setenta e oito

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bárbara passos
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Meus olhos não paravam de olhar profundamente nos dela

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Meus olhos não paravam de olhar profundamente nos dela. Ela parecia ter se vestido bem para a ocasião. Seu cabelo estava perfeitamente cacheado, seu rosto que estava coberto de maquiagem parecia desleixado e seu delineador estava torto. Ela foi colocada em uma cadeira no centro da mesa. Mirella estava com as mãos cruzadas e colocadas sobre a mesa de vidro. Eu queria tanto esticar o braço por cima da mesa e bater a cabeça dela contra a grande janela atrás da mesma.

Isso é o quão irritada e irritada ela me fez sentir, apenas olhar para o rosto dela era o suficiente para me deixar lívida. Eu estou supondo que Victor notou meu olhar duro sobre ela porque ele começou a esfregar a mão suavemente na minha coxa.

— Relaxe. Ok? — Ele respirou no meu ouvido.

Eu balancei a cabeça lentamente.

Não vou fazer promessas.

Observei os dois homens que estavam parados protetoramente ao lado dela. Meus olhos percorreram seus corpos com desgosto. Seus olhos finalmente piscaram para os meus. Ela ficou chocada por eu ter sido corajoso o suficiente para olhar para ela.

— Eu tenho que sentar aqui e vê-la me encarar assim? — Ela perguntou fazendo com que minha raiva aumentasse de repente.

— Sim. Você tem. Ou eu poderia simplesmente matá-la para tirá-la de sua miséria. — Victor disse ao meu lado.

Seus olhos piscaram para os dele todo o seu comportamento mudou uma vez que seus olhos encontraram os dele.

Ela se sentou lá e ficou quieta.

— Quais são as acusações? — O homem parado atrás dela perguntou.

Olhei ao redor da sala procurando por quem deveria falar.

— Ela tentou me matar, matar Gabi e a minha namorada. — Victor disse suavemente.

Meus olhos olharam para Gabi que estava sentada rigidamente em sua cadeira.

— Isso não é verdade. Eu só tentei matar essa vadia. Não minta, porra. — Ela argumentou.

Mordi meu lábio com firmeza.

— Eu levei um tiro nas costas, ela levou um tiro no pé. — Victor disse ignorando completamente a garota patética sentada em frente a ele.

Eu podia ouvi-lo tentando manter a compostura por meio da voz.

— Isso é verdade? — O homem perguntou.

Ele olhou para Gabi e ela acenou com a cabeça.

— Sim. — Ela disse com firmeza.

A sala ficou em silêncio momentaneamente.

— Eu não confio nela e não a quero associada à gangue. — Victor continuou.

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