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capítulos finais 12/15
Eu deixo a água escaldante cair na minha pele, enquanto entro no chuveiro. Eu corro meus dedos pelo meu cabelo não me importando se ele ficou molhado. Eu fecho meus olhos deixando minha consciência derivar para pensamentos e memórias que eu tinha proibido de lembrar. Cada vez que fecho meus olhos tudo que posso ver é seu rosto. Não importa o quanto eu queira pensar em outra pessoa, meus pensamentos sempre voltam para ele. Meus olhos desviam para os números agora desbotados que foram escritos na minha pele.
— Vincent? — Eu pergunto insegura.
Eu olho para o número escrito no meu braço certificando-me de que disquei corretamente. Seu nome foi colocado logo abaixo de seu número, espero que eu tenha pronunciado certo.
— Sim? — Ele pergunta.
— D-desculpe. Acho que liguei para o número errado. — Peço desculpas.
— Você não ligou. Você é aquela garota do restaurante na noite passada. Bárbara, certo?
— Sim e você é? — Eu pergunto desconfiada.
— Eu sou o garçom gostoso do qual você não conseguia tirar os olhos
— Em primeiro lugar, não é verdade. E, em segundo lugar, quando você se tornou tão narcisista? — Pergunto enquanto eu caio na minha cama e encaro o teto.
— Desde que nasci
— Você não parecia um narcisista ontem a noite
— Eu não queria que você gostasse de mim apenas pela minha aparência sexy. — Ele brinca me fazendo rir.
— Eu não posso acreditar que estou falando com um completo estranho. — Eu digo.
A realização finalmente entra em ação. Não tenho ideia de quem estou realmente querendo. Eu o conheci ontem, ele pode ser um serial killer, pelo que sei acho que tenho experiência com assassinos.
— Eu não sou um estranho
— Eu não te conheço
— Então me conheça
— Que tal você me conhecer. Você me deu seu número, lembra? — Eu pergunto.
— Tudo bem. Deixe-me levá-la para sair?
Eu nem o conheço. Quem se importa. Eu quero ser capaz de fechar meus olhos e não pensar em Victor. Talvez sair com outro cara pudesse me ajudar a esquecê-lo.
Mas a pergunta que matuta minha mente diariamente é:
