Semente

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Saiu tarde, mas tá aí. Só digo uma coisa " Caiu e morreu, morreu agora" KAKAKAKAKAKAKAKKAAK espero que gostem, vou tentar trazer o outro capítulo até sábado. Bjs

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Porchay suspirou, a cidade chuvosa se desenrolando pelo vidro do carro, sua cabeça encostada no mesmo. Ele havia chegado na cidade dos seus pais, junto com seu irmão. Porsche estava cansado, dormia tranquilamente ao seu lado. Porchay não gostava daquela cidade, sempre chovendo. Seus olhos olhavam para o céu, para a tempestade que caia. O sol queria sair, mas as nuvens o prendiam. O impedia de brilhar, o impedia de aquecer, como se as nuvens tivessem inveja de seu esplendor, o oprimindo, banhando o céu azul de um cinza neutro e frio, transformando tudo ao redor em algo sem graça, sem alegria, sem vida. A vida naquela cidade, para a percepção do garoto, era algo neutro, monótono, como se cada vivente tivesse o dia programado, como um sistema computacional.

Não demorou muito para o carro chegar em frente a enorme mansão. Porchay, sem perder tempo, chamava calmamente Porsche, esperando aos poucos o seu irmão se acostumar com o ambiente, antes de saírem. Cada um com seus guarda-chuvas, Porchay sorriu tristemente ao notar a animação do irmão entrando pelo portão, feliz, esquecendo até as malas lá fora, sobrando para o motorista particular da família. Como era de se esperar, seu irmão parecia uma criança animada quando retornava de um retiro divertido, correndo para os braços dos pais. Porchay achava aquilo ridículo, mas o entendia. Olhando para aquela mansão, Porchay via a magnitude daquela casa, se sentindo sufocado, querendo logo que a tarde chuvosa passasse, e eles fossem para esse evento inútil. Portanto, pegando suas malas, ele seguiu para dentro, sem reparar em nada daquele local.

Adentrando, a governanta veio ajudá-los, Porsche procurando em todos os lados os seus queridos pais. A governanta parecia ter percebido, infelizmente, tendo que dar a notícia.

- Senhor Porsche, queria informá-lo que seus pais não estão aqui no momento - Se pronunciando, Porsche a encarou, Porchay já esperando essa notícia. Era sempre assim. Todas as vezes que eles vem visitá-los, eles nunca estavam presentes para os receberem. Não seria diferente dessa vez. 

- Eles estão na empresa, certo? - Porsche perguntou, sua animação aos poucos se esvaziando enquanto os belos olhos, brilhantes e animados, se esfriaram prontamente, ficando cabisbaixo. 

- Sim, sua mãe mandou avisá-los que eles irão vir somente para buscá-los mais tarde - Escutando tudo calado, Porchay observava o irmão, ( esse que estava triste, mas mesmo assim mantia um sorriso forçado nos lábios). Vendo que os garotos não precisavam mais de sua presença, a senhora saiu, deixando somente o motorista para ajudá-los nas malas para os devidos quartos. 

Porchay mal colocou os pés na casa e já estava querendo sair. Mesmo que ele aguentasse esses vacilos dos seus pais, seu irmão era diferente. Ele não gostava de ver Porsche tão triste assim. Se aproximando, Porchay se agarrou no braço do irmão, lhe direcionando um sorriso caloroso, esperando que sua presença mudasse um pouco o ambiente melancólico que eles estavam. E, no final, havia funcionado. Retribuindo o sorriso, Porsche sorriu para seu irmãozinho, afagando seus cabelos enquanto tentava se animar ao máximo, mesmo contra sua vontade. Assim, pegando suas malas das mãos do motorista, dispensando-o logo em seguida, Porsche subiu as enormes escadas de vidro com Porchay ao seu lado. 

Mesmo que seus pais não tenham lhe recebido, pelo menos Porsche estava em casa, onde se sentia mais relaxado, dado que poderia ficar mais perto da presença dos mais velhos. Ele logo foi em direção ao seu quarto, se despedindo do seu irmão, alegando querer continuar o sono que não terminara no carro. Porchay, mesmo querendo ir contra as palavras dele, aceitou, indo em direção ao seu quarto no final do corredor. 

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