Há uma linha que divide o amor do ódio, a dor do prazer e a alegria da angústia. Não, não se pode ter tudo, nem sentir tudo ao mesmo tempo. Foi o que Pete aprendeu por toda a vida, era nisso que ele acreditava até conhecer aquele jovem mestre odiado...
📌 Queridos esse capítulo foi muito difícil de escrever porque eu precisava escrever sobre um tema muito difícil. Então pensei muito sobre isso antes de escrever porque não sei como vocês vão receber isso. Não é uma sadfic porém eu tenho a necessidade de colocar veracidade nas histórias que eu escrevo. É um capítulo muito triste e com gatilhos demais. Se for muito difícil não leiam. Quero que fique claro que o pensamento do Vegas e o da mãe dele são pensamentos de pessoas que estão doentes mentalmente e não a verdade.
E se de alguma forma vocês se identificam com qualquer personagem porque algo aconteceu na vida de vocês, eu digo que vocês podem vencer sim, procurem ajuda, falem com alguém de confiança e se não houver ninguém podem me mandar mensagem. Eu posso ouvi-los como uma amiga e talvez a gente encontre uma solução. Não desistam de si mesmos, vocês são preciosos demais. Que Buda ilumine a mente e coração de vocês.
A trilha sonora é toda do Vegas. É uma música triste então só ouçam se acharem que conseguem, não se forcem a nada. Limp Bizkit com Behind Blue Eyes.
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"Meu querido. Tenho certeza de que vou enlouquecer de novo. Não podemos passar por mais uma daquelas crises terríveis."
Virginia Woolf
Vegas
Macau foi para o trabalho e eu voltei para casa, não tinha condição nenhuma de estar perto de alguém naquele momento. Agora estou aqui em meu quarto a horas andando de um lado para o outro, pensando se deveria ou não ler o diário de minha mãe. Felizmente Pete e Veneza estavam na casa da primeira família onde ficariam até o casamento, quando oficialmente Pete viria morar comigo.
— Fuck, fuck, fuck, aaahhh. I hate them, I hate.. — grito. Estou ficando descontrolado e não sei mais o que fazer. Algo me diz que se eu ler o que está escrito no diário, eu não vou conseguir me casar com o Pete. No entanto, se eu lê-lo depois, eu provavelmente me arrependeria. Dependendo do que eu descobrir talvez isso manche totalmente a memória do meu casamento.
Respiro fundo tentando em vão, acalmar meus nervos. O suor em meu corpo é todo devido ao excesso de estresse que estou sentindo. Olho mais uma vez para a bolsa em cima da cama e decido: vou ler o diário. Seja o que for, eu preciso saber de tudo. Pego o diário nas mãos com um pesar enorme, o pesar de toda uma vida. Sento no chão e me escoro na cama e abro na primeira página.
Março de 2555
Esse mês sempre é o pior mês da minha vida. É o mês em que as memórias daqueles dias chegam a minha mente como uma onda gigante que não posso conter. Não importa o que eu faça, elas insistem em vir e me afogar nesse oceano de dor e penitência. Sempre me pergunto porque eu sai de casa naquele dia. Por que?