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— O que há de errado com ele? — Eu perguntei, todos estavam quietos e mais uma vez ninguém estava respondendo minha maldita pergunta.
Por um momento minha mente pensou que era Mirella, eu me encolhi um pouco lembrando daquela noite. Eu rapidamente olhei para Victor que estava olhando para seu melhor amigo segurando sua barriga.
Observei quando a médica entrou, ela caminhou até a cama do hospital removendo alguns fios de seu corpo. Resolvi levantar para agilizar o processo. Se Arthur está doente, por que não o levam ao médico?
Victor não queria que eu me levantasse eu tive que puxar minhas mãos das dele. Fui até Mount e Gabi uma vez que eles me viram caminhando até eles os dois se entreolharam. Observei Arthur que estava sentado no sofá, ele tinha a cabeça entre as mãos enquanto seu pé balançava para cima e para baixo.
— O que está acontecendo? — Eu sussurrei.
Eu assisti enquanto Mount nervosamente caminhava até onde Mob, Guxta e Arthur estavam. Eu o observei confusa, Gabi olhou para mim, ela se inclinou para mais perto de mim.
— Está tudo bem, eu te conto mais tarde, ok? — Ela sussurrou.
Eu balancei a cabeça lentamente, não entendi por que estávamos saindo à 1:00 da manhã em vez de mais tarde da manhã. Eu sabia de uma coisa, Arthur precisava ver um médico.
O médico finalmente entrou ele caminhou até a cabeceira de Victor com uma pasta na mão.
— Tem certeza que quer sair tão cedo? Você poderia ficar até de manhã. — O médico disse e eu me aproximei dos dois cansativamente.
Ele não respondeu à pergunta do médico, então eu respondi.
— Não, na verdade temos uma longa viagem, então queremos começar cedo. — Eu disse e seus olhos percorrendo os amigos de Victor no canto da sala.
— Ok, bem, aqui estão as prescrições dele, Antibióticos devem ser tomados diariamente. A cada 8-12 horas. E isso pode ser tomado sempre que a dor se tornar insuportável. — Ele disse s eu lentamente balancei a cabeça.
Percebi que Victor provavelmente não estava ouvindo o médico então tive que me lembrar de tudo o que foi dito.
— Mais alguma pergunta? — Ele nos perguntou.
Observei quando o outro médico removeu o fio que estava preso às suas costas, ele estremeceu ligeiramente o que me fez estreitar os olhos para ele.
— Uh não, é só isso. — Eu disse sorrindo levemente.
— Tudo bem, tenham um bom dia vocês dois, a Dra. May vai trazer uma cadeira de rodas para vocês. — Ele disse
— Não, eu estou bem. — Ele murmurou enquanto médico olhou para mim intrigado.
— Nós ficaremos bem. — Eu disse tentando soar reconfortante.
— Tem certeza, c- — O médico começou mas foi rudemente interrompido.
— Sim eu tenho certeza. — Victor se apressou em responder.
— Tenha um bom dia. — Ele disse principalmente a mim.
Observei enquanto ele e o outro médico saíam da sala. Eu olhei para Victor, nossos olhos pousaram um no outro.
— Você precisa de ajuda? — Eu perguntei, observei enquanto ele se esforçava para colocar o moletom sobre a cabeça.
Havia um curativo marrom cobrindo seu lado direito. Fiquei olhando para ele sabendo que uma bala esteve lá.
— Você pode me ajudar a colocar minha cueca. — Ele sorriu e meus olhos se arregalaram pela 15ª vez naquele dia.
Seu comentário divertido, mas sexual, me fez relaxar um pouco mais. Eu estava preocupado com o garoto de 20 anos no canto da sala que não conseguia parar de respirar pesadamente.
— Ugh, estaremos lá fora. — Gabi disse e eu observei Mob e Mount ajudarem Arthur a se levantar da cadeira.
Eu encarei ele com simpatia. Na verdade, gostava de Arthur. Ele sempre foi legal comigo e vê-lo assim me fez sentir mal. Eu gostaria de poder ver Guxta assim.
Eu olhei de volta para Victor e ele me jogou sua cueca. Eu a joguei de volta para ele. Não tinha como fazer isso.
— Alguém quer me dizer o que aconteceu com Arthur? — Eu perguntei e vi Gabi revirar os olhos e a ouvi suspirar do banco do passageiro.
Minha paciência estava diminuindo lentamente com ela, eu só tinha um pouquinho de magoa dela naquele momento.
— Arthur estava tendo um ataque de asma. — Mount disse, ele estava acelerando terrivelmente rápido na estrada.
Eu sentei lá, estava confusa sobre por que eles não podiam me dizer isso dentro do hospital.
— Ele está bem? — Eu perguntei intrigadamente.
— Sim, ele tomou seu remédio. — Mount disse.
— É por isso que tivemos que sair de repente? — Eu perguntei ainda confusa
— Está tudo bem, amor. — Victor disse suavemente.
Eu estava tão confusa.
— Mais alguma pergunta? — Gabi perguntou sarcasticamente.
Sério vadia?
— Eu não sabia que você era amiga de Mirella. — Eu disse e senti o ar ficar pesado dentro do carro.
Na verdade eu não sabia até que Victor me contou algumas horas atrás.
— Eu era. — Ela respondeu sem rodeios.
— Faz sentido. — Eu disse e vi os olhos de Mount se arregalarem no espelho retrovisor.
Esse era o problema eu ia resolver isso, vamos apenas dizer que estava chateada e magoada com ela.
— Com licença? Que merda isso quer dizer? — Ela perguntou e observei enquanto Mount descansava a mão em sua coxa dizendo a ela para relaxar.
Ela finalmente se virou me olhando ela parecia ofendida.
— Ela era sua amiga, é por isso que você mal atirou nela. — Eu disse inexpressivamente.
Suas sobrancelhas franziram em irritação.
— Isso não é verdade, eu atirar nela não foi determinado porque ela já foi minha amiga. — Ela zombou com raiva. — Se eu soubesse que Victor iria levar um tiro 5 minutos depois, eu definitivamente teria usado aquela arma de forma eficiente naquela noite.
Eu observei enquanto ela olhava profundamente no meu olhos. Não sei se ela ficou magoada ou zangada com as minhas palavras.
— Mas não o fez.
— Você estava na porra do chão. — Ela cuspiu.
— Isso foi o suficiente. — Victor disse, ele parecia com raiva.
Eu vi a maneira como ele a olhava. Ele estava chateado, eu inclinei minha cabeça para trás no assento e Gabi se virou para frente encolhendo os ombros e dando a mão a Mount.
Eu sabia que seria uma longa viagem até o aeroporto e um voo ainda mais longo para qual seja o lugar que iríamos.
