Segredo

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Olha aí como prometido outro capítulo.  Só queria avisar que, nessa semana vou estar lotada de afazeres, portanto, não sei se irei postar outro na mesma. Mas se sim, será sábado ou domingo. E sobre o capítulo de hoje, preparem o coração, pois os próximos já vão vir pra deixar o mesmo daquele jeito... KAKAKAKAKAKA Boa leitura a todos🤏♥️


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A saliva descia dolorosamente em sua garganta, suas articulações endurecidas, como se tivessem sido cimentadas, totalmente imaleáveis. Porchay encarava a pessoa, assustado, seus lábios há alguns segundos corados, estavam pálidos, igual sua face. Ele não sabia o que fazer, ou como fazer, ou o que deveria fazer, sua mente em um branco total, mostrando somente a pessoa em seus olhos, e a voz mortal martelando em sua cabeça; " Estou ferrado!!!". Todavia, seu professor tão pouco estava se importando com isso. Claro, ele havia se assustado de início, mas quem não se assustaria com alguém invadindo o quarto sem aviso? Era desrespeitoso e sem moral, portanto, ele havia se assustado por esse motivo, mas agora, estava normal, como se a cena que a pessoa em frente estivesse vendo, fosse algo comum, banal. 

Mas então Kim resolveu desviar seus olhos para Porchay, e percebeu o quanto o estado do seu garoto estava engraçada, mas também digno de pena. Ele queria sorrir, entretanto, ele não queria que Porchay ficasse com raiva, ou talvez porque não era o momento certo para isso. 

- O que vocês estavam fazendo?! - Agitado, a pessoa se aproximou onde os dois meliantes estavam, mas parando logo em seguida, congelando seus passos a uns centímetros de distância. Porchay o encarava apavorado, suas mãos, como se a camisa de Kim estivesse lhe dando choques, soltaram bruscamente o tecido sujo. Ele encarou Kim, como se pedisse sua ajuda. Kim encarou a pessoa, mortalmente por ter atrapalhando o momento doce que ele estava tendo com o seu amado. 

- Nós, bom, é que estávamos…comendo bolo! - Os olhos de Porchay passavam de um para o outro, esperando o máximo que sua resposta fosse favorável. Eles realmente estavam comendo bolo, porém, ele só omitiu alguns fatos aqui e ali. 

- É sério? Ah, conta outra, Chay! E você? Vai ficar calado? Não tem vergonha na cara não ? - Kim se levantou, seus olhos encaravam o irmão intensamente, não mostrando estar ofendido com aquelas palavras. Bom, ele sabia como convencer Kinn. Seu irmão era um tanto fácil para ser enganado com palavras.

- Realmente estávamos comendo bolo, só que Porchay ficou com raiva por eu ter comido um pedaço maior. Ele me bateu, começamos a brigar, o bolinho caiu e depois você chegou - Escutando cada palavra atentamente, Kinn, no final, olhou para Chay, como se analisasse profundamente o garoto, vendo a verdade através das camadas de tecidos em seu corpo, chegando nas profundezas escuras do seu coração mentiroso. Porchay tremeu com esse olhar, mas não demonstrou estar afetado pelo mesmo. Ele havia se acalmado um pouco assim que Kim tomou as rédeas da situação. Bom, o que ser, será. 

- Realmente foi isso, Chay? - Escutando seu nome, Porchay finalmente se levantou, seus olhos encaravam um ponto específico do namorado do seu irmão. Se ele olhasse para Kinn, tudo iria por água abaixo, então, agindo assim era a melhor forma de manter a verdade, transformando a mentira em um fato.

- Foi isso, P'Kinn - O silêncio se instalou entre os três presentes. Kinn encarava Kim, fazendo o mesmo que havia feito com Porchay, mas seu irmão era tão neutro, tão imprevisível, que ele não sabia em quê acreditar. Ele havia visto com seus próprios olhos esses dois em sua frente, um tirando a roupa, enquanto os lábios melados, vermelhos, mostravam sinais que ambos se beijaram. Ele não havia nascido ontem para saber sobre isso. Entretanto, ele esperava que estivesse enganado. Mas por outro lado, estava aliviado por ter sido ele a entrar naquela porta e ter visto isso. Se fosse Porsche, ele não sabia o que teria acontecido com o idiota do seu irmão. Suspirando, Kinn resolveu deixar isso, por agora. Porsche o esperava lá embaixo, e poderia estranhar toda essa demora. 

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