Amigo

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Olha eu aqui marcando presença.  Demorou, mas saiu. Hoje tô tão, mas tão feliz. Passei no curso que queria, e por conta dessa felicidade, vou ver se trago rapidamente o outro capítulo nessa semana. Obrigado por esperarem, e boa leitura....e sobre o final desse capítulo....abafa👁👄👁🍷

 
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Despertando aos poucos, Kim acordava, seus olhos se acostumando com a claridade que adentrava pela janela. Ele havia dormido bem. Os pesadelos que lhe visitavam nas madrugadas, não compareceram naquela noite. Já fazia algum tempo que ele não dormia tão bem assim. Era estranho pensar que, um sonho calmo lhe visitou na noite passada. Ele estava dormindo, mas alguém o observava. Alguém acariciava seu rosto, seus cabelos. Kim achava até ridículo, mas ele sonhou que esse alguém lhe beijava. Seu sonho era tão real que ele sentiu todas essas sensações, cada toque em sua pele, até mesmo lábios frios selados nos seus.

Sentindo uma grande pressão em seu peito, Kim olhou para baixo, para o motivo do seu pequeno incômodo.  Porchay dormia em seu peito, seu corpo aninhado no de Kim, como se o mais velho fosse um enorme travesseiro. As pernas de Porchay se misturavam com as de Kim, seus braços abraçavam o corpo ao lado com força. Sorrindo, Kim começou a acariciar os cabelos ondulados do garoto. Ele não era ignorante ao ponto de não saber o motivo do seu sono tão calmo. Desde ontem, quando Kim finalmente se deu conta que esse pirralho era seu pequeno refúgio, tudo parecia mais simples. De fato, não havia como não se sentir bem perto de Porchay. 

Porchay, para Kim, era tolo. Não tolo pela sua estupidez, na verdade, Porchay era bastante esperto. Ele se parecia um pouco com o irmão. Não levava desaforo para casa, assim como sempre tinha uma resposta na ponta da língua. Era cheio de sarcasmo e argumentos conviventes de alguém observador. A tolice de Porchay vinha do simples fato de Porchay ser Porchay. Porchay não conseguia disfarçar quando aprontava algo, e só pelo fato do garoto achar que estava indo bem, mostrava sua inocência tola. Porchay se estressava fácil, principalmente quando errava algo, mas sempre não admitindo nada pelo orgulho tosco. Kim sempre achou que não existiria alguém na qual sua confiança, sem o mesmo perceber, fosse depositada. Ele tinha seus irmãos, mas ele não tinha essa confiança neles. Ele não se sentia muito bem perto deles. Ou com a maioria das pessoas. Mas Porchay era um pouco diferente. Kim gostava de sua presença. Kim gostava do seu jeitinho. Kim se sentia tão bem perto do garoto, que ele começara a sentir falta dele quando não se viam. Era esse o poder que Porchay tinha sobre ele, e mesmo que o garoto fosse ignorante sobre, Kim já tinha esse conhecimento.  Ele poderia dizer que tinha Porchay como seu fiel amigo; mesmo que ainda demore um pouco seu coração se abrir por inteiro. 

Sentindo o carinho em sua cabeça, Porchay apertou mais ainda o corpo em seus braços. Kim não percebia que tinha um sorriso bobo nos lábios. Sua mão sentiam a textura macia dos fios, seu nariz sentindo o leve odor das madeixas.

Porchay tinha o seu cheiro.  

Talvez porque o garoto teve que usar seus produtos ontem, portanto, Porchay cheirava a Kim. Mas mesmo assim, Kim ainda podia sentir, mesmo que leve, o cheiro de Porchay. Ele se aproximou daqueles cabelos, seu nariz afundando nos fios. Ele sentia a fragrância. Ele estava começando a ficar viciado nela. Seu cheiro ficava melhor em Porchay.  Na verdade, suas roupas, seus cheiro, tudo ficava melhor em Porchay. E com esses pensamentos, uma breve imagem surgiu em sua cabeça; seu rosto perto do rosto do garoto. Suas mãos afundando naqueles cabelos que ele estava acariciando. Seus lábios apossando os de Chay, em um beijo ávido, molhado e carinhoso. 

Por um momento, Kim parou. Ele estava assustado com esses pensamentos sobre o garoto. Seu coração batia rápido, mas ele sentia as mãos suarem. Seu corpo congelou por um momento, e logo depois Kim se sentiu enjoado. Ele estava enjoado de si mesmo. Chay era seu aluno, mais novo, seu companheiro. Fechando os olhos, Kim tentava respirar o máximo de ar possível. Ele não queria acreditar que pensaria em algo assim de Chay. Ele realmente acreditava que era um completo pervertido. Suspirando, Kim se deu conta que tinha que deixar o garoto em sua casa. 

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