A Divisa Letal

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Clarke sentia falta do relógio do pai

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Clarke sentia falta do relógio do pai.

Parando para forçar sua mente, não fazia ideia de onde o objeto foi parar, depois que chegou a ilha sequer se preocupou com o que vestia ou trouxera consigo.

Mas naquele momento, bocejando cheia de preguiça depois de dormir por horas debaixo do sol quente - alguém deixou a barraca aberta e o reflexo do sol ostensivo a acordou por livre e espontânea pressão - sentia falta de uma noção de tempo. Estava acostumada com os ponteiros que mediam sua sentença sendo sua única companhia na cela e por mais que a situação em si não lhe trouxesse memórias saudosas, o presente de seu pai sim.

Ao caminhar para o lado de fora, espreguiçando-se, deu de encontro com dezenas de rostos curiosos e desconhecidos, que ela havia esquecido que estavam lá, e quase voltou para a barraca morrendo de vergonha se não fosse Lisa a puxando de repente pelo braço insistindo para se apressar para se juntar com os outros, reunidos debaixo de uma palmeira.

— Espera, eu preciso escovar os dentes! - pede, fincando os pés na areia obrigando a amiga a parar.

— Não precisa, eu tenho chiclete. - oferece a goma quadradinha com sabor de morango para uma Clarke relutante, ela preferia a velha e boa pasta de dente mas, pela pressa da melhor amiga imaginou que a fofoca era importante.

Inalou o cheiro de fumaça assim que se juntou ao grupo, com Monty mexendo com um graveto nos vestígios do que foi uma pequena fogueira que os outros devem ter acendido a noite.

— Bom dia! - Cumprimenta ao sentar perto de Bellamy e todos a respondem. — Há um motivo especial para eu ter sido arrastada para cá?

Murphy torce o lábio em zombaria. — E precisa de motivo para essa maluca querer juntar a gente toda hora? Ela acha que a gente é a porra de um esquadrão de heróis.

— Ei! - Lisa toma o graveto (quente) da mão de Monty e joga em Murphy que a amaldiçoou com palavrões. — Para a sua informação, eu tenho sim algo importante a dizer e é do interesse de todos vocês, afinal estamos presos juntos — frisou — na porra dessa ilha.

— Não precisava acordar a gente para isso, suas ideias não podem esperar as pessoas acordarem sozinhas? - o garoto resmungou massageando o local onde a parte quente do graveto agarrou.

— Clarke acordou sozinha, não foi? - a amiga olhou para ela com um sorriso — falso — angelical e ela se limitou a revirar os olhos. — Independente. O que eu quero dizer é que... — relaxa, esticando as longas pernas e batendo pé com pé em uma mania desinteressada, enquanto apoiava os braços alinhados atrás do corpo. — Acho que a morte de Luna pode ter a ver com a mensagem do dispositivo que Clarke trouxe ontem.

— Uau! Falar sobre morte antes do café da manhã, que agradável!

Eles não esperavam esse assunto.

𝐋𝐈𝐌𝐁𝐎 ¹ | The 100Onde histórias criam vida. Descubra agora