Homenagem

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Hohoho cheguei 👁👄👁 Espero que gostem desse tanto como gostaram dos outros capítulos, próxima semana haverá outro e só digo uma coisa, bora se preparar para os surtos. Boa leitura 💃💃💃

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Naquela noite, Kim não havia conseguido dormir. Seus pensamentos ainda o levavam para o momento em que ele se deixou levar demais pelas sensações, para o momento na qual ele teve uma reação tão boa com Porchay. A cena se repetia a cada momento em sua mente, assim como a sua reação em relação a isso. Seu coração batia rápido, uma energia eletrizante lhe dominava, o prazer dos toques no corpo do garoto ainda presentes. Principalmente, ele pensava em como Porchay reagiu tão bem no começo. Ele não ligou pelo fato do garoto ter lhe empurrado, na verdade, ele o entendia. Ele também estava assustado quando caiu a ficha do que estava fazendo. Ele também se sentiu perdido, mesmo que os sentimentos mais eufóricos lhe apossassem no momento.

Deitado na cama, Kim passava a mão em sua testa, quando de repente sorriu. Ele achava que estava ficando louco. Ele tinha certeza que estava. Ele nunca imaginaria que além de pensar em um pirralho alguns anos mais novo que ele, ele também faria o que fez com o mesmo. Ele nunca havia imaginado que sua razão e estabilidade fossem afetados por um garoto. Ele não era tolo o bastante em não perceber o tanto que a enxurrada de emoções lhe atacara nesses últimos tempos desde quando conheceu Porchay. Ele ainda se lembrava da pergunta que o garoto lhe fez. Ele se lembrava do sentimento sorrateiro e breve que o iluminou. Ele queria acreditar que não fosse isso. Não, não é que ele não queira acreditar, é só que ele estava com medo o bastante se realmente fosse isso. Ele estava se sentindo fracote, estava sentindo medo, estava sentindo o desespero começando a lhe infligir se, somente se, realmente for isso. Ele não queria acreditar que estava gostando de Porchay.

Bom, ele sabia que gostava de Porchay desde o momento em que teve os primeiros contatos com o garoto. Mas o gostar do começo, aquele que o levou a ter curiosidade sobre seu garoto, não eram os mesmos que ele estava sentindo agora. Esse gostar em seu peito, esse gostar tinha um gosto diferente em sua boca. Esse gostar mexia de uma maneira bastante abaladora em seu coração. Esse gostar tinha um peso diferente em seu ser, mas ele não queria isso. Ele ainda não queria acreditar nisso. Kim estava com medo. Ele se sentia uma pessoa tão perversa, tão aproveitadora, tão doente. Porchay sempre o tratou como, ele queria acreditar, um irmão mais velho. Ou talvez como um amigo com alguns anos de diferença. Para Porchay, nos pensamentos de Kim, ele era somente um professor, às vezes um amigo ou colega, ou alguém mais velho que você tivesse intimidade o suficiente para bater, brincar e provocar. Parando para pensar agora, Kim tinha seus pensamentos levados para as profundezas obscuras da sua mente manipuladora. Ele estava sendo enganado por ela.

Talvez ele não estava sabendo reagir no começo, por isso me empurrou depois?

E se ele estivesse com medo?

Pensamentos como esses começaram a inundar sua mente, sua cabeça começando a doer, a frustração consigo mesmo crescendo cada vez mais. Porém, esses pensamentos logo passaram quando Kim respirou fundo, e as lembranças do momento que aconteceu naquele dia voltaram para sua cabeça. Ele se lembrava do cheiro de Porchay. Tão forte que o inebriava, tão fresco em sua mente como se o garoto estivesse ao seu lado agora. Ele sentia ainda o corpo do garoto em seus braços, a textura da pele em sua boca. Ele não queria negar, mas ele havia gostado, e ele seria muito mais hipócrita se negasse não querer fazer, ou senão pior, em Porchay.

Ele sorriu novamente, seus olhos encarando o teto escuro, sério.

Fechando os olhos, Kim começou a pensar que talvez estivesse a bastante tempo na seca. Fazia anos que ele não se envolvia com alguém, e se surpreendia por nunca sentir falta desse tipo de contato carnal. Desde que os seus pais morreram, sexo, relacionamentos amorosos, paqueras ou quaisquer que sejam esses envolvimentos íntimos, Kim não havia mais achado a graça, o prazer, a falta disso em sua vida. Ele até mesmo muitas vezes tentou, sempre com alguma fã, mas nunca conseguiu. Talvez agora seu corpo esteja reagindo assim por falta desse contato. Talvez o que ele fez em Porchay, esses pensamentos em relação ao outro, fossem somente o desejo acumulado em seu corpo de se aliviar. Pensando por esse lado, Kim conseguiu uma explicação fajuta para os seus atos, acreditando fielmente neles. Tudo parecia mais simples, mas em seu interior, em seu inconscientemente, ele sabia o quanto idiota ele estava sendo. Mas Kim não era o único que tinha os pensamentos fervilhando em seu cérebro. Porchay estava na mesma situação.

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