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"Olha lá! Aigon! Sempre presente!"

- Solta a espada. - nego. Vou arrancar mais cabeças, eles ameaçam um ser mais fraco e saem ilesos? Só por cima do meu cadáver. Encaro Ana e ela parece assustada. "Viu só? Está assustada!" - Axe, não me faça repetir! - ele tira o colar de ferro com a pedra de Nox e solto a espada.

- Só soltei porque eu quis! - digo e Aigon se aproxima de mim e coloca o colar de ferro ao redor do meu pescoço. Sinto meu corpo um pouco mais pesado e encaro Aigon. - Não precisava disso. - digo e ele olha ao redor.

- Se fizerem mal a qualquer ser místico de Pearl, o destino de vocês estará nas mãos de Axe. - ele diz e segura meu braço. Saio sendo puxado para fora e Aigon me afasta da taberna a bons metros. - Qual o seu problema? Já mandei não fazer justiça fora do calabouço! - Aigon diz e passo a mão no meu pescoço.

- Eu não gosto dessa coisa. - resmungo.

- Mas só assim pra te enfraquecer e colocar um pouco de juízo, parece que a vida adulta só te deixou mais perturbado, nem Heig antigamente era tão sem juízo. - dou de ombros. Aigon bate em minha cabeça e coloco as mãos na frente.

- Tá bom! Desculpe! - digo. - Eles mereceram! - acabo levando mais tapas fortes. - Aigon!

- Seu pirralho! Sua mãe tem razão de não gostar que você seja da guarda real! Essas atitudes não ajudam! Quem mandou decapitar dois caras do nada? Quem te deu permissão? - ele para de bater e olho para ele piscando vezes seguidas.

- Seus tapas doem! - digo.

- É para doer! - ele grita e respira. - Vai para casa antes que eu te castigue outra vez e tenha que ajudar sua mãe a tricotar novamente. - reviro os olhos.

- Não tenho mais treze anos. -resmungo e ele levanta o braço. Alço voo e e sigo para a casa de minha mãe, pedirei que ela tire o colar.

Acabo tomando um banho rápido antes de dormir e adormeço facilmente. O dia que surge, vem com um sol super quente. Tomo um bom banho e me olho no espelho, detesto esse colar, ele é leve e não é incomodo por ser bem polido, mas me deixa com a sensação de fraqueza e isso me incomoda. Visto a roupa do batalhão e passo pela cozinha. Paro perto de minha mãe. Ela me olha de relance.

- Bom dia. - ela diz e olha novamente em minha direção. - Então dormiu aqui em casa?! - assinto e ela olha para o meu pescoço. Ela arqueia as asas e bate em meu braço. - O QUE VOCÊ APRONTOU AXE? ESSA COLEIRA DE CACHORRO DE NOVO? - ela apoia o dedo na pedra e destrava, tiro o colar e me afasto dela. - Diz!

- Isso é um colar. - digo em voz amena e ela ameaça vir em minha direção. - Eu não fiz nada de mais! - digo e ela coloca a faca que usa para cortar frutas apoiada na pia e me olha com desânimo.

- Venha me ver e dormir em casa mais vezes, mas sem ser porque colocaram o bendito colar. - sorrio sem graça. Ela pega a faca de volta e aponta a porta. - Vá! - revencio ela e saio. Olho para o céu e novamente para o colar. Suspiro.

"Coleira de cachorro... " Faço uma careta e um pequeno cachorro passa caminhando tranquilamente pela rua. Aperto o colar. Alço voo e sigo para o castelo. Sigo para a sala de jantar e me sento, tomo meu café da manhã e guardo o colar no maior bolso da jaqueta. Nox e Lux passam por mim e Lux para um pouco.

- E aí? - olho para ele. Arqueio a sombrancelha.

- E aí... - indago. Ele sorri amplamente.

- Esqueceu? - ele pergunta e penso um pouco. Lembro de prometer trazer uma dose da melhor bebida de um dos bares. Perdi uma aposta com ele, Lux sabe feitiços proibidos de usar por Ada e Faruk, um deles é trazer de volta a vida quem morreu. Duvidei que ele podia fazer isso e ele fez um dos lobos mortos na floresta enganosa voltar, simplesmente os ossos foram preenchidos de órgãos, carne e pele todo fluído para funcionar. É nojento, mas impressionante. Assinto.

Nova Geração - AXE -Onde histórias criam vida. Descubra agora