Lisa Warren

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— O que é isso? O que está acontecendo?

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— O que é isso? O que está acontecendo?

Não se sabia de quem era a voz porque várias pessoas perguntavam o mesmo enquanto tentavam se equilibrar, ora abaixando-se, ora segurando-se uns nos outros.

— É um terremoto!

Alguém constatou gritando em pânico.

"Venham. Antes que o chão os devore."

Seguiram Arisa os que puderam até um vagão de trem abandonado, coberto por musgos avermelhados que estampava algo velho, pútrido e que não deveria estar ali. Deslocado completamente do ambiente ao seu redor.

Assim que se amontoaram no pavilhão solitário, a terra parou de tremer do lado de fora.

— Ta brincando? Foi só pra nos dar boas vindas a fase três? - Murphy exclamou indignado — Alma é tão cruel assim?

"Crueldade é para humanos. John Murphy. Você tem ouvido algo que vos compartilho? Alma é uma superinteligência, maior que Arisa e qualquer um dessa espécie. IAs não possuem sentimentos mundanos."

Se Arisa pudesse chamá-lo de burro, ela o taria fazendo naquele momento, pensou Clarke evitando sorrir ao mesmo tempo em que acalmava as batidas aceleradas do coração com inspirações e expirações profundas.

Lisa, salva pela super força da robô, encarava o protótipo de maneira estranha. Era só ela ou mais alguém havia percebido que Arisa tinha falado pela primeira vez na segunda pessoa do plural? Procurou no rosto dos próximos a ela, mas nenhum semblante mostrava estranheza. Deixou para lá.

— O que vamos fazer agora? E se sairmos daqui e o chão abrir novamente? - Lexa estava tornando a aparentar nervosismo.

— Usamos o atalho. Ainda há um atalho, não é? - Bellamy acrescentou, deslizando ao lado de Clarke e se sentando, à espera da resposta da IA.

"Não, na verdade. O atalho mudou quando a fissura se fez. A única solução restante é um caminho, literal, porém subterrâneo. O labirinto."

Arisa puxa um papel da roupa sintética que usava e o põe no chão do vagão, diante deles. Estalos como crepitar de fogos de artifício podiam ser ouvidos enquanto ela desenrolava o que depois pôde ser reconhecido como um mapa.

— Lindo. — Maya comentou, olhando as bordas douradas - como faíscas ou luzes - limitando a planta de direções indicadas na folha amassada.

—Mas, Arisa, - Monty parecia confuso, alternando o olhar entre o papel e a robô. — Ciborgues não funcionam debaixo da terra...

Arisa faz aquilo de novo. Tenta sorrir como um ser humano normal - algo que ela não é. E os moldes de dentes brancos alinhados que deveriam transmitir aquiescência, transmitem altruísmo. Ela sabia o papel dela. Aonde poderia ir e até quando ajudar.

𝐋𝐈𝐌𝐁𝐎 ¹ | The 100Onde histórias criam vida. Descubra agora