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Eu precisava fugir.
Mas como eu iria fazer isso?
Meus tornozelos doíam e minha cabeça parecia que alguém havia batido contra a parede. Mas eu sabia de uma coisa, que não poderia voltar para aquela caminhonete. Tive a sensação desagradável de que eles queriam fazer mais por mim do que apenas me amarrar na parte de trás daquela caminhonete.
Essa pode ser minha segunda chance de viver.
Eu olhei meu rosto no espelho do banheiro, o espelho era pequeno e sujo, eu mal conseguia distinguir meu rosto, mas vi que parecia uma merda.
Meus olhos estavam vermelhos de tanto chorar e minhas bochechas estavam manchadas de lágrimas. Eu fiquei lá me olhando por minutos.
Como alguém pode simplesmente me sequestrar assim?
Ele basicamente atirou em Bruno e me agarrou.
Quem faz isso?
Depois daquela conversa que tive com ele a minutos atrás meu apavoramento só aumentou
Meu coração? Ele está obcecado por mim? E se ele for um canibal?
— Não estou ouvindo nada. — Ele disse.
Eu pulei rapidamente de susto, me senti extremamente desconfortável. Ele queria me ouvir fazer xixi?
Rapidamente abri a torneira jogando água fria no meu rosto. Talvez isso me fizesse parecer mais viva, pensei.
Virei à procura de um dispenser de papel toalha e encontrei algo ainda melhor. Uma janela.
Senti uma onda de alívio, depois ansiedade. E se ele me pegar? Eu rapidamente sequei minhas mãos no meu jeans, fechando rapidamente a torneira. Fui até a janela vendo que estava literalmente a alguns centímetros do chão.
Tentei a empurrar para cima, mas era extremamente difícil. É como se estivesse presa. Eu subi da pia e tentei empurrar a janela para cima e ela guinchou alto. Olhei para a porta esperando que ele não tivesse ouvido do lado de fora.
— Se apresse. — Ele disse sem rodeios.
Eu rapidamente me espremi naquela janela e silenciosamente pulei para fora daquele maldito banheiro. Assim que saí, corri para o bosque sem olhar para trás.
victor camilo point of view
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