Olá, Bryce Quinlan, meu nome é Rhysand

Parte 12 - Manon - Ruhn

— Então... todos vocês entenderam? — Nestha perguntou ao grupo.

— Só temos que fingir que Rhysand é um vilão de alguma história e tratar todos os idiotas com indiferença? — Aelin disse de onde estava, encostada em Rowan.

— Ainda não compreendi a necessidade disso. Se vocês não suportam a maioria dessas pessoas, por que isso tem que ser feito? – Manon decidiu perguntar.

— Porquê Nyx é herdeiro dessa parte da corte também, e até então, pela proteção exagerada de Rhysand... Nós ainda não o apresentamos à cidade escavada e às outras cortes, as pessoas têm começado a questionar Rhys e Feyre sobre a existência de meu sobrinho... A comemoração de seu primeiro ano é apenas simbólica... para o apresentarmos para toda Prythian, por isso os outros grão-senhores também estarão presentes... — Nestha olhou para todos na sala. — Isso pode ser caótico, então... nada de briga.

— Isso vai ser interessante. – Manon disse a amiga.

Morrigan, a prima de Rhysand se aproximou e repassou, pela décima vez, como todos deveriam se comportar, conversar e até mesmo os lugares os quais iriam sentar. Rídiculo.

Mas Manon poderia dizer que nenhuma das regras faziam a bruxa fugir de seu habitual.

Morrigan continuou:

— Nós queremos a presença de cada um de vocês aqui. Gostaríamos que todos estivessem aqui, pois queríamos que vocês conhecessem nossa outra realidade. E agradecemos cada um pela disponibilidade. — Morrigan suspirou fundo. — Mas não desejarei boas-vindas. Porque esse lugar é um inferno.

[...]

Amren guiou todos para os lugares determinados por Morrigan. Para que a prima de Rhysand fizesse sua entrada no salão.

O salão, assim como todo o ambiente daquele lugar era bem diferente do povo que Manon conheceu.

Ela não desaprovava. Mas também não o agradava o suficiente. Talvez fossem os homens presentes. Mas Manon sentia uma tremenda vontade de dilacerar as veias dos feéricos daquele local, e talvez o fato de eles serem repulsivos... fez com que Manon se sentisse doente ao pensar naquilo.

— Eles são extremamente organizados, não? — Dorian perguntou, sussurrando ao ouvido de Manon.

— Me parece mais como uma predestinação do que organização. — Manon se mexeu desconfortavelmente. Havia algo de muito errado com o corpo da Bruxa. Ela estava passando a não gostar daquele lugar.

Atento, como sempre foi com todos os detalhes que os cercam, Dorian inclinou-se mais sobre Manon.

— Manon... está tudo bem?

A bruxa manteve sua postura fria e questionável.

— Esses machos me causam repulsa. — Ela disse.

— Bem-vinda ao clube. — A namorada de Morrigan, Emerie, respondeu. Ela estava sentada na fileira atrás de Manon.

Fenrys, que estava sentado na fileira da frente, virou-se e disse para Manon:

— Pensei que qualquer macho bombardeando sangue pelas veias fosse de seu agrado, bico-negro. — Ele soltou uma risada provocativa. Manon sabia que o feérico tentava amenizar o clima de tensão que estava pairando sobre todos.

A bruxa apenas inclinou um canto da boca. Para determinar que queria dizer: sim, inclusive você.

— Você não perde a oportunidade de ficar quieto, não?! — Dorian disse.