Claro, mas por que? -Perguntei curiosa.

-Estou escrevendo uma matéria do jornal da escola e preciso de uma foto de um colega de turma que acabou falecendo. -Ela parecia triste.

-Sinto muito Nancy, pode deixar vamos sim. -Comprimi os labios.

-Então, esse colega era o irmão mais velho da Max, então provavelmente ela pode ficar um pouco triste, por isso queria que você fosse comigo, pra gente tentar pedir a foto, mas sem deixa-la tão triste. -Não sei o que mudaria eu estar la ou não, mas eu iria né.

-Entendi, mas vou sim Nancy, gosto muito da Max e saber disso me faz pensar que ela deve se sentir um pouco solitária. -Nancy parecia saber o que tinha acontecido, mas eu não iria perguntar, não assim.

-Então combinado, umas 18h pode ser? -Nancy perguntou apressada.

-Pode sim. -Ela sorriu e agradeceu.

Assim que entrei em casa, já fui direto para o meu quarto, escolhi uma roupa confortável e fui tomar um banho, precisava relaxar um pouco. Após o banho, decidi que iria fazer algo para comer, já que no momento não tinha nada pronto, peguei um macarrão no armário e um molho vermelho, fiz um macarrão bem básico, e ao mesmo tempo fiz uma nota mental que precisava lembrar minha mãe de irmos no mercado. Já estava chegando o horário que eu tinha combinado com Nancy de ir na Max, então peguei uma blusa de frio e joguei por cima da roupa que já estava, prendi o cabelo em um rabo de cavalo despojado.

-Oi. -Nancy disse assim que entrei no carro.

-Oi. -Respondi percebendo o clima um pouco triste.

-Bom quando chegarmos lá, vou falar com a Max sobre o projeto, sua missão vai ser me ajudar a acalma-la ou distrai-la se o clima pesar muito tá? -Ela falava sem tirar os olhos da rua.

-Okay, mas você não acha que ela vai se sentir desconfortável com a minha presença lá? -Falei um pouco receosa.

-Acho que não, a Max gosta de você. -Sorri sem jeito.

Assim que chegamos no trailer da Max, ela nos atendeu um pouco surpresa, então a Nancy explicou o que estávamos fazendo lá e perguntou se poderíamos pegar uma foto do irmão da Max, pude perceber a tristeza possuir seu rosto, mas ela parecia não querer mostrar o que estava sentindo, então ela abriu espaço para que entrássemos no trailer.

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Mais um capitulo fresquinho pro6.

Espero que estejam gostando e para me ajudar não esquece de votar.

Obrigada por ler.

-A-