oitenta e seis

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victor camilo
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capítulos finais 3/16

Hesitante, fechei a porta da frente depois que Mob e Guxta saíram. Eu estava pensando em ir com eles. Eu sabia que não poderia encarar a garota que estava na sala.

Como posso?

Minha mente não podia acreditar que ela sabia de tudo. Não tinha como ela saber.

Como ela descobriu?

Alguém contou a ela?

Eu não sabia quem poderia ter dito a ela. Eu tinha certeza de que nenhum dos caras disse nada, bem, foi isso que eu presumi. Eu descansei minha cabeça na porta fechando meus olhos. Eu esperava poder simplesmente excluir tudo. Eu esperava que tudo fosse embora, todos os meus problemas, meus arrependimentos, o passado. Mas, infelizmente a vida não é tão fácil. Entrei na sala percebendo que ela estava cobrindo o rosto com as mãos enquanto os cotovelos repousavam sobre as pernas. Senti angústia por saber que havia a possibilidade de ela estar chorando.

Suspirei gravemente.

Corri meus dedos pelo meu cabelo me ajoelhando na frente dela.

— Bárbara — Eu sussurrei.

Eu estava com medo de tocá-la. Eu não acho que ela me queria perto dela.

— Por favor fale comigo. — Eu implorei e levantei minhas mãos para tocar sua cabeça suavemente.

Suspirei de alívio quando meus dedos acariciaram seus cabelos. Ela não vacilou ou muito menos gritou comigo.

— O que você quer que eu diga? — Ela perguntou.

Sua voz soou abafada sob sua mão.

— Algo. — Eu soltei.

Ela tirou as mãos do rosto permitindo-me ver seus olhos solenes. Coloquei minha mão em sua bochecha, fiquei surpreso por não notar nenhuma lágrima.

— Algo. — Ela encolheu os ombros.

Bárbara brincava nervosamente com os dedos. Como posso justificar o que fiz? Eu nem sei o que dizer a ela.

— Eu-eu estava machucado- — Eu comecei mas ela me parou finalmente conectando seus olhos aos meus.

— Eu não me importo. — Ela sussurrou.

Que?

Eu a observei por alguns momentos, estudando tudo em seu rosto. Eu não tinha certeza do que ela queria dizer.

— Não entendo. — Eu disse enquanto a observava atentamente.

Eu agarrei suas mãos entrelaçando nossos dedos.

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