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Encaro as cela lotadas e uma delas com um bruxo amarrado. Faruk está parado em frente a cela lotada com seres místicos, tem ogros, bruxos, mortais, elfos, tritões e estrangeiros. Me aproximo e Faruk me olha de relance.

- Bom dia. - digo e me curvo.

- Bom dia garoto. - ele diz e segura meu colar, me endireito e Faruk retira meu colar e coloca em meu bolso. Olho para a cela e vejo algumas auras manchadas entre eles. - Tira quem não deve estar ali. - ele pede e assinto. Abro a cela e retiro todos que tem a aura límpida, encaro Faruk.

- Devo matar o restante? - ele nega e me sinto frustado. - Todos já mataram alguém. - digo e ele assente.

- Não estou aqui para eliminar assassinos. - ele diz e cruza os braços. Encaro os prisioneiros. - Interrogue todos, começando por aquele. - ele aponta o que está na cela sozinho. - O único que ficará fora dos interrogatórios em seu turno é Yven, avise-o quando ele descer, ele não tem muita paciência... - Faruk diz e suspira. - Lion e você deve ver se eles tem respostas sobre essa estranha rede de negociação... - ele diz e se vira em direção as escadas. Revencio Faruk e ele se afasta.

Encaro a cela cheia e sorrio.

- Sorte de vocês que eu folgo dia sim e dia não. - digo e olho para a cela do bruxo que está preso. A aura dele não é muito carmesim e creio que não deve saber nada, não parece ter matado muitos seres místicos. - Vou pegar ele. - digo e caminho em direção a cela, deixo a jaqueta amarrada em uma das barras e entro. Tiro meu canivete do bolso de trás e mostro para ele. - Eu disse que pegaria leve, certo? Então que tal começar falando? Sabe qual o preço das garotas que andam vendendo? - pergunto e ele nega.

- Deve saber que não faço idéia. - ele diz calmamente. - E se eu soubesse de algo, acredita mesmo que teria me deixado ser pego? Acreditam mesmo que é alguém comum que está envolvido nisso? - ele pergunta e assinto.

- Tem razão, eu sei que não sabe de nada. - digo. - Por isso vou fazer seu corpo ter o mesmo tom carmesim da sua aura e te libero. - digo e olho para a cela cheia. Aponto para um dos bruxos mais belos da cela e sinto repulsa. - Só sai daqui depois de morto. - quase não posso enxergar ele direito através do vermelho de sua aura e sinto vontade cortar sua cabeça instantâneamente. O bruxo sorri.

- Acredita mesmo que pode contra nós? Somos em maior quantidade e está aqui sozinho, ainda não chegou mais ninguém. - ele diz e estende a mão, chamas azuis surgem sobre a mão dele. - Deveria diminuir sua confiança alado... Sei que deve ter pouca idade apesar de ser considerado um dos alados menos misericordiosos daqui. - ele diz e cerro os dentes.

- Que tal começar por você primeiro? - pergunto e tiro a espada da bainha. Giro ela e corto o pescoço do bruxo amarrado, a cabeça atinge o chão e olho para as algemas, corto os pulsos dele e o corpo cai no chão. Olho para a cela. - Esqueci que ia deixar esse aqui vivo. - digo e guardo a espada suja. - Você é o próximo. - digo e ele lança um feitiço através das grades. Coloco a asa na frente e o feitiço atinge e se desfaz. Saio da cela e caminho para perto da cela lotada. - É o seguinte, o destino de vocês será igual ao daquele corpinho lindo no chão, tentem algo e estão fodidos. - digo e pego o colar de ferro que contém os poderes. Entro na cela e acabo levando uma rasteira de um deles. "Odeio cela cheia!" Passo o canivete em alguns tendões e alguns deles cai gritando. Me levanto defendendo de alguns golpes e mantendo as asas como escudo. Tento não matar todos, mas entre golpes e golpes, acabo matando alguns dos prisioneiros. Um dos ogros me segura pelo pescoço e sou prensado contra a cela, empurro os dois pés em seu rosto e ele me solta caindo para trás, desvio de um dos feitiços do bruxo e bato o colar em seu pescoço no segundo seguinte, travo ele e levo um chute na asa que uso para me defender. A dor aguda atravessa a asa inteira e com certeza acertou a envergadura. Cerro os dentes e antes de me recuperar da dor, acabo sendo pego pela nuca e levo joelhadas seguidas no abdômen antes de ser lançado contra a cela, acabo soltando o canivete e um dos mortais na cela pega o canivete e tenta me acertar, coloco o braço na frente e a lâmina atravessa meu antebraço. Seguro o pulso dele e quebro seu braço, tiro o canivete de meu antebraço e giro a asa abrindo ela completamente, acabo empurrando muitos deles, passo o canivete na jugular do mortal que me acertou e a raiva me consome. Me aproximo do bruxo novamente e acerto os pontos vitais de quem tenta me acertar novamente. Acabo levando praticamente uma surra dentro da cela antes de conseguir sair com o bruxo. Tiro ele e fecho a cela. Solto o colar de ferro e empurro ele no corredor. Tusso e acabo apoiando a manga da camisa frente a boca ao notar que estou expelindo sangue. Caminho com dificuldade pelo corredor e encaro o bruxo. Guardo meu canivete e ele sorri.

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