quarenta e cinco

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victor camilo
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Eu não posso acreditar que ela me beijou voluntariamente

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Eu não posso acreditar que ela me beijou voluntariamente. Isso significa que ela está começando a não me odiar. 

Ela agarrou meu rosto e colou nossos lábios. Achei que ela me odiava, achei que ela me via como uma coisa. Um criminoso que a tirou de sua família. Naquela noite, eu senti que poderia finalmente ser feliz, eu poderia finalmente respirar, sabendo que ela estava começando a sentir algum tipo de amor por mim. Isso é tudo que eu sempre quis, seu amor. 

— Ahhh, ela não pode estar aqui quando discutirmos isso. — Mount disse levantando-se do sofá. 

Gabi estava sentado no sofá de couro preto, mascando chiclete bem alto. Mob, Guxta e Arthur estavam sentados nos outros sofás com cervejas nas mãos. 

— Quem disse? — Eu perguntei levantando minha sobrancelha. 

Ele suspirou enquanto a olhava de cima a baixo. 

— Ela não faz parte da gangue, suas regras. — Ele argumentou. 

Eu disse isso?

Eu a senti se mexendo ao meu lado, desconfortavelmente. 

— Mount, apenas a deixe ficar. — Gabi suspirou. 

Meus olhos olharam para ela e depois para os dele. 

— Quer saber. Vou esperar na sala. — Ela disse antes que eu pudesse objetar, ela atravessou o corredor fechando a porta do hotel. 

— Eu te odeio pra caralho. — Eu cuspi. 

Passei por ele entrando em seu quarto de hotel.

— Por que você quer que ela saiba tudo sobre você e todas as nossas merdas internas. Ela está fazendo você ficar mole. — Mount disse. 

Peguei a garrafa de cerveja que estava na mão de Arthur terminando o líquido amargo. 

— Eu ainda sou o mesmo Victor. Só que agora, eu tenho uma garota para me preocupar. — Eu disse enquanto olhava para eles. 

— Ela tem dezoito anos. — Gabi disse. 

Eu estreitei meus olhos para ela. Por que isso importa? 

— E?

— Você tem vinte e três, ela nem consegue beber ainda. — Ela zombou.

Ela puxou um maço de cigarros acendendo um e colocando-o entre os lábios.

— Isso não importa. 

— Sim, é verdade! Porque você disse que a olhou por alguns anos antes de sequestrá-la. Certo. — Ela disse enquanto apontava o dedo para mim. 

— Cerca de dois. — Eu disse. 

— Então isso significa que ela era menor de idade e você é um merdinha suja. — Ela riu fazendo com que os outros rapazes rissem. 

— Eu não sabia que ela era menor de idade na época e isso não importa. — Eu disse enquanto pegava um travesseiro e jogava nela. 

— Ei! Podemos discutir o plano. — Guxta disse.

— Ahhh, você está mal-humorado porque não está transando. — Arthur riu. 

Todos nós rimos empurrando Guxta de brincadeira. 

— Gabi, você estará na caminhonete desta vez. — Mount disse. 

— Por quê? Eu quero estar nesse plano — Ela bebeu. 

Revirei os olhos descansando minha garrafa de cerveja no balcão. 

— Eu não acho que precisamos de muitas pessoas entrando. — Mob disse. 

— Aqui, olhe o banco. Nós roubamos algo maior. Tudo o que temos que fazer é colocar os policiais nos fundos e os que guardam a entrada dos fundos. — Ele terminou de dizer.

Eu me inclinei para frente tentando analisar a impressão azul na mesa, mas tudo que ouvi foi o som de bipe do meu celular. Era do rastreador dela.

Recebi uma notificação me dizendo que a localização do rastreador está a alguns quilômetros de distância de mim. Eu não queria acreditar que estava disparando, mas estava.

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