Time To Love

Boa noite

Ihhh, cheguei, atrasada, mas cheguei. Só digo uma coisa, boa leitura 👁👄👁🍷

          
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O vento batia contra seus corpos, os pingos grossos de chuva atingiam a pele desprotegida, como agulhas afiadas, penetrantes. Porchay segurava a cintura de Kim com força, seus olhos fechados e os lábios tremendo. Em seus pensamentos, Porchay só queria chegar logo. Quando Kim o havia levado para o estacionamento, Porchay se sentiu bastante maravilhado pela sua moto. Ele não entendia muito de motos ou carros, mas tinha certeza que aquela moto era uma das mais belas que ele já vira. Só que, diferente de sua beleza, quando o motor estava ligado e você estava em cima, não era tão bela assim. Para sua primeira experiência andando em uma, ele poderia dizer que estava sendo um fracasso. Kim, por tempos, olhava sutilmente para Porchay através do retrovisor, se regozijando cada vez que via a expressão do garoto. Porchay, para Kim, tinha as expressões mais cômicas e fofas que alguém poderia fazer. 

A chuva ainda caia, aumentando cada vez mais, porém, logo eles chegaram no destino. Ensopados, nem a jaqueta de Kim saiu impune. Porchay logo desceu da moto, seu corpo como um chocalho tremendo sem parar. Ele estava com frio, muito frio. Descendo da moto, Kim tirou seu capacete, fazendo o mesmo com Porchay. Ele estava preocupado. Porchay estava ensopado, Kim podia perceber levemente os tremores em seu corpo, principalmente dos lábios selados, que tremiam sem parar. Pegando na mão de Porchay, Kim começou a caminhar, indo em direção ao elevador. Todavia, ele não notava o quanto Porchay o encarava. Chay ficou surpreso pela sua mão ser pega assim, pois, com cada parte do seu corpo frio, o contato com a mão quente do seu professor o aqueceu por completo. Ele encarou um pouco a mão proporcional à sua, as duas juntas. Ele não sabia o que estava sentindo com isso. Ele só sabia que era algo bom.

Chegando em frente ao apartamento, Kim abriu a porta, adentrando o local com Porchay, soltando sua mão logo em seguida. Porchay encarou Kim se distanciar, seu corpo perdendo o calor que há pouco estava tão quente ali presente. Mas não se deixando abalar, ele começou a olhar o local. Ele sempre teve curiosidade sobre Kim, isso ele já sabia, portanto ele sempre se perguntava como era a vida do seu professor fora do seu quarto. Ele sabia que Kim cantava e tocava em clubes e bares, sabia que ele tinha vinte e cinco anos, que era muito inteligente, que gostava de provocá-lo, mas somente isso. Era só isso. Porchay estava ansioso e alegre. Ele estava na casa de Kim, e ele sabia o quanto isso era algo íntimo para as pessoas, mesmo sabendo que ele recorrer a estar aqui foi causado por uma chuva. Andando pelo apartamento, Chay parecia estar dentro do seu quarto, só que arrumado. Era pequeno, mas confortável. Um pequeno balcão ficava ao canto da parede da porta, contendo somente um pequeno fogão, uma pia e um filtro de água. Havia um armário embaixo desse balcão, provavelmente onde ele guardava as coisas. A cama ficava ao lado da janela, em sua frente uma televisão e ao lado, a porta do banheiro. Porchay analisava tudo, até mesmo o guarda-roupa ao lado, enquanto sua atenção fôra chamada pelo violão no chão. Se aproximando, ele ia pegar o violão quando escutou o barulho da porta do banheiro se abrindo. Kim saia de lá, suas roupas não mais molhadas. Ele secava seu cabelo enquanto se aproximava de Porchay, lhe estendendo uma toalha seca e limpa. 

- A água já está quente. Não demore a banhar - Se afastando, Kim seguiu em direção ao seu guarda-roupa. Porchay estava confuso. Ele iria banhar, mas vestiria o quê? Ele não iria ficar com essa roupa molhada.

- Você se esqueceu de algo - Porchay se pronunciou, enquanto ia na direção do seu professor. Kim, por outro lado, procurava algo em seu guarda-roupa, não perdendo tempo para olhar para Porchay.

- É mesmo? E o que seria? - Se virando de repente, Kim se aproximava de Chay com um sorriso malicioso nos lábios. Chay percebeu isso, seus pés andando lentamente para trás. Ele encarava profundamente aqueles olhos, mas ele não se deixaria intimidar por isso.