Capítulo 24

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Assim que terminamos de nos vestir, fomos pro sofá, sim o mesmo sofá, fizemos uma análise criteriosa para ver se não tinha sinais de que algo havia acontecido ali, então Eddie se sentou e me puxou para ficar deitada em seu colo.

-Gata, foi você é demais em todos os sentidos. -Ele falou enquanto mexia em meu cabelo.

-Para com isso, eu vou ficar sem jeito. -Falei escondendo os olhos com o braço.

Eddie depositou um selinho em meus lábios, ficamos nos olhando alguns segundos enquanto ele acariciava meu rosto então um barulho la fora chamou nossa atenção, eu me levantei e fui ver o que era já estava um pouco tarde para os meninos virem e a Nancy provavelmente iria para casa depois da biblioteca.

-O que é? -O moreno sussurrou.

Não dava pra ver muito lá fora mas havia um carro não era da Nancy nem do Steve, então que eu vi aquele maldito cabelo loiro, meu coração começou a acelerar.

-Eddie, pelos fundos, agora. -Sussurrei.

Fomos rapidamente para a porta de trás, Eddie tentou abrir com o menor barulho possível, mas aquela porta era antiga, então torci para que o merda do Jason e sua laia não tivessem escutado.

-Tem alguém aí? -Escutei a batida na porta.

-Eddie vai logo. -Falei assim que o mesmo conseguiu espaço o suficiente para sair d casa.

Começamos a correr em direção a casa onde ficava o barco, Eddie achou um barco velho e não pensou duas vezes, começou a empurra-lo e direção ao lago.

-Jason, lá estão eles. -Ouvi alguém gritar e lanternas começaram a ser apontadas em nossa direção.

-Elizabeth, vem, entra no barco. –ele me ajudou a entrar e começou a tentar ligar o motor.

-Eddie, eles estão chegando. -Gritei tentando acelera-lo.

-Eu tô tentando, essa merda não tá querendo funcionar. -Eddie gritou desesperado.

-Pega o remo. -Passei um remo pra ele e comecei a remar com o outro.

-Puta que pariuuu. -Eddie começou a remar rapidamente mas quase não saíamos do lugar.

-Eu vou pegar você seu assassino de merda, você e essa vagabunda que te protege. -Jason e mais dois amigos dele pularam na água e começaram a nada em nossa direção.

-Seu filha da puta, eu vou te ensinar a não mexer com a mulher da minha vida eu vou fazer a mesma coisa que você fez com ela, seu babaca de merda. -Eddie gritou querendo ir na direção de Jason.

-Eddie, calma, temos que fugir lembra? -Gritei, fazendo com que ele se sentasse e continuasse a remar.

-Não me faça rir Munson, vem cá que eu te mostro o que fiz com ela. -Jason provocava.

-Vai pra merda seu escroto. -Gritei e remei mais rápido.

Percebi que eles estavam chegando cada vez mais perto, merda, saí de onde estava e fui pro lado do Eddie que tentou ficar na minha frente para me proteger, Jason estava quase encostando no barco quando eu ouvi um badalar.

-Patrick, vem, estamos quase lá. -Jason falou ao perceber que o amigo tinha parado de segui-lo.

-Eddie, acho que ele é o próximo. -Falei pra Eddie que logo voltou sua atenção para o garoto que estava parado no meio da água.

Patrick então pareceu ser puxado para baixo da água, senti um arrepio percorrer meu corpo.

-Patrick? -Jason gritou procurando o garoto.

Patrick então emergiu da água e começou a flutuar, senti o medo de Eddie aumentar, ele começou a gritar e remar, então os braços e pernas do garoto que estava flutuando começaram a se quebrar, não consegui impedir que um grito de pavor saísse da minha garganta, eu vi os olhos de Patrick explodirem, então ele despencou no mar.

-Que merda é essa mano. -Gritei.

-Elizabeth, rema, temos que sair daqui, agora. -Eddie falava desesperado.

Comecei a remar e vi Jason voltar nadando para a margem do rio, ele tinha visto em primeira mão a merda que tinha acontecido, esperava que ele parasse de perseguir o Eddie e contasse pra polícia o que tinha visto. Assim que chegamos na margem do lago, corremos para dentro da floresta, já estava começando a amanhecer e eu não estava nem aí pra essa merda, eu precisava achar um jeito de falar com o pessoal, contar o que tinha acontecido.

-Gata, espera, tem uma obra aqui, certeza que eles tem um rádio, se tivermos sorte o Dustin vai estar com o rádio dele. –Eddie disse indo em direção a obra.

Ele esperou um dos funcionários se virar e correu, pegou o rádio e voltou rapidamente, como se sua vida dependesse disso, pegou minha mão e me fez correr atrás dele, depois de um tempo andando, acabamos chegando em uma pedra, estávamos ofegantes, o que me desbloqueou uma memória bem satisfatória que me fez arrepiar.

-Agora acho que estamos seguros, vou tentar chamar o Dustin. -Eddie falava entre pausas para respirar.

-Tá, toma cuidado com a frequência que você vai usar. -Ele se sentou e começou a mexer no rádio.

-Senta aqui amor. -Ele deu espaço para sentar ao lado dele, embaixo de uma pedra enorme.

-Agora sou seu amor? -Brinquei me sentando ao seu lado.

-Sempre foi, desde a primeira troca de olhares. -Ele me olhou com um sorriso bobo, não tive como conter um sorriso.

-Dustin, tá aí cara? -Eddie chamou, mas sem retorno. -Qual é cara, atende isso aí. -Ele começou a mexer a perna.

-Calma, vamos conseguir contato. -Pousei a mão em sua perna para acalma-lo.

-Eddie? -Dustin respondeu pelo rádio.

-Cara, como é bom falar com você, seu baixinho de merda. -Eddie parecia feliz em finalmente ter notícias do Dustin.

-Eddie, as coisas estão feias aqui, cancelaram as aulas por um tempo para manter os alunos seguros, a polícia está pra todo lado te caçando. -Vi a alegria e a cor do rosto do Eddie desaparecer completamente.

-Puta merda, eles são doidos? Por que do nada eu virei um serial killer, por uma merda de boato? -Eddie passou a mão no rosto.

-Vamos dar um jeito de mudar isso. -Peguei sua mão e o fiz olhar pra mim.

Eddie sem nem pensar me puxou pela nuca e me deu um beijo, foi algo inesperado, fiquei até meio sem jeito com a ação, ele logo se afastou para continuar o contato com o Dustin.

-Obrigada gata, por não desistir de mim. -Ele deu um sorrisinho e voltou a prestar atenção na conversa.

-Eddie, tá aí ainda? -Dustin perguntou um pouco preocupado.

-Estou, Dustin, sabe onde fica a pedra da caveira? -Esperamos por um retorno.

-Sim, sei. -Dustin respondeu rapidamente.

-Encontra a gente aqui, tivemos que sair da casa do meu amigo. -Senti uma certa irritação vinda dele.

-O que aconteceu? -Dustin perguntou surpreso.

-Venham pra cá, depois eu explico. -Eddie falou encerrando o contato.

-Beleza, temos algumas coisas para dizer também. -Dustin não parecia trazer boas notícias.

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Strange Love -  (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora