Fase 2: Aceitação

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Ao acordar, agradeceu aos céus por nada estar ao seu redor

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Ao acordar, agradeceu aos céus por nada estar ao seu redor.

Foi bem mais fácil achar o caminho por entre os troncos esqueléticos tais quais se perdeu na noite anterior.

Contudo, no ponto em que jurava que deveriam estar as cabines, não havia nada. Andou, andou e o que foi a Margem, num abrir e fechar de olhos era apenas uma enorme área desmatada, como se houvesse de fato, algo ali, mas subitamente faltante. Nenhum sinal dos operários. Nem mesmo de Bellamy, Lisa e seus outros amigos. A co-propriedade luxuosa de vidro cuja festa privada se iniciou não existia, não ali. Ou mesmo a piscina em que ela e Bellamy...Enfim.

Estava tão cansada que tudo o que queria fazer era deitar-se — mesmo naquele chão empoeirado — e dormir.

"Por favor, apareça alguém."

Implora mentalmente em prece ao universo, quiçá não estar endoidecendo e perdida, por falta de sono e comida. Mantém-se com receio de pedir ajuda para não se pôr em encrenca, mas, se for para dar o braço a torcer, ela tinha que aceitar que seria penalizada de qualquer forma. E naquele momento tudo o que queria era achar alguém e continuar segura. Por isso chamou o primeiro nome que lhe veio à mente quando se associou ao sentido de segurança.

Bellamy!

Mas, a única coisa que se moveu com seus gritos foram alguns pássaros assustados que voaram na direção oposta da floresta morta, e mesmo rodando a trezentos e sessenta graus, a paisagem não se movimentava. A vontade de chorar já estava entalada na garganta dela quando ouviu uma resposta.

Clarke? Onde você está?

Agradeceu ao universo pela prece respondida.

Continue chamando meu nome e eu irei até você! - a voz dele pôde ser escutada nitidamente, trazida pelos bons ventos e a parte da natureza que não queria ela morta. Ela cumpriu o que ele pedia.

A figura dele apontou no meio de coisa nenhuma e ela enfim deixou-se chorar. Dane-se que ele veria sua fraqueza.

— Bellamy... - soluçou apressando os passos até ele.

— Ei... - as feições dele estavam manchadas pela apreensão. — Você está pálida! Onde você estava? Eu te perdi de vista ontem a noite, como estão seus ferimentos? - A voz dele era puro temor.

— Onde está todo mundo? - ela conseguiu perguntar num fio de voz.

Ele balançou a cabeça apoiando o peso dela com o próprio corpo, era nítido que ela mal conseguia se manter em pé.

— Eu não sei... Mas tem uma coisa na praia, você tem que ver.

Ela assente, mas cai nos braços deles antes de se atrever a dar um segundo passo.

𝐋𝐈𝐌𝐁𝐎 ¹ | The 100Onde histórias criam vida. Descubra agora