Pervertido

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Ihhhh, hoje saiu cedo. Esse capítulo era pra ter saído mais tarde, mas por forças maiores, saiu cedo. Desculpa por qualquer erro, não tive tempo para revisá-lo. Boa leitura 👁👄👁🍷

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Sentado no sofá, Kim estava envolto por três pares de olhos preocupados em sua direção. Segurando uma bolsa de gelo na cabeça, Érica, a governanta, já estava com uma pequena maleta em mãos, sentada ao seu lado ansiosamente. Porchay estava ao lado do irmão, e mesmo que não demonstrasse e evitasse a todo custo olhar para Kim diretamente, suas pernas não paravam de sacudir, sua boca não parando de roer as pequenas unhas já curtas. 

Porsche havia escutado os gritos do irmão no quarto. Achava que se tratava de algum ladrão, imaginou várias cenas possíveis de seu pequeno irmãozinho em perigo, não poupando fôlego para correr em disparada para o quarto do outro. Ele só havia esquecido de um pequeno detalhe: Kim era o único lá em cima, e para o infortúnio do mesmo, Porsche não havia avisado ao irmão sobre a presença do homem. Portanto, assim que abriu a porta e viu seu irmão,( na qual ele imaginava o mesmo sendo fraco e indefeso demais para até mesmo matar uma barata), derrubando em cheio Kim, seu coração errou uma batida. Kim já estava inconsciente quando Porsche tentou ajudá-lo, enquanto um Porchay estava totalmente assustado, imóvel no lugar, como se seus pés tivessem se transformando em raízes grandes demais e profundas demais para ele se mexer. Mas por sorte, não demorou muito para Kim voltar a consciência, sendo ajudado por Porsche para descer as escadas, sendo colocado no sofá. 

Porchay, por outro lado, estava à beira de surtar. Em seus pensamentos mais inocentes, ele havia matado uma pessoa. Um cenário totalmente horrível do resto da sua vida passando dentro de quatro paredes atrás das grades, seu irmão tendo que sofrer a consequência de seu ato, seus pais morrendo de desgosto, passou por sua cabeça, fazendo-o literalmente morrer de medo. Mas logo esses pensamentos se dissiparam quando agora, vendo que o " pervertido" estava bem. Todavia, isso só acalmou um pouco seu coração, pois agora ele sabia que esse homem era um convidado do seu irmão, e pior, ele era um amigo bastante íntimo de P'Kinn. 

Tirando a bolsa de gelo da testa, Kim, com um leve aceno silencioso para Érica, rejeitava sua ajuda. Mas isso não foi bem aceito pela governanta, que mesmo assim se aproximou, encarando o pequeno galo que já começava se formar na testa, sua coloração mais vermelha por conta do contato gelado da bolsa.

- Senhor Kim, felizmente não há presença de um corte, somente um leve inchaço, nada muito sério - Érica tinha o rosto de Kim nas mãos, seus olhos com óculos observavam o local machucado, como se uma mãe analisasse os ferimentos de um filho. Kim, por outro lado, não estava gostando muito desse contato. Essa mulher lembrava-o de Khun, pois era ele quem o socorria quando criança em seus acidentes. Mas Khun era louco demais. Se ele visse um corte aberto, não importava o quanto Kinn ou Kim esperneiassem, ele sempre tacava sem dó alguma álcool por cima. Ou mesmo quando eles escondiam quaisquer que fossem os machucados, Khun sempre achava, mesmo que isso viesse sempre seguido de puxões ou beliscões em seus braços. Érica lembrava ele um pouco por conta disso, porque mesmo rejeitado sua ajuda, ela tão pouco se importou, pegando de imediato seu rosto, olhando e apertando o local sem dó.  

Porsche, se aproximando um pouco de Kim, olhava com curiosidade o estrago que o irmão havia feito. Seus olhos saindo de Kim indo em direção ao garoto sentado encolhido no outro sofá. Érica havia tirado suas mãos do rosto de Kim, permitindo-lhe colocar novamente a bolsa. Seus olhos analisando indiretamente a situação que iria se desenrolar na sua frente, sem ter interesse sobre.

- Chay, aonde você aprendeu a se defender tão bem assim? - Um tanto surpreso pela pergunta do irmão, ( esse que tinha os olhos brilhantes e curiosos), Chay estava um pouco envergonhado pois olhando em direção a sua vítima, percebeu que o mesmo lhe encarava.

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