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Desperto pela manhã com sono ainda. Penso um pouco sobre a noite anterior e agradeço ao fato de Ana ser extremamente atenciosa aos detalhes, creio que não será tão ruim conviver com ela, afinal.

Me arrumo como de costume e sigo para o castelo, ontem tive que obter respostas de um prisioneiro sobre o tráfico ilegal de jovens, para medir o desaparecimento dos cidadãos de Pearl. Acabei ficando sem acesso ao colar e creio que não terei como ter novamente o acesso a ele enquanto não passar o risco de descontrole, o que me deixa aliviado e preocupado ao mesmo tempo, já que não tenho acesso a cor das auras.

Tomo meu café da manhã na sala de jantar e sigo para o calabouço. Desço as escadas e me deparo com Yven analisando a luva de prata.

- Bom dia. - digo e ele levanta o olhar e volta a encarar os dedais.

- Bom dia Axe. - ele diz, olho em direção a cela que o prisioneiro de ontem está, ele está ferido e bem debilitado depois de ontem. A única resposta que consegui foi que eles utilizam as garotas para dois propósitos. Casamentos com seres das águas e oferta aos bruxos. Pensando sobre isso, não sei o que é pior. Ser levada para compôr um harém e servir de distração para um tritão ou ser morta para seu coração ser comido.
Pelo menos com os bruxos o sofrimento é leve, já no outro caso, é um sofrimento longo em vida.

Passo a manhã interrogando o infeliz e descubro que envolve vários seres místicos. Desde Mortais e bruxos até ogros. Penso no terror de ser levada por um ogro e sinto muito por essas moças.

Descubro um codinome importante e em meu horário de almoço deixo a cela. Lion está cuidando da alimentação dos prisioneiros hoje e assim que saio da cela, ele me olha por instantes.

- Como se sente? - ele pergunta e seguro o colar, ele nem se move de meu pescoço ao ter meu toque.

- Controlado por essa coisa. - digo e Lion sorri.

- Bom... Seu ar controlado é naturalmente fora de si. - ele diz e reviro os olhos.

- Seu bom humor me contagia. - digo e tiro a jaqueta suja. Apoio em um dos ganchos na parece de pedra. - Vou subir para almoçar. - digo e Lion assente.

- Subo depois que cuidar da alimentação desses energúmenos. - ele diz e me retiro. Yven já subiu e deve voltar em breve.

Como razoavelmente bem e vejo Faruk com o olhar de sempre, mas o tempo não nega que ele está enraivecido. O céu cinzento e o vento gélido continuam e creio que ele está frustrado por não conseguir acesso amplo ao grupo que sequestra seres místicos virgens. Faruk tentou acessar as memórias do prisioneiro, mas todos os rostos estavam cobertos e com vestimentas que sequer permitiam diferenciar se eram do sexo masculino ou femenino.

Termino o almoço e me retiro da sala de jantar, caminho pelo salão e cruzo ele sem muita pressa deixando as asas relaxadas, vejo Ana se mover pelo corredor grande e decido cumprimentar. Me aproximo e me curvo, ela deixa o balde no chão.

' Como está?'

Sorrio. Vou muito bem.

- Tive uma boa noite de sono senhorita Ana e como amanheceu? - ela sorri.

'Bem, obrigada. Estava interrogando alguém?' assinto.

- Sim, estava. - digo e ela olha para a camisa e a calça meio manchada de vermelho. - Não se preocupe, não estou instável. - tranquilizo. Ela assente e pega o balde.

'Se não se importa, irei começar minha rotina.'

Ana se afasta em direção ao salão e noto que ela não pareceu confortável em minha presença. "Porquê?"

Nova Geração - AXE -Onde histórias criam vida. Descubra agora