Time To Love

bolinho

Olha quem apareceu, Regina 👁👄👁 Xente, tá aqui o capítulo para vocês, o próximo já está sendo produzido, e até sábado vocês vão estar com ele. Então...boa leitura a todos, um cheiro no olho 💃💃

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A campanhia havia batido, todos saiam correndo da sala de aula. Era segunda. Porchay esperou todos da sala saírem, ficando somente com Macau, que dormia calmamente na cadeira ao seu lado. Porchay estava preocupado com o amigo. Desde o dia do seu aniversário, quando ele entrou no carro, ele percebeu isso. Macau estava diferente, muitas vezes distante, como se pensasse em algo, ficando melancólico e triste sempre em seguida.

Sim, Porchay estava feliz, desde seu aniversário. Sua imaginação, quando sempre podia, voava para as lembranças quentes que ele tivera com Kim naquela noite. Ele havia beijado seu professor, e o seu professor havia retribuído o beijo da mesma forma. Ele se lembrava de como havia entrado no carro logo que correu do parque, deixando o calor e o sabor dos lábios do seu professor para trás. Deixando Kim para trás. Suas pernas estavam tremendo, suas bochechas eram como um inferno de tão quentes, e seu corpo todo era de uma quentura à beira da combustão. Ele havia entrado no carro com vergonha, mas ele não poderia disfarçar a felicidade que irradiava até mesmo dos seus olhos. Tão pouco, ele não poderia apagar o cheiro do seu professor em si. Nem mesmo apagar o que acontecerá com eles, pois somente seus lábios naquele estado de estupor, entregava o que eles haviam feito. E ele conhecia Macau. Conhecendo o seu amigo, Porchay podia apostar todos os seus jogos que Macau iria lhe provocar até mesmo por um mês inteiro. Porchay já estava preparado para as piadas de duplo sentido, a exibição da vitória de Macau em saber quem era que tinha roubado o coração jovem apaixonado do seu amigo, terminando sorrindo e gargalhando de um Porchay envergonhado. Todavia, isso não aconteceu. Porchay havia entrado no carro preparado, mas só recebeu um sorriso, que não era nada parecido com o que o amigo soltava; era um sorriso triste e magoado. Mas mesmo assim Macau lhe dirigiu um sorriso, mostrando que estava feliz por ele.

Mas Porchay não havia reparado nisso de primeira. Ele achava que Macau estava respeitando seu espaço. Mesmo que isso fosse impossível, dado que o outro sempre esperava qualquer oportunidade para caçoar da sua cara. Entretanto, isso deixou Porchay confortável a viagem toda até sua casa. Sua mente pensava e pensava, mais e mais em tudo o que havia ocorrido na noite. Era incrível como Kim só havia cantado aquela canção somente uma vez, mas Porchay já sabia toda a música, guardada profundamente em seu coração. Ele se lembrava das palavras ditas com tanto amor, com tanto fevor, com tanta convicção, que ele não se segurava, sempre soltando sorrisos bobos para a janela fechada do carro. Todavia, ele começou a notar aos poucos a mudança repentina de humor do amigo. Ele havia deixado Macau sozinho, pois o mesmo pensava que seu amigo iria embora do clube assim que o deixasse ali. Mas não foi o que ocorreu. Macau não só ficou, como aquele amigo de Kim também. 

Aos poucos, a felicidade foi guardada em seu coração. Porchay estava preocupado com Macau. No carro, ele pensava nos motivos que fizera seu amigo estar daquela forma, pensando até mesmo se fora a sua culpa, mas pelo que ele se lembrava, ele não havia feito nada de errado. Havia acontecido alguma coisa enquanto ele estava em cima daquele palco, enquanto ele estava em sua bolha amorosa com seu então professor. Mas ele não questionou Macau sobre. Ele conhecia muito bem o amigo, e com isso, ele sabia que perguntar não iria adiantar em nada. Macau confiava nele, isso Porchay sabia, mas Macau também tinha o seu jeito, o seu tempo, para falar quando algo estava mal consigo. 

Mas então passou o final de semana. Macau não quis ir dormir em sua casa, alegando que estava cansado, sem ânimo para jogar. Isso preocupou mais ainda Porchay. E finalmente na segunda, Macau não chegou da forma alegre que sempre chegava, não havia brincando com alguns colegas da sala, não havia participado ativamente em todas as aulas. Agora, ali eles estavam. Macau preferindo dormir do que contar o que havia acontecido para Porchay.