Dragon Ball

2.1K 143 84
                                    

É, resolvi aparecer aqui para escrever essa fic. Espero que gostem dela assim como estou gostando. Tentarei atualizar pelo menos duas vezes por semana. E caso tenham alguma dúvida, irei sentir bastante prazer em responder. É isso, bjs 👁👄👁🍷💅

            _________________________

Parado em frente ao portão, Kim apertava a campainha ao lado, enquanto a outra mão segurava sua pasta. Não demorou muito para alguém vir atendê-lo, levando-o para dentro daquela enorme casa. Seus passos eram acompanhados com a da governanta, uma senhora nas casas dos sessenta anos, sorridente e alegre. Atravessaram o enorme jardim até dentro da casa, onde outra pessoa já o esperava. 

Sentado no sofá mexendo no celular, só quando viu que seu convidado chegou, foi que o homem se levantou, seu sorriso brilhante fazendo seus belos olhos de exuberante beleza diminuírem de tamanho; a governanta a tempos tinha saído, indo preparar algo na cozinha para o convidado. 

- Fico feliz que tenha aceitado vir - Comprimentando o outro, o dono da casa ainda esbanjava seu belo sorriso, arrancando um de Kim também. - Você não sabe o quanto eu e Kinn ficamos felizes com isso, você será de grande ajuda. 

- Fico feliz também em ajudar o companheiro de Kinn - Kim falou com eloquência, usando sua artimanha para agradar logo de cara o outro. Seus olhos observavam cada expressão alheia, assim como o local, desde o portão, o jardim, até a sala.

- Oras, não precisa de formalidades, pode me chamar de Porsche, acho que Kinn já deve ter lhe falado sobre nós - Sorrindo, Porsche enfiava ambas as mãos nos bolsos de sua calça alfaiate. Ele estava envergonhado, seu relacionamento com o outro homem ainda era desconhecido por muitos amigos íntimos. Somente a 'família' sabia sobre. - Bom, vamos subir? Lhe mostrarei o quarto do meu irmão. 

Assim, Kim e Porsche subiram a escada no final da sala. Para falar a verdade, Kim não queria estar aqui. Suas palavras de agora pouco foram somente mentiras bem contadas. Ele não queria ajudar o namorado do seu irmão, tão pouco se importava com eles e com a ajuda que lhe pediram. Ele estava ali por simplesmente não querer dever um favor a Kinn. 

Kinn, seu irmão do meio, chefe da família Theerapanyakul. Kim era o caçula de três, sendo o que menos tinha contato com os outros dois. Claro, desde que seus pais morreram há três anos em uma acidente de carro, Kim acabou se isolando de qualquer parentesco com os  irmãos. Khun ainda o visitava, quando possível, ou quando seu estado mental não fosse instável. 

Khun, seu irmão mais velho, o que deveria ter assumido todo o trabalho da empresa dos seus pais, se não fosse seu estado mental, que só piorou depois do falecimento dos dois. Há três anos, Kinn tomava a posse da empresa contando com Kim para o ajudar. Mas isso não aconteceu. Kim não conseguiu. Até certo ponto, seu desempenho na empresa era favorável para o desenvolvimento da mesma, mas o que muitos não sabiam era o peso em suas costas em estar naquele local. Ele todo dia se forçava a estar onde não queria. Se forçava a colocar um sorriso no rosto, a sempre estar presente ao lado de Kinn. Entretanto, ele não aguentou. Não mais. Era doloroso para ele. A culpa o consumia por inteiro, todo santo dia. No final, ele saiu, deixando um Kinn desamparado com um estagiário inexperiente ao lado. Por sorte, esse estagiário cresceu, o ajudou, e hoje ele está ao seu lado, como companheiro de trabalho, mas também como seu namorado. 

Quanto a Kim, sua vida depois disso foi trancar sua faculdade, fazendo de seu passatempo a música. Ele não tinha muita expectativa para sua vida futura. Contanto que comesse bem, dormisse bem e estivesse quente no frio, ele não pediria por mais nada. Ele não teria coragem de pedir. Ele não se sentia no direito de pedir. 

Tocava em clubes ou boates, ganhava o suficiente para pagar um apartamento simples e o básico para alimentação. As músicas que tocava? Bom, o que o povo pedia, seu companheiro? Seu velho violão, o violão que pertencia a sua mãe. Porém, mesmo depois de deixar tudo pra trás, sua consciência sempre o assombrava todas as noites quando ele ia dormir. Às vezes nas madrugadas, quando ele acordava em meio ao suor de seus pesadelos. Ele devia muito a todos. Mas talvez nunca pudesse pagar o que devia. Ele sabia que não. E Kinn tinha até certo ponto conhecimento disso. Portanto, quando Porsche pareceu ter um problema com seu irmãozinho, Kinn se viu no direito de cobrar esse favor que ele sabia que seu irmão caçula tinha, em seu consciente. Mas o que Kinn nunca diria era que, pra falar verdade, o motivo de cobrar esse favor não era porque ele ligava para isso, tão pouco ele acha que entre ele e seu irmão precisavam disso. Para falar a verdade, Kinn queria de alguma forma ajudar seu irmão. Ele conhecia a dor que todos levavam dentro de si pela perda, mas ele sabia que Kim foi o mais afetado sobre, e Kim realmente tinha seus motivos para isso, mais que qualquer um. No início, o motivo de ter trazido Kim para a empresa era para o mesmo não cair nas profundezas da culpa e do luto. Mas não funcionou, ao contrário, só piorou. Desde então, Kinn viu seu irmão se afundando ainda mais, desistindo de tudo, até mesmo do que tanto gostava, que era cursar Engenharia. Mas agora, os céus pareceu lhe dar uma chance para inverter isso, ou pelo menos tentar. E foi aí que Kinn colocou seu plano em ação.

Time To LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora