Arisa

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Clarke mal teve tempo de refletir sobre a loucura com Luna, já que na mesma madrugada tiveram que lidar com o fenômeno apocalíptico que os fez se perder da maioria, além de lidar com a morte de perto e se perceberem impotentes a ela

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Clarke mal teve tempo de refletir sobre a loucura com Luna, já que na mesma madrugada tiveram que lidar com o fenômeno apocalíptico que os fez se perder da maioria, além de lidar com a morte de perto e se perceberem impotentes a ela. Cada um viveu o luto e o alívio por estarem vivos individualmente, de repente ninguém mais queria rir ou conversar. Entraram em um ritmo de acordar, fazer rondas de três em três por um curto perímetro ao redor do ponto onde a caverna que os abrigou localizava-se, procurar comida, tomar banho no rio e voltar para perto um dos outros. Ninguém tinha permissão de se afastar sozinho, e todos estavam de acordo com isso.

Por isso, em uma fase de crise existencial em que urgia colocar sua cabeça para funcionar e analisar tudo o que vinha acontecendo e o que ela podia estar deixando passar, Clarke convidou Monty para passear com ela - não sem antes ser alertada por Bellamy para não ir muito longe. Ele se preocupava demais.

A verdade é que, como o garoto parecia ser o mais inteligente dali a respeito de ciência e coisas concretas, Clarke tinha esperança que ele tivesse uma resposta racional para seus medos. O medo que Luna colocou nela. "Eles estão vigiando."

— Monty, por acaso seria possível estarmos sendo vigiados?

De primeiro instante o garoto fica aturdido com o questionamento dela, mas reflete por um tempo antes de responder, levando a pergunta para as possibilidades teóricas.

— Há alguma chance sim, afinal não podemos ter certeza de nada sobre esse lugar. Mas por que você diz isso? - estava bastante curioso com o que despertara nela a necessidade de fazer tal pergunta.

— Pode só me explicar como isso seria possível? Hipoteticamente.

— Bem, hipoteticamente, se aquele campo de força do acidente da Lisa foi posto lá e não é apenas uma anomalia bizarra dessa ilha, significaria que foi projetado por alguém. E para isso teria de haver um motivo, e de novo, hipoteticamente falando, se alguém planeja uma barreira mortal para cem adolescentes e não manda ajuda, é porque não pretende ajudar. Nesse caso, se estivermos sendo vigiados, não acho que seja um bom sinal.

— Eles estão esperando a gente morrer. Quero dizer, estaria certo? - se corrige rapidamente e Monty aperta o olho desconfiado , mas assente.

— Você está bem, Clarke? Por que você está me perguntando essas coisas?

— Nada demais. É que depois da tempestade, várias coisas passaram pela minha cabeça, é bobagem, é claro que não tem ninguém nos vigiando, aquela chuva com certeza é uma irregularidade depois de anos que Terra sobrevive a radiação. Não se preocupe, eu estou bem.

Ele parece aceitar a resposta porque sorri e não argumenta mais.

Mas, no caminho de volta, Clarke se toca que falou da Terra como se estivesse nela, e Monty estava presente quando a mulher na Margem avisou que aquele lugar não era o planeta deles.

𝐋𝐈𝐌𝐁𝐎 ¹ | The 100Onde histórias criam vida. Descubra agora