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O dia seguinte começa tranquilo e acabo tomando café com os gêmeos.

- Podíamos marcar uma noite de jogos no fim de semana. - Lux sugere. Como um pedaço grande do lanche que escolhi.

- Quando quiserem. - digo e ele assente.

- E como vão as coisas com a mortal? - ele pergunta e penso um pouco.

- Ana está bem, estamos nos vendo com uma frequência contínua basicamente. - explico. - E decidi dar acesso a ela ao colar. - finalizo. Lux quase se engasga e olha para mim com um sorriso.

- Finalmente. - ele diz e olha para o outro lado da mesa. - Modifique o colar Nox. - ele afirma e Nox me olha com avaliação.

- Antes gostaria de falar com ela. - ele diz e pisco vezes seguidas.

- Porquê? - Nox sorri.

- Não quero que o acesso dela ao colar se torne um problema, convide para sua casa no fim de semana. - ele diz e termina de tomar o copo de suco. Nox se levanta e caminha para fora da sala de jantar, ele se curva levemente para Ada e Faruk antes de sair. Olha para Lux.

- Se meu passatempo favorito não fosse jogar e me distrair com vocês dois, eu realmente não seria amigo de vocês. - digo e Lux ri.

- Tenho certeza de que somos sua melhor opção, já que os outros seres místicos preferem sair e beber ou se distrair com outras coisas além de um porão com jogos. - ele diz e o encaro.

- É exatamente por causa dessas frases que eu me pergunto se realmente quero ser amigo de vocês dois. - repito e Lux dá de ombros e move as asas.

- Também amamos sua companhia. - ele diz e se levanta, antes de se afastar, Lux apoia a mão em minha cabeça e bagunça meus cabelos. Ele se afasta e respiro fundo. Diferente de Nox, Lux abraça Ada e dá um beijo em sua bochecha, a reação da guardiã é engraçada e evitativa, mas ela sorri. Lux se aproxima de Faruk e antes que faça o mesmo, Faruk diz algo e o encara sério. Lux ri e manda beijos a distância. Ele se retira e Faruk olha em volta antes de abaixar um pouco a cabeça e expressar o esboço de alegria.

Mesmo que algumas vezes seja complicado ler algumas coisas, quando vejo as reações de Faruk, por mais sutis que sejam, é fácil identificar, já que na maioria do tempo seu olhar é impassível, mas na presença de Ada e dos gêmeos, seu olhar estranhamente parece menos cruel.

Termino meu café e sigo para o calabouço. Desço e me deparo com Yven assobiando e interrogando um dos prisioneiros. Noto que é o ogro que causou a confusão no dia anterior. Me sento em uma das cadeiras perto da escadaria e fico a postos. Lion está entregando comida aos outros prisioneiros e ainda não notou minha chegada.

Escoro a cabeça na parede e encaro o teto. Mordo o interior dos lábios e me pergunto se Ana amanheceu bem... Aliás, devo visitar minha mãe. "Devo levar Ana para conhecê-la?"

Penso em como minha mãe reagiria e não sei exatamente se devo ou não levar ela para minha mãe conhecer. Não quero que ela tenha atenção excessiva com Ana e tire meu tempo com ela. Minha mãe tende a monopolizar os seres místicos ao redor e não sobra espaço para mais ninguém, talvez por isso eu não visite ela, para não ser monopolizado por ela e ter toda a atenção focada, já que acabo me distraindo mais e levando broncas por não prestar atenção.

Lion se aproxima e se senta ao meu lado.

- Como está? - ele pergunta e suspiro.

- Bem... Tenho algum prisioneiro para hoje? - pergunto e Lion nega.

- Hoje estarão apenas com Yven, ontem eu tive meu turno durante a noite, acabei substituindo um dos garotos, estou exausto e irei para casa. - ele diz e me encara. - Você fica responsável pelo almoço e jantar dos prisioneiros. - ele diz e encaro Lion com desânimo.

Nova Geração - AXE -Onde histórias criam vida. Descubra agora