Strange Love - (CONCLUÍDA)

Capítulo 25

Depois de um tempo esperando por eles, começamos a ouvir alguns barulhos, pareciam passos, alguém estava vindo até nós, uma certa preocupação me atingiu, e se fossem os policiais? Meu coração ficou aliviado quando comecei a ouvir duas pessoas que eu conhecia bem discutindo sobre a localização da pedra.

-Viu, eu disse que era nesse sentido, eu costumava trazer algumas garotas pra cá. -Steve falou antes de parar perto de onde estávamos.

-Não é possível, eu não sou burro, eu sei em que sentido fica a pedra da caveira. -Dustin olhava para uma bussola.

-Que bom que vocês chegaram. -Falei saindo debaixo da pedra.

-Elizabeth, não sabia que estava aí. -Steve pareceu surpreso, talvez pelo comentário das meninas.

-Pois é. -Dei um sorrisinho frouxo.

-E ai o que descobriram? -Eddie perguntou ainda sentado.

-As mortes tem um padrão. -Max estava com os braços cruzados, parecia estranha.

-Max, aconteceu algo? -Perguntei sentindo que tinha algo estranho acontecendo.

-Ah, eu... ví o relógio de novo. -Ela parecia insegura.

-Temos que acelerar essa investigação. -Falei preocupada.

-Qual o padrão? -Eddie foi direto ao ponto.

-Parece que os alunos que morreram, passavam pela conselheira kelly, eu passava por ela. -Max assumiu.

-Todos que morreram por conta do Vecna, tinham alguns problemas como insônia, pesadelos, traumas do passado. -Dustin completou.

Meus olhos foram automaticamente parar em Max, lembrei do que Nancy tinha dito de fazer um memorial para o irmão de Max, aquele lance estava ligado ao Vecna?

-Então o Vecna ataca quem tem trauma no passado? Que merda, esse filho da puta. -Eddie olhou para o chão, estava visivelmente irritado com toda a situação.

-Conseguiram falar com a Nancy? -Perguntei ao lembrar que ela estava em busca do dono da casa que eu vi.

-Ainda não. -Steve negou frustrado.

-Vou tentar chamar ela pelo rádio. -Dustin falou se afastando da gente.

-Bom, vamos nos reunir e sair dessa merda, temos que esconder o Eddie e precisamos de alguma solução da Nancy. -Steve organizou tudo.

-Mas como vamos levar o Eddie daqui sem que ninguém veja ele? -Perguntei preocupada.

-Podemos tentar voltar pra casa do meu amigo? -Eddie deu a ideia, mas poderia ser perigoso.

-Falando nisso, o que aconteceu lá? -Dustin perguntou voltando para a roda.

-Aquele merda do Jason, ele foi atrás da gente. -Expliquei furiosa.

-E um dos amigos doidos do Jason morreu na nossa frente, ele flutuou igual a Chrissy. -Eddie falou parecendo não gostar do que estava lembrando.

-O Jason fez alguma coisa com você? -Steve veio até mim todo preocupado, o que causou um certo desconforto em Eddie.

-Não, mas ele viu o que aconteceu, espero que aquele babaca fale pra todo mundo o que viu, assim podem diminuir as suspeitas em cima do Eddie.

-Mesmo que ele diga algo, não acho que os policiais vão acreditar na história. -Eddie falou vindo até mim e jogando o braço pelos meus ombros, como se quisesse dizer ao Steve que eu era dele.

Steve o encarou irritado, senti que os dois poderiam sair na mão a qualquer momento se um respirasse mais forte que o outro, então me desvencilhei dos braços de Eddie e fui até Max, não era hora de brigarem por mim, tínhamos um problema grande em mãos, precisávamos acelerar o passo.

-Você tá bem? -Perguntei pra Max que parecia extremante chateada.

-Eu não sei, parte de mim está com medo, mas outra parte, acho que talvez seja melhor assim. -Ela parecia não se importar com a morte.

-Para de falar isso, vamos dar um jeito de te ajudar. -A abracei. -Ninguém vai morrer no meu turno. -Falei tentando quebrar aquele clima triste.

-Obrigada Eli, mas eu não estou muito confiante. -Sentia que ela estava escondendo algo.

-Dustin e aí? Alguma novidade? -Perguntei ainda ao lado da Max.

-Ainda nada, a Nancy sumiu. -Ele parecia um pouco irritado.

-Bom, vamos fazer o seguinte, deixamos o Eddie de novo na casa do amigo dele, vamos para um lugar seguro para cuidar da Max e esperamos pela Nancy. -Steve sugeriu meio que já mandando.

-Acho que seria bom mesmo, assim manteremos a Max em segurança, por enquanto. -Lucas estava preocupado.

-Mas quem vai ficar com o Eddie? -Max perguntou preocupada.

-Eu fico. -Sugeri.

-Não dessa vez Elizabeth. -Steve rapidamente discordou.

-E você manda nela Harrington? -Eddie se posicionou na frente dele.

-Vocês não estão tretando pela atenção da Elizabeth né? -Lucas falou um pouco irritado. -Temos coisas importantes para fazer. -Ele lembrou os meninos.

-A Elizabeth basicamente tem poderes, igual a On, então se algo acontecer, ela pode tentar fazer algo pra ajudar a Max. -Steve explicou e o pior é que realmente fazia sentido.

-Isso é verdade, eu posso tentar ajudar Eddie. -Falei puxando-o para longe do Steve.

-E se algo acontecer com você Elizabeth? -Eddie claramente estava preocupado depois do tour de eu ficar presa tentando descobrir o que o Vecna queria.

-Eu cuido dela. -Steve parecia querer provocar.

-Sei, como cuidou da última vez? -Eddie retrucou a provocação.

-Parem os dois. -Falei alto. -Depois discutiremos isso. -Já estava irritada.

-Eddie, você vai ter que continuar escondido, independente se ficará na casa do seu amigo ou em outro lugar, a polícia está toda na sua cola. -Dustin tentou explicar.

-Não dá pra voltar pra lá. -Eddie falou irritado. -Se o Jason contou pra polícia, vai ser o primeiro lugar que vão procurar. -Merda, tudo aquilo estava ficando difícil demais para lidarmos.

-E se você ficar aqui mesmo? -Max deu a ideia.

-Qualquer coisa, você corre. -Lucas complementou.

-Não acho uma boa ideia más é o que tem. -Falei frustrada.

-Okay, eu fico aqui e vocês vão pra lá, mas mantenham o rádio ligado e minha gata a salvo. -Eddie apontou para todos, parando por último no Steve, que bufou.

Fiquei receosa de deixa-lo em uma pedra totalmente desprotegido, mas também não poderia deixar a Max passar por tudo sozinha, ainda mais se ela tinha escutado a merda do relógio. Talvez eu não pudesse fazer nada com os tais poderes, mas eu ia tentar, ainda mais pensando se aquele monstro seria realmente meu pai, talvez eu conseguisse falar com ele pra deixar todo mundo em paz? Não, essa ideia era completamente idiota.

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