Seja Meu Erro

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ALELUIA, ALELUIA, APARECI LALAALA Okay, podem me massacrar aí pela demora kakakaakakka mas estamos aqui. Espero que gostem desse final, assim como o capítulo todo. E vamos, que vamos Brasil, a taça é nossa💃💃💃💃

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Suas pernas seguiam em direção a escada, seus olhos turvos pelas emoções seguradas, a enxaqueca pertinente fazendo sua mente, tudo, doer. Porchay seguia para seu quarto, não se importando em ajudar Porsche com os pais que encheram o talo de cachaça. Ele finalmente estava em casa, e finalmente ficaria sozinho entre quatro paredes, podendo soltar tudo dentro do seu peito. Ele não havia conseguido fazer isso no banheiro, tão pouco em qualquer lugar daquela empresa. No final, ele teve que segurar tudo, aguentar calado, colocando uma fachada neutra no rosto, enquanto pessoas e mais pessoas viam lhe importunar, ( em especial, Polly, na qual Porchay passou a noite toda ignorando). Mas quanto mais tempo eles ficavam naquele evento, mais e mais as palavras que Big falara, rondavam sua cabeça, martelando sempre na parte na qual mais lhe machucou, a que mais fez sua razão ir por água abaixo, deixando-o ser dominado pelas emoções conturbadas do seu coração frágil e uma mente manipuladora.

Eram quatro da manhã. Adentrando seu quarto, como se suas últimas forças tivessem sido gastas naquele último ato, suas pernas cederam, seu corpo caindo vagarosamente no chão, às costas escorregando pela porta. As lágrimas, as mesmas que demoraram tanto para derramarem totalmente, desceram de uma vez, como uma tromba d'água em uma cachoeira agitada, trazendo tudo que tinha no caminho, as mágoas, as dores, abrindo uma cicatriz enorme em seu ser. As lágrimas caiam, Porchay não aguentando, escondendo seu rosto nos joelhos dobrados, os soluços silenciosos deixando sua garganta impiedosamente, tornando tudo tão doloroso e sufocante em seu peito. Pela primeira vez depois de muito tempo, Porchay se sentia sozinho, desamparado, mas, pior que isso, era que ele não queria um abraço. Ele não queria a presença de ninguém naquele momento. Era tão contraditório, mas era ele. Era sua forma de aguentar tudo por tantos anos, que mesmo agora, ainda estava presente essa barreira que ele adquiriu há tanto tempo. Aliás, para o rapaz, do que adiantaria um abraço se não fosse dele mesmo? Se ele mesmo não começasse por ele?

Porchay chorava, sentia raiva, mas não era de Kim, tão pouco de Big, mas sim de si mesmo. Quando Big pronunciou as primeiras palavras, Porchay não negaria, mas havia ficado chocado, um sentimento amargo descendo em seu estômago, misturado com o ciúme, a futilidade de sua frustração. Mas o que ele poderia fazer? Era passado, tudo isso. Ele não poderia simplesmente descontar sua raiva no seu professor por suas aventuras passadas, todavia, ele tinha o direito de ficar magoado pela falta de sinceridade do outro. Por que ele esconderia isso dele? Tudo seria tão simples se Kim, desde o início, tivesse contado sobre essas aventuras para ele primeiro. Além do mais, Big era um amigo próximo de Kim, portanto, suas palavras tinham mais peso e veracidade do que qualquer outra.

Kim, contado por Big, fazia juras de amor fajutas, criava e cantava música para seus amantes, e sempre quando cansava, procurava outro e mais outro. Mas para Porchay, isso soava tão contraditório, não fazendo sentido nenhum. O mesmo Kim que ele conhecia, o mesmo que se declarou para ele de uma forma tão bela, tão confiante e sincera, o mesmo que lhe criou uma das canções mais belas já escutada por ele, em frente a tantos outros, em frente a si, olhando nos seus olhos, suas peles em contato uma na outra, aquele Kim, era o mesmo Kim que Big descreveu? Não, uma parte Porchay acreditava que não. Todavia, a outra parte, a que sempre desconfiava de tudo e de todos, sempre o fazia lembrar de um fato em questão; ele conhecia seu professor há pouco tempo, diferente de Big, que era o amigo muito antigo de águas passadas do outro. Portanto, mesmo que sua mente fosse para o lado na qual ele pensava com razão, o vento paranóico lhe jogava para o seu outro lado desconfiado. No final, ele não poderia dizer quem era o certo ou errado, mas diferente do seu cérebro, seu coração parecia reagir muito melhor a emoção que a razão. Porém, então as últimas palavras de Big, como se fossem minuciosamente planejadas para lhe machucar, acertaram em cheio seu ser, fazendo-o finalmente desabar; ele não fazia sequer o tipo de Kim. Kim sempre poderia ter pessoas melhores em qualquer lugar.

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