Parte 2 - Bryce

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— Tire isso. Por favor. Tire isso — Hunt estava com o halo novamente.

Não, não, por favor, não.

Bryce estendeu suas mãos, mas elas não alcançavam Hunt, Bryce sentia sua dor, seu peito estava doendo, sua cabeça explodiria em mil estilhaços. Mas Bryce não conseguia retirar o halo.

Ruhn não respirava, corça estava ao seu lado. Ela havia o matado? 

Por favor, por favor. Não

— Ruhn, diga algo. Fale comigo. Grite, Ruhn . Estou aqui. Por favor, grite.

Bryce gritava tão alto que sua garganta explodiria. Mas eles não a ouviam. Ruhn não a ouvia. Havia uma fenda entre eles, Bryce não alcança as unhas violentas de Hunt arranhando sua própria testa freneticamente.

— Está sagrando, por favor. Pare. Por favor! Hunt!Estou aqui! Me ouça. Pare.

Hunt estava esfregando suas mãos em seu rosto, ele estava machucando e arranhando seus próprios olhos.

— Por favor, NÃO. Pare, Hunt.

— Tire isso. Tire isso — Sangue escorria por todo seu rosto, e caia em suas roupas.

Os espinhos do halo estavam tomando forma, não eram mais uma tatuagem, era algo sólido e palpável. Os espinhos eram reais. Bryce morreria. O sofrimento de Hunt a estava consumindo. Ela desapareceria com ele. Ela morreria com ele.

Ele não gostaria de morrer com o Halo. Ela não gostaria de viver sem Hunt. O que estava acontecendo? Bryce não conseguia toca-lo. Ela precisava. Ela precisava fazer parar.

— Tire isso — Seu rosto estava em carne viva. Ele arrastava o halo por todo seu rosto. — Me mate. Me mate. Tire isso. Eu imploro, TIRE ISSO!

Rigelus - ele estava ali, ele fez isso.

— Tire isso, Bryce. Por favor. — ele dizia com gritos tão roucos, tão sufocados, desesperadamente alto. Alto demais. Bryce estava se estilhaçando com os gritos altos demais de Hunt. Ele estava morrendo, e ela iria junto. — TIRE ISSO!

— Você sabe que não pode.— disse Rigelus, atrás de Bryce. Do outro lado da fenda, observando os corpos. Observando Hunt.

Não, não. Ele estava escravizando Hunt, matou Ruhn! Não, não. Bryce implorava por qualquer divindade que pudesse existir além dos Asteris. Mas eles não eram divindades. Eram parasitas. Malditos, malditos parasitas.

— Eu vou encontrar você, Bryce Quinlan. E vou mandar seu maldito parceiro arrancar essa estrela de seu peito. E quando ele tirar sua vida, eu sugarei seu poder e sua alma vagará eternamente na escuridão, juntamente com seu querido irmão. E então farei o Umbra Mortis conviver por uma eternidade com a realidade de que foi ele quem tirou sua linda, brilhante e magnífica vida.

Bryce só conseguia olhar para Hunt. A insanidade estava o consumindo...ele estava partindo e Bryce o perderia. O cheiro de sangue estava inundando suas narinas. Sangue, sangue de Hunt, Sangue de Ruhn, de Baxian, sangue da corça. Morte, morte pura e palpável.

— TIRE ISSO. Bryce, por favor, tire isso.

Suor, cheiro de suor era o que estava inundando suas narinas. Bryce acordou sobressaltada. Ela havia conseguido dormir, se a perguntassem, ela não saberia responder como. Segurando o peito com força, engolindo um suspiro forçado após o outro, ela se levantou.

Hunt... Bryce não teve um pesadelo tão vivido, tão pavoroso e... real, desde os dias que se prosseguiram a morte de Danika. Aquilo não era real, o halo sobre a cabeça de Hunt.... não, não poderia ser real. E ela não se permitira a pensar sobre isso, precisava crer que eles estavam bem, que estavam vivos.

Olá, Bryce Quinlan, meu nome é RhysandOnde histórias criam vida. Descubra agora