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Eu segui Victor para fora da loja. Ele ignorou meus apelos para ele parar, acho que estava chateado com algo que eu não sabia. O ar frio colidiu com meu rosto soprando meu cabelo. Fechei o zíper da jaqueta que estava usando, puxando meu gorro para baixo para cobrir minhas orelhas.
— O que é que foi isso? — Eu perguntei, não tinha certeza se meus ouvidos o ouviram corretamente.
Eu não tinha certeza se ele estava brincando ou falando sério. Eu estudei seu rosto procurando por um motivo pelo qual ele diria algo tão ridículo. Observei enquanto ele colocava o cigarro na boca liberando a fumaça tóxica. Eu não pude deixar de me sentir um pouco intrigada com a maneira como ele fumava.
— Nada. — Ele encolheu os ombros.
Que?
— Você não pode simplesmente dizer algo assim e esperar que eu simplesmente ignore. — Peguei o cigarro de sua boca jogando-o no chão.
Ele olhou para mim quase irritado.
— Quem disse alguma coisa sobre fugir com ela? — Eu perguntei cruzando meus braços sobre o peito.
Nunca foi um plano para mim fugir com Carolina, foi tudo ideia DELA. Eu estava apenas confusa sobre como ele descobriu sobre o plano DELA.
— Ela disse que vocês pensaram sobre isso. —Ele disse enquanto levantava o boné e passava os dedos pelo cabelo.
Fiquei completamente surpreso que ela contasse a ele uma verdade tão distorcida. Ela estava tentando causar drama? Mas a verdadeira questão era quando eles tiveram tempo para falar sobre isso? Fui eu quem disse a ela que nunca fugiria com ela, ela ficava tentando me convencer disso. Mas ela não mentiu completamente. Eu me perguntei se Arthur realmente matou seu pai como ela havia dito.
— Nós discutimos isso, mas era o plano dela — Admiti. — E eu não levei isso a sério.
— Você teria ido com ela - você teria me deixado? — Ele perguntou.
Seus olhos estavam derramando nos meus.
— Não. Mas eu pensei sobre isso. Eu só queria vê-los. Eu estava pensando de forma imprudente porque sentia falta deles. Mas eu sabia que não poderia deixar você. — Eu confessei.
O clima ficou tenso.
— Ela estava certa?
Ele zombou.
Ele parecia deprimido achando o chão mais interessante do que o meu rosto.
— Não porque ainda estou aqui. O fato de você acreditar que eu iria me assusta.
Ele confiar nela tão facilmente me fez sentir como se ele não confiasse em mim.
— Não confio. Mas aí me lembrei desde a noite do parque, quando vocês duas se conheceram, você têm falado em se comunicar com sua família desde então — Ele disse me fazendo suspirar dramaticamente
